21- O peso da decisão II

1K 109 11
                                    

Bruno

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

Bruno

—Bruno? Vem comigo. — Me viro e vejo João.

— Eu preciso ir atrás da Sara. — Tento explicar entre soluços. — João, eu sou um merda. Eu destruí uma pessoa. Eu destruí a mulher que amo. Me ajude. — Perco a compostura. Estou apavorado.

— A Simone vai falar com ela. Fica calmo. Vem, vamos sair daqui. — Ele sai puxando meu braço.

João me guia pelas alas e tudo é se torna tão estupidamente sem sentido. O que eu queria provar? Ela sempre deixou claro que não era desse mundo.

Eu a puxei para minha podridão. A fiz se sentir suja. Minha pequena nunca vai me perdoar pelo que eu a fiz se submeter.

Vamos para uma área vip, ele pega um copo de água pra mim. Estou preocupado com ela. Esse lugar é longe do centro a cidade. Ela está vulnerável. Céus que angústia.

Um segurança vem e fala alguma coisa no ouvido do João e ele me olha enquanto escuta o recado.

— Bruno, a Simone está com ela. Elas vão pra casa. Vem, vou te deixar em seu apartamento.

— João, eu preciso falar com ela. — Ele nega.

2 Hoje não. Ela não está pronta para te ouvir. Vamos. Nada como um tempo de assimilação pra abrir nossa visão e acalmar os ânimos. Ela não está pronta ainda. — Assinto e sigo meu amigo, sentindo o peso das minhas consequências me sufocando.

Nem sei como cheguei em casa, João subiu comigo.

— Bruno, senta aqui. Vamos ter uma conversa sobre hoje. — Eu sigo para onde ele estava sentado.

— Eu e a Simone vimos tudo o que aconteceu. — Abaixo minhas vistas, estou de algum modo envergonhado.

— Elas conversaram no banheiro e a Simone disse que ela só saberia o limite dela e o seu, experimentando, e sabemos que nem todo mundo foi feito para esse universo.

Fico olhando o que ele fala, sem interrompe-lo. — Eu sempre soube que você não era desse mundo, dividir seu amor com alguém. Você estava ali de passagem. — Estou surpreso com o que ouço.

— Você nunca tinha sentido o amor de verdade, Bruno. Não vejo problema nenhum em um casal que se ama, querer dividir seu parceiro e se sentir realizado com isso, mas essa pessoa não é você. As vezes que você fez isso, era por que você não tinha experimentado o amor.

— Como assim João? Eu sempre vivi isso. Não tô entendendo.

— Quando você começou a sumir das festas e colocou a desculpa no trabalho, eu sabia que esse trabalho tinha um nome, você nunca faltava uma festa exclusiva. Você já veio de viagem internacional direto para elas e não seria alguns quilômetros que te impediria. Encontrei sua mãe e ela contou que você estava na Bahia e que tinha conhecido alguém. Ali eu sabia que você estava se encontrando. As coisas ficaram claras. E eu fiquei feliz por você.

O TOQUE PROFANO - Livro II Onde as histórias ganham vida. Descobre agora