Cinco

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Eu tenho o número de telefone numa mão e o celular na outra, não sei como eu não tinha pensado antes... É só baixar o aplicato "whatsapp"; não me interesso muito por esses aplicativos de bate-papo, mas agora estou interessada mais do que nunca... A internet não colabora muito, mesmo assim com muita insistencia consigo baixar, logo vejo ele -Sam- e me impressiono por perceber que até por foto sinto cala-frio e todas aquelas esquisitices... Decido não chamá-lo pra conversar, afinal,  o que eu falaria?
Mesmo querendo saber mais sobre ele, não por onde começar... Não tem raiz, não sei nada além do primeiro nome.

*

Depois de alguns dias decido compartilhar uma daquelas mensagens de qual odeio receber 'compartilhe para 15 pessoas, se não sua mãe morre'... Mesmo assim nenhuma resposta...
Na escola, horário vago,  eu, Eleanor, Diana, Katie, brincando de... "tapão", um grupo de quatro garotas brincando com a coisa mais delicada. Se forma uma roda, sua mão direita fica por cima, e a esquerda por baixo... Você recebe o tapa e compartilha com o próximo, quando penso que não; está a sala inteira numa única roda, inclusive ele. Tanto quanto eu, tanto quanto ele, eliminamos os colegas de classe, Diana uma das primeiras a sair, olho pra ela e morro de rir por dentro (hahaha), ela faz um sinal pra eu calar a boca e ficar na minha, os meninos desistem muito fácil de continuar a aguentar, dizem que minha mão é muito pesada. Até que toda sala desiste... e sobra EU e ELE. Claro que eu recuso continuar com a brincadeira, a essa altura a sala está toda ao nosso redor, eu sentada na mesa do professor e ele a minha frente. Diana olha pra mim, e faz uma cara de "agora quero ver se tu aguenta", ela é minha amiga desde o primário. Enquanto isso todos ficam num unico som. "Que isso sow, vai desistir agora?/ Ele é o único que você precisa vencer". E é verdade o ÚNICO que preciso vencer, ele é o único que me icomoda sem nenhuma palavra. E eu preciso vencê-lo. Mas não vencer em guerra, vencer em paz, me livrar dos icomodos que ele causa. Então decido continuar, mas não pra mostrar que sou mais forte, porque é óbvio que não sou, mas para mostrar que não desisto tão fácil. Então ficamos ali, mais de 20 minutos, eu lutando para continuar, enquanto sentia meu corpo todo estremecer a cada tapa seu, a mão despedaçando, eu sabia que não podia parar, quanto mais tempo parado, mas dor eu sentia. Era como se fosse uma dor que só ameniza com o que causa ela. Eu estava dependente. A cada tapa eu não sentia a minha mão, se ele parasse eu ia chorar de dor. E é ai que eu olho pra minha mão e vejo como ela está inchada, vermelha, tremendo e dando para ver perfeitamente as veias que por ali passavam. Resolvo parar, o coração acelerado, levando da mesa, e passo pelas várias camadas de alunos que nos envolvia como numa celúla, e nos éramos o núcleo. Elisabeth a professora de história chega, mal consigo pegar na caneta, minha mão estava visivelmente 'machucada', parecia que um elefante pisou em cima, só que invés de esmagar ela inchou. Nunca um elefante avia pisado na minha mão, mas era o que eu seu, parecia que ela não estava lá.
Ele veio até mim e perguntou se eu estava bem. Olho pra ele e digo:
-Olha pra minha mão.
Por pior que pareça tudo isso. A mão dele ficou igual a minha.
No recreio me aproximo do meu primo James. Ele tem 'amigos em comum'. Eu sabia que ele estaria por perto. Ele pergunta o que aconteceu. Conto tudo e aponto pra ele. A menina que estava na frente acha que foi com ela e pergunta "eu??!!", com uma cara de 'nem te conheço menina'. Nego com a cabeça e aponto novamente para Sam. Ele simplesmente, fala que foi 'eu' que quis continuar. Eu somente digo:
-Você é covarde!
E ele concorda friamente como se eu não estivesse dito nada. Ele olha em volta como se estivesse procurando algo ou alguém. O deixo em paz, saio em silêncio. Chamo Eleanor que tinha vindo comigo até aqui. Por mais que eu queira não consigo me dá bem com ele.

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⏰ Last updated: Apr 07, 2015 ⏰

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