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Daphne não encontrou o cunhado depois de sair correndo do quarto à sua procura

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Daphne não encontrou o cunhado depois de sair correndo do quarto à sua procura. Não sabia exatamente o que falaria para ele, qual desculpa inventaria e se Draco estaria interessado em manter aquilo em segredo. Só foi encontrar a irmã em plena madrugada, sozinha na cozinha e comendo um pedaço de torta de abóbora. Segundo ela, o futuro marido se sentira indisposto e fora para casa mais cedo, com a mãe a tiracolo.

Não se importou em tomar café na manhã seguinte. Mandou o patrono ao trabalho para avisar que se atrasaria e desaparatou ao botar os pés fora da propriedade. Do momento em que saiu de casa ao instante em que parou em frente à entrada da mansão Malfoy, a impressão foi de que apenas alguns segundos se passaram.

Daphne mordiscou o lábio e esperou. Esperava o empregado, mas foi Draco que a recebeu. As sobrancelhas quase brancas se destacaram nas faces subitamente vermelhas. Em silêncio, ele a deixou entrar, mas não fez menção de levá-la para além do vestíbulo.

— Ele não está aqui — disse, cruzando os braços.

A frieza nos olhos cinzentos se assemelhou ainda mais com os do pai naquela situação constrangedora em que Daphne os metera.

— Ótimo, não foi com ele que vim falar. — O pomo-de-adão moveu-se, tenso. — Eu sei o que viu na noite passada. Não sei o que seu pai...

— Não nos falamos desde ontem. O que ele faz ou deixa de fazer não é mais meu problema há anos. — O nariz franzido e os lábios curvados para baixo fizeram Daphne lembrar da quase uma década em Hogwarts, de um Draco adolescente e perdido. — Minha única preocupação é com Astoria.

— Minha também. — Draco riu e desviou o olhar para os próprios pés. — Sinto muito que tenha visto aquilo.

— O que foi aquilo, Daphne? — Ele negou com a cabeça e a bruxa enxergou decepção em seu semblante. — Você e sua irmã são muito diferentes, mas uma coisa que têm em comum é o dom do discernimento. Ao menos achei que você tivesse. Você, mais do que eu, sabe o mal que um escândalo desse tipo faria a Astoria. Por que meu pai? Há algum sentimento envolvido?

— Não! — apressou-se em dizer, exasperada com essa possibilidade. — Foi só... Eu não sei bem o que foi, mas não acontecerá novamente.

— E ele sabe disso? Que não acontecerá novamente?

Daphne engoliu em seco.

— Saberá.

O olhar de Draco obscureceu. Daphne dissera a verdade e não culpava o cunhado por não acreditar. Nunca mais colocaria o bem estar da irmã em perigo por conta de caprichos.

— Draco — os dois desviaram o olhar ao mesmo tempo e encontraram Narcissa parada na escada —, é preciso confirmar os arranjos do casamento. Iremos com a escolha de Astoria. Faça isso, sim?

O rapaz arriscou uma última encarada em Daphne e concordou com a cabeça. A bruxa, por sua vez, não se moveu ao ver Narcissa caminhar até ela sem demonstrar qualquer sentimento, mesmo sendo uma certeza de que ouvira a discussão. Em uma das mãos, carregava uma agenda com capa de couro que mostrava diversas marcas de uso.

Efêmero ϟ PotterversoKde žijí příběhy. Začni objevovat