Capítulo 4

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Christian esfregou os lábios para esconder um sorriso quando Ana sentou na beiradinha da cama e cruzou as mãos sobre o colo. Se ele a beijasse, ela iria ao chão. Era o tipo de garota que perdia as forças quando se excitava. Ele adorava aquilo. Cada esforço necessário para derrubar as barreiras dela tinha valido a pena.

Ana parecera bonita antes, mas daquele jeito ficava linda além da conta. Livres do coque, suas mechas compridas emolduravam o rosto. A excitação iluminava seus olhos  azuis, e os lábios estavam inchados por causa dos beijos. Maravilhosa. Christian quase desejou poder encontrá-la de novo depois daquela noite.

Em vez de se sentar ao lado dela, ele se acomodou no meio da cama king-size, se apoiou sobre um dos cotovelos e deu um tapinha no espaço ao seu lado. Depois de uma hesitação momentânea, Ana se deitou junto a ele, despencando no colchão, com os olhos voltados fixamente para cima. Era possível ver as veias pulsando sob seu queixo. Ela estava tensa como se esperasse um eventual ataque.

Christian precisaria se esforçar mais.

__Vou beijar você de novo. - Como pressentiu que Ana precisava ser avisada, acrescentou: __De língua.

__Tudo bem.

Ele se inclinou e a beijou, voltando ao início com roçadas leves dos lábios e lambidas provocativas antes de dominar sua boca de novo. Ana não sabia mesmo beijar, mas era divertido senti-la aprendendo. O que não tinha de habilidade compensava com entusiasmo.

Ela o beijava com movimentos destreinados da língua, seguindo sua boca enquanto ele tentava recuar para diminuir ainda mais a iluminação do quarto. Sua experiência dizia que ela se sentiria bem mais confortável com o mínimo de luzes possível.

Christian tentou alcançar o interruptor sem deixar de beijá-la. Ana enfiou os dedos nos seus cabelos. A única coisa que o enlouquecia de verdade — além de sexo oral — era uma mulher mexendo em seus cabelos. As unhas dela arranhavam seu couro cabeludo, exercendo a pressão ideal para fazer uma onda de prazer percorrer sua espinha. Ele se esqueceu das luzes.

Sua mão percorreu o corpo dela, agarrando o peito pequeno. Apesar da camisa e do sutiã, dava para sentir a ponta do mamilo enrijecido. Christian sentiu vontade de beliscar de leve, brincar com ela, mas havia muitas camadas de tecido firme no caminho. Ele a beijou com mais força, e Ana se arqueou na direção de seu corpo. Se não estivesse usando aquela saia justa, teria aberto as pernas. Christian era capaz de apostar que estava toda molhada para ele.

Inclinando-se para trás e respirando fundo, ele avaliou seu efeito. Ana respirava fundo com os lábios entreabertos vermelhos e brilhando. A mensagem em seu olhar era de puro sexo. Estava pronta para mais.

Ele levou o dedo ao colarinho da camisa dela e abriu o primeiro botão.

Foi como acionar uma chave, tão drástica foi a mudança. Em um momento, o corpo dela estava relaxado e entregue. No seguinte, ficou tenso como um elástico esticado até o limite. O rosto dela empalideceu. Sua expressão passou de sensual a assustada. Ana baixou as mãos ao lado do corpo e cerrou os punhos.

__Ana?

Ela engoliu em seco e começou a desabotoar a camisa.

__Desculpa. Pode deixar que eu abro. - Com gestos descoordenados, soltou um botão, depois outro.

Christian pôs a mão sobre a dela para interrompê-la.

__O que está fazendo?

__Tirando a roupa.

__Não vou transar com você desse jeito. - Aquilo era errado. Ele nunca tinha feito sexo com uma mulher que não estivesse cem por cento a fim, e não ia começar àquela altura.

Acompanhante de Luxo Where stories live. Discover now