Prólogo

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Phriiiim!!!Phriiim!!!
O professor Bomba rapidamente levou a mão ao cos da calça bege onde sempre estava a sua bugiganga (uma mistura de GPS e um detector de movimentos),que reagia quando as várias câmeras espalhadas por toda a floresta captavam movimentos suspeitos.Imediatamente o seu "aparelho" lhe mostrava o caminho a seguir pela floresta. Uma rápida olhada na tela do localizador e o desengolçado Bomba já sabia onde ir.
Empolgado, ele pôs o restaurador temporal sobre a cabeça; mais uma de suas invenções, uma espécie de capacete que regulava as movimentações ao redor :o que quer que se movimentasse rápido ficava lento; essa foi a forma do professor Bomba conseguir observar, de certa forma com os mesmos olhos, o mundo minúsculo que existia na floresta onde ele depositava total certeza da existência dos seres que passara quase sua vida toda procurando. Ele sabia que eles existiam. E estava muito perto de descobri-los. O que presenciaria agora? Disparou pela floresta tropessando em uma pedra aqui, um galho ali. O fato de ser atrapalhado por natureza não ajudava-o e o capacete atrapalhava um pouco a visão do solo, além de ele estar correndo com os olhos voltados para cima, pois acretitava que os humanoides minúsculos montavam em pássaros e caminhavam sobre os galhos e não sobre o chão- uma vez que a vegetação rasteira da mata os cobririam totalmente e não os deixariam cituados.
°*°*°*
Havia chegado ao local, ali estava ele fitando uma perseguição de pássaros.Isso pode parecer algo totalmente inutil, mas não,não para o Bomba.
Com maestria ele pôde conseguir visualizar os pássaros em pleno voou; por sorte estava com seu capacete que lhe mostrava a perseguição das aves quase em câmera lenta.Eram dois corvos(ou outra espécie semelhante) contra apenas um muito menor, com plumagem onde prevalecia o verde :um beija-flor.Ele tentava ficçar seus olhos sobre os dorsos dos pássaros, a procura da sua primeira imagem dos pequeninos, e incrivelmentes rápidos, seres humanoides. Então viu o ataque das duas aves negras ao beija-flor.Com um piado agudo e sofrido o débio passarinho despencava a encontro do chão.Bomba corria para empedir a colizão do pequeno Beija-flor ao solo,estendeu a mão e por milímetros não o aparou. O Beija-flor caiu sobre a folhagem e tão rápido quanto a queda, Bomba mergulhou a mão em meio as folhas e trouxe consigo o frágiu passarinho que estava vivo e beliscava com seu longo e fino bico, os dedos de Bomba como se pedisse que o soltasse.Ele arregalou os olhos totalmente atônito.Sobre o dorso do pequeno pássaro havia uma cela! Era toda verde e ornamentada com metais dourados talhados ao redor do estofado  do asento que era compatível, em tamanho, para um ser de uns cinco sentímetros.Seu coração inflou de alegria,está era a prova de que não enlouquecera e, mais importante: de que não estava errado. A maior das suas provas estava ali, em suas mãos.Bomba podia ser desastrado, mas não era burro, sabia que essa era uma prova física que só tinha o valor para ele, afinal ele não teria como provar para todos que não havia sido ele que fizera a propria prova. Sem dúvida seria motivos de piadas por todos no meio científico, mais do que já era...
Mas ele estava ali, e ver aquela cela sobre o pássaro confirmara, mais do que nunca,que estava certo, que sua teoria não era uma teoria e sim um fato! Pensar na reação de todos que duvidaram, que riram... tinha um sorriso incontivel no rosto.Ouviu os grunidos dos pássaros ao longe. Logo passou a imaginar aonde estava o ser que estava sobre o Beija-Flor,caira? Ou ainda estava lá, correndo sobre os galhos?Tentando não ser devorado pelos corvos, tentando salvar sua vida...?

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