❝Isso é uma promessa, S/N...❞ - 𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐓𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀 𝐄 𝐔𝐌

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— O que eu farei sem você? — Você choramingou contra o conforto emanado de sua mãe.

— Você nunca vai precisar descobrir isso, meu amor. — Agatha correu os dedos pelos seus cabelos, acalmando-te. — Eu sei mexer num smartphone agora, nós podemos conversar por chamada de vídeo sempre que você quiser. — Aquilo fez você rir baixinho pela primeira vez desde a notícia. Você balançou a cabeça, concordando com a Harkness. — Não seja tão pegajosa... Você não é uma adulta de 22 anos? Vá viver a sua vida, botão de ouro.

— Você virá me visitar? — Indagando baixinho, sua voz saiu embolada. Felizmente, Agatha compreendeu a sua pergunta.

Sempre que você quiser, botão de ouro. — Por fim, Agatha beijou o topo de sua cabeça amorosamente.

— Que dia você vai? — Distanciando-se, você procurou os olhos azuis da Harkness. Sua mãe pareceu desconcertada e você percebeu que não iria gostar tanto da resposta seguinte. — Mãe?

Hoje... — A informação dita te fez arregalar os olhos.

— MÃE?!

— Eu deveria ter dito antes, huh? — Ainda embaraçada, Agatha balbuciou. Você a mirou, ainda brava com a informação repentina. — Não faça essa carinha, bruxinha... Ainda sairei no final da tarde, teremos muito tempo para conversar até eu ir embora, okay? — Segurando os seus ombros, você não recusou o toque reconfortante de sua mãe. Depois de segundos sem resposta, você somente consentiu positivamente, deixando que Agatha deitasse o próprio queixo no topo de sua cabeça em outro abraço. Eu te amo, minha menina...

— Eu também te amo, mamãe...

[...]

𝑃𝑜𝑖𝑛𝑡 𝑂𝑓 𝑉𝑖𝑒𝑤 - 𝐀𝐆𝐀𝐓𝐇𝐀 𝐇𝐀𝐑𝐊𝐍𝐄𝐒𝐒

A manhã e a tarde passaram em velocidade - para a sua tristeza, definitivamente. E a Harkness preparou a própria mala com um movimentar de seus dedos e um feitiço em latim. Agatha suspirou, percebendo a sua ausência, e acreditou que você estaria no quarto, ainda deprimida pela ida da Bruxa das Trevas.

Uma batida na porta tirou Agatha dos próprios pensamentos. Não sabendo de quem tratava-se, a Harkness abriu o objeto, permitindo que a estranha pudesse entrar. Girando a cabeça para descobrir de quem se tratava, Agatha avistou Sylvie Laufeydottir. A Deusa da Mentira parecia envergonhada, como uma ex-amiga de Agatha durante o colegial, que prometeu uma "amizade para a vida toda", porém desapareceu por anos sem sequer deixar rastros.

— Oi... — A loira murmurou. Agatha parou as organizações e afastou-se da mala, virando-se completamente para a dona dos cabelos dourados.

— Oi, Sylvie. — Um clima desconfortável, quase tenso. Nada poderia ser escutado a não ser a respiração tensa de ambas as mulheres mais velhas. Agatha mordeu os lábios, encolhendo-se com a presença da Deusa da Mentira. A relação entre elas não foi das melhores desde Dubai e Sylvie sabia daquilo. Entretanto, se a Harkness iria embora, a Laufeydottir não seria a única a não se despedir. Não quando a amizade da Bruxa das Trevas significou muito para a rainha de Asgard.

— Sei que não estamos no melhor clima desde o que houve em Dubai e eu não te julgo por me odiar, Agatha. Eu também teria esse mesmo sentimento caso o jogo estivesse virado... Ou ainda pior, na realidade. — A mais alta abaixou a cabeça, fitando o chão enquanto brincava com os próprios dedos. Agatha colocou toda a atenção na fala da Laufeydottir, mantendo-se quieta. — Você foi especial pra mim, independente de tudo, Agatha. Ter a sua amizade foi um grande presente e eu me arrependo de ter estragado tudo como eu fiz. Você é uma mulher incrível, inteligente e tem um senso de humor único. Além disso, você foi a única que pôde me entender e não me julgar pela a minha personalidade... Esse time é a minha família, de fato, mas eu nunca me senti tão confortável antes de sua chegada. — Dando um passo à frente, Sylvie estendeu a mão, algo se materializando com o auxílio da magia esverdeada. Sabendo do gosto de Agatha Harkness por broches, a Laufeydottir fez um broche especial aparecer por entre os próprios dedos. Com um material asgardiano, o objeto tinha um mistura de uma coloração roxa e esverdeada, representando as cores da rainha de Asgard e da Bruxa das Trevas. — Não é o bastante, eu sei, porém quero que fique com isso... Uma pequena lembrança do quão importante você foi para mim em tão pouco tempo. — Os olhos azuis da Deusa da Mentira lacrimejaram e foi preciso a loira morder o lábio inferior com força para não desabar em lágrimas. Chorar não era o costume da Gigante de Gelo de Jotunheim. — Fique bem... Espero poder te ver mais vezes e, aos poucos, reconquistar a sua amizade. Estou viva há tanto tempo que não seria um problema esperar algumas décadas ou centenas de anos. — Ela deu de ombros, rindo. Quando Agatha permaneceu presa na própria quietude, Sylvie levou aquilo como uma ordem para deixá-la em paz.

Fairy Tale ⁀➷ S/N ✘ WantashaWhere stories live. Discover now