𝐘𝟓: Draco Malfoy

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Senti meu corpo estremecer, mas tentei não demonstrar.

— E Harry e eu somos sua doce vingança?

— Muito, muito doce.

Ponderei nossas possibilidades.

— O que você sugere que façamos, então?

Hermione deu de ombros.

— Fiquem onde todos possam ver, ou mesmo no quarto de Harry, na Torre da Grifinória. Não acho que em Hogwarts corram algum risco, mas tentem prestar atenção por onde andam quando estiverem em Hogsmeade, principalmente no fim de semana de fevereiro que está chegando. Vai estar lotado, quase todos os alunos mais velhos vão sair do castelo.

— Por que? — perguntei. Hermione deu uma olhadinha de cumplicidade para meu namorado, que sorriu, meio nervoso. A garota ficou de pé.

— Porque é Dia dos Namorados — disse ela. — Será mais fácil para qualquer pessoa se infiltrar no meio da multidão.

Ron a observou por um tempo.

— E você vai...?

Hermione congelou no lugar em que estava.

— Q-quê?

— Não foi bem isso que eu quis dizer — o menino ficou vermelho até as orelhas. Por um momento, Hermione deve ter pensado que ele a estava convidando para um encontro. — Onde você está indo agora?

— Ah — ela quase pareceu decepcionada. — Vou enviar uma carta.

Dizendo isso, saiu. Ron permaneceu encarando seu prato, subitamente achando que um pedaço de bacon era muito mais interessante que qualquer conversa que despontasse do outro lado da mesa. Simas e Dino, que ainda estavam de pé, ocuparam os assentos à nossa frente. Harry fez questão de não olhá-los: ele e Simas ainda não tinham feito as pazes.

Meu namorado olhou de esguelha para mim, e timidamente repousou o garfo sobre o prato de porcelana.

— Então, S/A — começou ele, baixinho. Suas mãos hesitantemente seguraram as minhas, brincando com meus dedos e envolvendo-os naquele calor bom que me trazia a típica sensação de borboletas no estômago. — Não quero que se sinta pressionada porque estamos namorando, vou entender perfeitamente se não quiser, mas...

Apertei suas mãos num gesto de apoio. Eu sabia o que ele estava tentando fazer, mas também sabia que o momento era importante para Harry, e por isso não o interrompi em momento algum. Era especial para mim também.

— Você... Você quer ir a Hogsmeade no Dia dos Namorados comigo?

Um sorriso contido se formou no canto de minha boca.

— É claro que quero — respondi com um tom de voz tranquilizador. Harry respirou aliviado. — Não precisa se sentir nervoso quando for falar comigo sobre essas coisas, você sabe que com você eu quero tudo.

Harry apertou nossas mãos uma última vez.

— Eu também quero tudo com você.

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Nos dias que se passaram, não fizemos muita coisa que não fosse estudar para nossos N.O.M.s e participar das aulas secretas de Defesa Contra as Artes das Trevas da AD.

Revisamos e aperfeiçoamos feitiços que já havíamos aprendido e repassamos alguns pontos práticos e teóricos que seriam importantes para nossos exames finais. Também lembro-me de passar noites em claro, colocando a matéria em dia; Ron, Hermione, Harry e eu no dormitório dos meninos, ou então em algum canto sossegado do Salão Comunal.

𝐌𝐀𝐒𝐓𝐄𝐑𝐏𝐈𝐄𝐂𝐄, harry potterOnde histórias criam vida. Descubra agora