Capítulo 3

63 9 3
                                    

Era final da tarde quando pequenas gotas de água começaram a cair do céu, e os dois homens viram isso como deixa para voltar para a Casita. Felizmente Alma não havia chegado ainda. Todos eles teriam que agradecer a Bruno por isso. Não importava o que ele havia feito, funcionou. Os dois amigos se olharam orgulhosos.

- Da próxima vez. - Félix cutucou o amigo com o braço. - Eu vou pedir a sua ajuda.

- Da próxima vez dê brincos a Pepa. - os dois soltaram uma risada. - Está tarde. Você não vai embora?

- Você não precisa jogar na minha cara que você vai jantar aqui e eu não. - Félix fez uma careta.

Ele estava feliz pelo seu amigo, mas ele faria com quer coisa para estar no lugar de Agustín. Não exatamente no lugar dele. Ele não queria namorar Julieta. Félix queria namorar Pepa, jantar com toda a sua família, e com sorte poder dizer para aquelas criança que a mulher ruiva era sua esposa.

- Você sabe, meu amigo, eu não estou me gabando. Apesar que devido às circunstâncias, eu deveria. - Félix revirou os olhos com o comentário. Ele tinha um pouco de inveja do homem. - Eu adoraria ter você hoje aqui. Aposto que as meninas não se importariam, principalmente Pepa, mas não posso dizer o mesmo de Alma.

Alma Madrigal tinha uma certa simpatia com o jovem, mas ainda assim não ia gostar de ter alguém que não foi convidado tão tarde na sua própria casa. Félix soltou um suspiro derrotado. Quem sabe um dia. Isso é, se ele estiver vivo depois dessa noite.

Lá de cima, eles ouviram Julieta gritar.

- Como foi querido?

- Conseguimos, amor. Sem nenhum acidente.

- Que bom! Vou avisar a Pepa. Enquanto isso, você pode arrumar a mesa para o jantar? - ela gritou de novo.

- Já estou a caminho. - Augustín estava prestes a se mexer, mas parou quando ouviu a voz da sua namorada mais uma vez.

- Félix, ajude ele, por favor. Não quero correr o risco dele quebrar o recorde se mais tempo sem acidentes.

Não era oque ele queria exatamente, mas ele sentiu-se afortunado mesmo assim. Com sorte ele conseguiria ver Pepa arrumada para o jantar. Além disso, não é como se ele quisesse ir embora agora. Não só pela comida que cheirava muito bem, mas também porque ele não sabia como Alma realmente reagiria se descobrisse a farsa coletiva. Se desse errado, ele assumiria a culpa.

Não deu tempo de dar um passo antes que Casita levantasse os pisos apressadamente, e levasse o homem alto direto para a cozinha. Isso só podia significar uma coisa. Alma havia chegado em casa.

- Cuide dele por mim, ok? - Félix sussurrou para Casita.

As portas da frente se abriram e trouxeram um vento gelado junto. Como se não bastasse, em poucos minutos Alma Madrigal estava na frente de Félix.

- Merda. - Félix amaldiçoou baixinho.

Ele não imaginava que a mulher mais velha viria direto para aquele cômodo. Pelo menos Casita moveu para frente do vaso substituto antes que ela o visse.

- Boa noite, senhora Madrigal.

- Boa noite, rapaz. - alma entregou a cesta que estava segurando para o seu filho. - Bruno não me disse que estaria aqui.

- Ele deve ter chegado depois. - o mais novo dos trigêmeos respondeu com nervosismo estampado na sua voz e rosto.

Ele parecia levemente confuso.

- Sim, eu cheguei depois. Eu vim porque me machuquei.

- A minha filha lançou-lhe um raio? - Alma levantou uma das sobrancelhas.

Chegaste ao fim dos capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Feb 08, 2022 ⏰

Adiciona esta história à tua Biblioteca para receberes notificações de novos capítulos!

Tesouro Madrigal Onde as histórias ganham vida. Descobre agora