Cap 2

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Iolanda 🦋

Depois que a Sabrina foi embora, eu larguei pro meu quarto e não fiz nada que tinha que fazer só deitei na minha cama e chorei.

Pequeno: tô partindo pra boca, já é?- gritou da sala.

Iolanda: já é, Luan- gritei de volta com a voz de choro.

Essa era a forma de luto do Luan, ele nunca ficava em casa, demonstrava ou chorava. Ele se mostrava forte e frio, mas eu sei que por dentro ele tá destruído.

Fechei meus olhos e tentei pegar no sono pra no outro dia acordar e ir resolver os negócios do enterro e velório.

Mandei mensagem pra minha chefe e fechei os olhos, não consegui dormir nenhum minuto e só quando eu preguei o olho escutei o barulho da porta de casa abrindo, como já eram oito da manhã decidi levantar.

Pequeno: nem dormiu né -neguei-tá com essa cara de zumbi aí

Iolanda: e você dormiu fora?- ele negou também.

Pequeno: quem que consegue dormir em uma situação dessa pô?- respirei fundo
deitando a cabeça no peito dele.

Iolanda: usou muito droga-falei sentindo o cheiro ruim e ele concordou rindo sem graça- eu amo você Luan.

Pequeno: pode pá que eu amo tu também Iolanda, o que eu fizer agora vai ser por nós dois.

Iolanda: já comprou o caixão? - ele concordou e uma lágrima caiu do meu rosto.

Eu fiquei quase a manhã toda assim agarrada no Luan e quando deu duas da tarde era o velório.

Meu coroação ardeu em ver o Ruan nessa situação. Eles não me deixaram ver ele ontem já que os traficantes recolheram o corpo dele.

O velório passou tão rápido e logo veio o enterro, que passou como se fosse um minuto.

Sai de lá sem forçar nenhuma e alguns amigos do Luan tiveram que me trazer de carro porque eu tava quase desmaiando.

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