Janeiro: Santuário da Luz

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Os habitantes daquele mundo conheciam as sombras, porque mesmo a luz de todos os lados podia projetá-la abaixo de você. Só que aquela era diferente, tinha algo de estranho e a deusa sabia bem disso.

Naquele mesmo dia, na sala de observação, um dos operadores disse o seu relatório sobre o que vira nos outros lugares.

- Senhora, a Terra está com muitos problemas. Há uma energia muito ruim emanando de lá!

- Que tipos de problemas?

- Brigas, guerras, morte.

- Mas isto sempre houve por lá e nunca nos afetou ativamente!

- Eu sei bem disso, senhora. Porém, desta vez está numa escala muito maior.

- Obrigada! Apenas continue observando e fale se acontecer mais alguma coisa.

- Tudo bem!

- Agora irei para a minha sala de concentração, preciso emanar luz novamente.

E se despediram. A Deusa fez o mesmo procedimento como em outros dias.

O curso normal do tempo se seguiu, com todos os afazeres de todos os habitantes daquele pequeno universo. Com uma pequena exceção, a Deusa continuou encontrando a sombra em outros dias. Fosse no jardim, novamente na sala de espelhos, em seu quarto. Ela já estava ficando preocupada com uma possível perseguidora.

Ela contactou todas as deusas das cores, suas filhas. Todas nasceram da luz que emanava de dentro dela, como os espectros da luz se dividiram num prisma, elas eram sete: Violet, Anila, Zulita, Vert, Gelb, Nara e Rubra.

Cada uma delas geria uma das sete províncias adjacentes à central e tinha como cor dominante em suas roupas, a cor que lhes deu origem.

Todas as deusas menores se locomoveram de suas localidades para a reunião.

E na grande mesa redonda, as sete se sentaram. Havia um local vazio bem na cabeceira, onde a matriarca sentava. Olhando umas às outras e se perguntando o que poderia ser tão importante e preocupante que as convocou até ali.

- O que será que a mãe quer conosco? - indagou Anila

- Será que é finalmente sobre a sucessão? - sugeriu Vert

- Não acho que nossa mãe se aposentará. - Violet, a mais velha falou

- O que pode ser então? - Zulita perguntou

- Confesso que estou curiosa. - Nara declarou

- Será que está preocupada com a nossa gerência das outras províncias? - Gelb levou a questão

- Se fosse só isso, ela pediria um relatório - finalmente se posicionou Rubra - Só podemos esperar ela chegar para saber o que é.

Todas concordaram com a irmã mais nova. Eram muitas dúvidas, mas nenhuma delas com resposta. A única que podia lhes dar o que queriam era justamente quem as chamou ali.

A Deusa maior entrou na sala por último, todas as filhas encontraram o olhar da mãe, que parecia bem aflita. Aquele estado da mãe preocupou as filhas, pois era a primeira vez que elas viam a mãe fora da calmaria e do seu pacifismo.

Ela se acomodou em seu assento e começou a falar:

- Minhas filhas que bom que atenderam a meu chamado prontamente!

- O que aconteceu, mãe?! Todos nós estamos preocupadas! - falou primeiro Violet

- Tenham calma que irei lhes explicar. - falou calmamente Album - Uns dias atrás, vi atrás de mim, enquanto estava na sala dos espelhos, uma sombra. Não consegui identificar o que era e quando me virei ela tinha sumido.

12 Meses com MinorinWhere stories live. Discover now