- Sério? - Ele perguntou animado, o Uchiha concordou com a cabeça. - Sim! Por favor!

Rindo um pouco de seu jeito entusiasmado, Izuna se sentou atrás de Hashirama e retirou com cuidado a escova do meio dos longos fios. Ajeitou as madeixas castanhas e começou a pentear com cuidado.

E céus! O cabelo de Hashirama era extremamente macio e sedoso.

Enquanto seus dedos se arrastavam pelos longos fios castanhos, Izuna não pôde deixar de admirar o belo jardim que enfeitava o quintal da casa dos Senju. Se perguntou se as belas flores que se encontraram espalhadas pelo chão eram uma criação de Hashirama.

Uma repentina e confortante sensação de paz então lhe atingiu, o fazendo fechar os olhos enquanto sentia o fresco vento da manhã assoprar seus cabelos. Talvez aquela fosse apenas a áurea de Hashirama, que parecia pertencer àquele natureza em volta deles.

- Pronto... - disse com um pequeno sorriso, colocando a escova de lado.

Hashirama esticou os braços para frente antes de levar suas mãos até os longos cabelos, sorrindo abertamente em seguida.

- Tobi, ficou ótimo! Obrigado! - Ele agradeceu feliz. - Meu cabelo parece que me odeia durante as manhas, você vai ter que me ajudar todos os dias agora!

Izuna se surpreendeu quando Hashirama o envolveu em um forte e repentino abraço. Já estava se acostumando com o modo carinhoso do Senju mais velho; não se envergonhou muito dessa vez.

- C-Certo... - respondeu hesitante.

Tobirama estaria um pouquinho ferrado quando a troca finalmente fosse desfeita.

- É tão bom te ver melhor... - o Senju disse de repente, deixando Izuna levemente confuso. - Eu tenho que ir agora, te vejo mais tarde.

- Até... - Izuna respondeu meio vago, observando o mais velho se levantar e deixar o local com calma.

Por que raios Tobirama estava preocupando a todos naquela casa?

Guardando suas dúvidas para uma outra hora, Izuna se levantou do chão e apanhou a pasta com suas anotações; precisava se apressar se quisesse chegar a tempo.

[...]

Talvez não tivesse notado antes por ter ficado tanto tempo em casa, mas os sensores de Tobirama eram extremamente irritantes!

Ao colocar o pé para fora de casa, Izuna foi abordado com a assinatura de chakra de praticamente todos os habitantes da aldeia, lhe deixando levemente tonto e atordoado.

Como Tobirama aguentava aquilo todos os dias?

E agora, enquanto lecionava os alunos na acadêmia, tinha que se esforçar para não esbarrar nas coisas.

Já havia derrubado sua pasta umas três vezes, rendendo alguns olhares surpresos e confusos de seus alunos.

- Muito bem, agora se concentre mais no fechamento da ferida, com cuidado... - disse com calma, instruindo um dos alunos na cura do peixe ferido em que estavam treinando.

Mas deixando de lado o seu pequeno desconforto, Izuna estava se saindo surpreendentemente bem em suas aulas. Os alunos estavam aprendendo a técnica rapidamente e com poucas dificuldades - exceto por aqueles com um péssimo controle de chakra, que preferiram focar em outra área de especialização.

- Eu consegui? - Perguntou Homura, fitando curiosamente o peixe sobre a mesa.

- Sim, está perfeito! - Izuna se exaltou e logo se arrependeu. Tobirama nunca diria que algo estava perfeito.

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