Ossos nus

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Sirva meu espírito na maior das mesa dos banquete

Este festim é para se alimentarem do que tenho ou do que resta

Esses vermes putos começaram primeiro a me devorar com os olhos

E agora eles tem minha carne inanimada


Não é à toa que eu quero queimar

Não é à toa que eu quero me arranhar

Não é à toa quero sangrar

Não é à toa que eu quero expor esses ossos nus


Como pude deixar tudo ser assim?

Minha personalidade não condiz com essas merdas vulgares

Foi porque o dinheiro vem rápido

Uma pena eu ter que gastar com terapia anos depois

Tão triste dizer que meu estômago dói

Eu mesma me dei os murros no estômago e agora quero das as facadas


Tão triste dizer

Pai, eu quero morrer

Mãe, eu quero morrer

Eu quero morrer

Eu te tratei mal, te odiei tanto

Nesse reflexo embaçado vejo os rostos deles, mas não me vejo

Pele queimada entre arranhões

Sangue no chão, apenas meia-viva

Neste corpo visto e desejado

Devorado e mesmo assim intocado

Este é o momento que eles queriam

Meus ossos nus, e nada mais para esconder

Post MortemWhere stories live. Discover now