Capítulo 2

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Esse livro será temporariamente tirado do ar dia 26/09/17, ele vai voltar em breve, juro! 

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Isso é uma calcinha?

Uma saia?

Saltos?

Eu não consigo acreditar no que está acontecendo, não pode ser real!

Deve ser coisa do Felipe, ele deve ter trazido alguma garota pra cá.

Mas então cadê o Lucas?

Risadas, eu estou ouvindo risadas vindas do banheiro.

Meu Deus! Meu coração está batendo tão forte que eu mal consigo ouvir direito, volto para o corredor e me aproximo da porta do banheiro e ouço de novo risadas.

É ele, é o Lucas, é a voz dele, a risada dele, tenho certeza!

E a outra voz é de mulher!

O que ele faz com uma mulher dentro do banheiro? E aquelas roupas no quarto dele?

Meu Deus, eu quero vomitar!

De repente a porta do banheiro se abre iluminando o corredor escuro e de lá saem os dois abraçados e enrolados na toalha. Eu não sei o que fazer, eu não estava preparada pra isso, alguém está?

Assim que ele me vê parada no corredor, o queixo dele cai.

Pelo menos ele teve a decência de se envergonhar!

- O que você está fazendo aqui? - ele diz assustado pelo flagra.

Sério? Essa é a primeira coisa que ele pensou em me dizer? Nenhuma desculpa? E o que eu deveria dizer?

Meu coração está batendo tão forte que no meu ouvido só ouço um zumbido alto, acho que minha cabeça vai explodir e a única coisa que eu consigo fazer é correr, correr como uma covarde.

Corri do apartamento, desci as escadas, passei pelo portão sem me despedi do porteiro e corri o mais rápido possível de volta pra minha casa.

- Por favor, Rebeca esteja em casa, por favor, Rebeca esteja em casa. - repetia isso pra mim mesmo enquanto as lágrimas não autorizadas desciam por todo meu rosto. - Por favor, não entre ninguém nesse elevador, por favor, não entre ninguém nesse elevador. - Continuei com meus mantras ciente do estado deplorável em que eu estava.

Finalmente o elevador parou no meu andar, já sai com a chave na mão e me concentrei ao máximo em abrir a porta, era só esse último obstáculo que me separava do meu cantinho onde eu podia de fato desmoronar e não ser vista por ninguém.

Fecho a porta e caio no chão incapaz de continuar, é tanta dor!

Felizmente a Rebeca aparece no fim do corredor provavelmente assustada com o barulho que eu estava fazendo.

- O que aconteceu? - ela me perguntou enquanto corria na minha direção.

Que bom que ela está aqui.

Eu não conseguia falar, muito menos articular uma frase, só choro e dor.

- Lucas... apartamento... outra... banheiro... me traiu... - foi só o que consegui pronunciar e com a última desabei de novo, foi o suficiente pra minha amiga entender e me abraçar.

Graças à Deus eu tenho ela, graças à Deus eu não estou sozinha nessa cidade e não estou sozinha pra passar por isso.

Ela me ajuda a levantar e a chegar até o meu quarto, quando começo a recuperar a capacidade de falar a campainha toca fazendo meu coração pular de novo, será ele?

Amanda (Série Reencontro)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora