Eu sou seu

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BAZ

Estou parado, mas Simon se move devagar, sobe as pernas e enfia os pés na parte de dentro das minhas coxas. Agora estamos encaixados. Puta que pariu.

Nem sei direito como aquilo começou. Eu estava frustrado e com raiva de mim mesmo, e então, de repente a gente tava se pegando muito forte, mas não vou reclamar, não mesmo.

— Baz — Simon diz — Eu te amo...

— Eu também te amo, meu amor.

Não consigo, faço carinho e seguro seu rosto, e o beijo. Nossos corpos se movem sozinhos, em ondas, um contra o outro.

Sem roupa é infinitamente melhor, não tem comparação. A sensação de Simon em mim é indescritível, o pau dele roçando no meu, quente... Já perdi a cabeça há alguns minutos atrás então agora só me deixo levar.

Olho em seus olhos impossivelmente azuis e acho que posso me afogar neles. Preciso.

O suor faz nossas peles escorregarem. A gente podia ficar só assim, se esfregando, a noite toda, e eu não me importaria nem um pouco. É o máximo que já tive, e parece a melhor coisa do mundo.

O rabo dele me toca em todo lugar — acho que nem percebe, conforme vai descendo pela minha coluna, como um terceiro braço dele. Roço meus dentes em seu ombro, mas não vou morder. Jamais morderia, mesmo se ele implorasse (eu sei que Simon tem umas ideias estranhas em relação a isso).

O beijo de novo, e sua boca está aberta, esperando por mim. Ele geme, e suas asas estão se fechando sobre nós. Está tudo escuro até mesmo pra mim, mas em tons de vermelho. Somos um casulo.

— Eu quero você, Baz... — ele diz muito baixo.

— Eu também quero... — respondo com o que resta de mim.

Simon levanta mais as pernas, até encostarem na parte de trás do meu braço, e não entendo direito o que ele está fazendo até entender.

Simon me coloca dentro dele. Estou todo melado da saliva dele, então simplesmente escorrega pra dentro, o que nos faz gemer ao mesmo tempo.

Fico parado, talvez pelo choque, pelo súbito prazer, e também por medo de machucá-lo. Fecho os olhos, nem parece real.

Nunca fiz isso antes, mas estou dentro dele. Dentro de Simon. Parece divino, mesmo eu sendo amaldiçoado.

— Baz... — ele me chama — Você pode...

— Tem certeza?

— Sim.

Me movo um pouco, movimentos curtos e lentos e Simon choraminga.

— Tá doendo? — pergunto.

— Um pouco... Mas tá gostoso.

Continuo devagar até arriscar um movimento mais longo. Simon solta um grunhido mais profundo, até que finalmente faço o movimento inteiro, do começo ao fim.

Está acontecendo. É tão maravilhoso. Quero ir mais rápido, seguindo meu instinto mais animalesco, que acho que não vou conseguir me controlar se continuar assim e paro.

— Vem cá — digo.

Me sento na cama e deixo Simon sentar em cima de mim, as pernas dele nas minhas costas, assim ele teria todo o controle. Começa devagar, eu o abraço, e de repente ele está gemendo no meu ouvido.

— Ah, Baz... eu sou seu...

— Eu também sou seu...

Não consigo pensar, é bom demais. Vou morrer, estou indo pro Céu, mas talvez seja o Inferno.

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⏰ Última atualização: Jan 06, 2022 ⏰

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