Sorveteria

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- Sim?
- Eu... b-bem, eu tô até com vergonha de perguntar isso, mas você...
- Vai logo Camilo, eu preciso entrar
- Você ainda g-gosta de mim?

Ele abriu um sorriso, e olhou pro chão meio sem jeito
- Pergunta besta né - Eu disse virando o meu rosto
Ele só deu uma risadinha e disse
- Gosto.

Ele entrou e eu voltei pra minha casita
Encontrei com a Mirabel como de costume
- Eai, como foi?
- Foi ótimo, amigos de novo
- Que maravilha, então chega de confusão, né
- Se Deus quiser

No dia seguinte, enquanto ajudava os civis como de costume e o Edu veio falar comigo
- Oi Camilo, tudo bem
- O-oi, tô bem
- Que bom saber, quer ir na cachoeira, mais tarde
- Ah, a gente sempre vai na cachoeira, vamos pra um lugar diferente dessa vez?
- Bom, eu não conheço nenhum lugar mais legal
- Uma amiga minha abriu uma sorveteria, é legal o suficiente?
- Perfeito, as 15h tá bom
- Tá perfeito

Tá tudo ótimo na minha amizade com o Edu, mas ainda tô com uma pulga atrás da orelha. A visão do Bruno, será que ela vai acontecer? Não faz sentido nenhum, porque estaríamos nos beijando se somos só amigos. Nenhuma visão só Bruno deixou de acontecer até hoje

Quando chegou a hora ele veio até a minha casa
- E então, vamos?
- Oi Edu, vamos sim
Porém no caminho da sorveteria, eu vi alguém que eu não esperava. A Dolores estava lá atrás de um arbusto ouvindo tudo. Ela achou mesmo que eu não ia ver ela?

- Edu, vai na frente
- An? Mas por que?
- Eu esqueci um negócio lá na minha casa
- Okay, vou te esperar lá então

Fui em direção a minha irmã, e já disse
- Você tá pensando o que hein Dolores
- Eu já disse inúmeras vezes e repito, eu não vou permitir esse relacionamento
- Você não devia estar no quarto de castigo?
- Pra sua informação, eu não estou nesse castigo mais
- Azar o meu

Sai de lá puto da vida, eu preciso dar um jeito na minha irmã

Camilo Madrigal - (História de romance Gay)Where stories live. Discover now