De volta à Cidade do Leste

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Eu ando pelos corredores do Quartel general da cidade Central indo em direção a saída, acabei de pegar alguns documentos com Hughes e precisava me dirigir de volta à Cidade do Leste, para entregar-los ao Coronel Mustang.
Minha vontade real era de ficar um pouco mais e passear pela cidade, afinal, não é todo dia que eu posso vir aqui, mas eu tenho um trabalho a fazer e já demorei muito para concluí-lo.
Agora já nas ruas da Central, da para ver o quanto o dia esta bonito, um dia perfeito para ir ao parque ler, tirei esses pensamentos da cabeça e voltei a andar em direção a estação, meu trabalho parecia consistir em eu ter que ficar perambulando por toda Amestris como um pombo correio, mas eu não posso reclamar, essa é a maior liberdade que já tive em anos.

Meus pensamentos se vão quando escuto meu trem chegar ao portão de embarque, me apressei em subi-lo, já me preparando pra longa viagem que estava por vir, por mais que, de tantas vezes que eu já fiz essa viagem ela parece cada vez menor.
Me ocupei em um acento vago e acabei por dormir, assim não teria de ficar ocupando minha mente com besteiras por toda viagem, e a última coisa que eu vi antes de fechar os olhos foi um homem com o uniforme do exército entrando no trem, deixei isso de lado e adormeci

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Acordei com o trem parando bruscamente, por sorte já era meu destino, a Cidade do Leste, recolhi meus pertences e desci, para minha surpresa o outro cara do exército também desceu aqui.
Segui meu caminho pra o Quartel do Leste, cumprimentando algumas pessoas conhecidas no caminho, me dirigi diretamente a sala do Coronel Mustang, bato na porta e aguardo se sinal, ao entrar me deparo com ele e Riza.

— Bom dia Coronel, trouxe os documentos que você pediu. – falei colocando-os em sua mesa
— O.K, muito obrigado, está dispensada por hoje, amanhã precisarei que faça outra viajem. – Ele disse, eu concordei com q cabeça
— Espere um pouco, – Riza chamou – Você conversou com o vovô? Ele ligou perguntando de você. – minha irmã perguntou, ela costuma ser bem séria, mas quando estamos apenas com o Coronel ela se sente confortável para ser informal comigo.
— Na verdade não, quando fui falar com ele me disseram que estava ocupado. – eu até queria ter ido ver ele depois, mas não tinha mais tempo.
— Certo, então não esqueça de ligar pra ele quando chegar em casa. – Riza avisou e eu me retirei.

Ela era o grande motivo de eu entrar no exercíto, Riza imaginou que se eu estivesse aqui ela conseguiria me supervisionar mais facilmente, depois de tanto ela insistir acabei aceitado tentar a vaga de alquimista federal, mas isso acabou me dando a liberdade que eu queria para "passear" pelo país, então ela deu um jeito de me colocar como o pombo correio do Coronel.
Meu pai era alquimista, então des de cedo eu já me interessava sobre isso, mas diferente dele eu não utilizo a alquimia das chamas, eu encontrei um jeito de usar alquimia elétrica, eu mesma criei um dispositivo que libera faíscas eletricas que dão o impulso para usa-la, esse dispositivo fica no meu pulso, e nele está o círculo de transmutação desenhado, o que me permite usar facilmente.
Fui considerada um prodígio, mas não acho que seja verdade, minhas condições apenas foram favoráveis, entrei no exercíto a dois anos atrás, com quinze, sendo a segunda alquimista federal mais jovem, e recebi o nome de Alquimista da Tormenta, nada mal, eu acho.

Ao chegar eu casa fiz o que Riza me pediu, liguei para meu Avô, conversamos um pouco e depois ele teve que resolver um assunto, resolvi sair, já que ainda estava no início da tarde, apenas me troquei e fui em direção ao centro da cidade.
Fui a algumas lojas vendo se algo me interessava, passei em uma livraria e comprei um livro que eu queria, fiquei caminhando pelas ruas até que algo, ou melhor alguém me chamou a atenção, novamente me deparei com aquele cara do trem, ele olhou para os dois lados da rua antes de entrar em um beco, minha curiosidade queria que eu fosse até lá, mas minha preguiça falava mais alto, andando mais um pouco me deparei com uma cabine telefônica, o que me deu uma ideia
Entrei nela e disquei o número, esperei chamar e então ele atendeu.

— Eeeiii, como vai melhor amigo? – falei animada, eu sempre era assim quando se tratava dele.
— Ah, olha só quem lembrou que tem amigo. — Tyler, meu melhor amigo, respondeu.
— Eu acabei de voltar da Central e tô com o dia livre, você não quer passar o dia comigo não? – perguntei mesmo já sabendo sua resposta
— Claro, me fala onde você está que eu vou correndo te ver. – Ele respondeu e eu passei as informações encerrando a ligação.

Tyler e eu nos conhecemos quando eu entrei no exercíto, acabamos nos aproximando e somos melhores amigos des de então, ele é a pessoa que eu mais confio no mundo, sempre posso contar com ele.
Fiquei esperando do lado da cabine por ele, em menos de um minuto ele já estava aqui.

— Uou, mas que rápido, você veio correndo mesmo, né? – falei brincando.
— Eu estava por perto. – nos começamos a andar juntos enquanto conversávamos. – e aí, como foi a viagem?
— Bem entediante, não tive tempo de fazer nada, nem consegui me encontrar com meu avô, mas e você? Como foi seu dia? – perguntei interessada em saber de algo diferente que possa ter ocorrido.
— Tão entediante quanto, eu sai de casa pra ver se tinha algo legal pra fazer e aí você me ligou.
— é incrível como ele sempre está por perto quando chamo, é como se pensássemos na mesma coisa e íamos para o mesmo lugar.
— Ei, vamos naquela cafeteria nova ali da avenida? Fiquei sabendo que eles fazem uma latte art incrível. – sugeri animada.
— E deis de quando você gosta de café? Pensei que odisse coisas amargas. – Ele tem razão, não gosto de café – ata, já até entendi, você vai fazer eu tomar café só pra ver a latte art e vai pedir algo tipo chocolate quente pra si? Tudo bem, vamos lá.
— Ah, você me conhece tão bem, que bom que aceitou, vamos! – respondi puxando-o comigo até a avenida.

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Eu já avia me despedido de Tyler e estava em casa, ele precisou resolver um assunto, não entendi direito o que mas era algo relacionado a seu irmão ou sei lá, nem sabia que ele tinha irmão.
Eu já cansada resolvi tomar um banho pra relaxar e tirar o suor, eu fiquei na banheira por um bom tempo, quase cheguei a adormecer, mas então eu resolvi sair para dormir na cama confortável e não ficar com for nas costas, saindo da banheira ouvi a porta da sala abrindo e a voz de Riza dizendo que chegou em casa.
Estava me secando antes de sair do banheiro, olhei pela janela para ver as estrelas e acabei me deparando com uma sombra a me olhar pelo vidro, está escuro lá fora então não dava pra ver muita coisa, mas eu tenho certeza que vi olhos roxos brilhando, primeiramente fiquei sem reação, tentando processar o que seria, então caiu a ficha.

— RIZA!!!! RIZAAAA!!!! TEM ALGUÉM NA JANELA DO BANHEIRO, TAVA ME OLHANDO!!! UM ASSASSINO, UM ESTUPRADOR, UM DEMONIO, UM FANTASMA, NÃO SEI!!!!! — eu me desesperei e sai do banheiro gritando com a toalha enrolada no corpo pedindo ajuda para minha irmã.
— O que? Como assim? Se acalma, não tem como ter alguém na janela, a gente mora no terceiro andar. – ela me respondeu tentando me tranquilizar.
— Mas eu sei o que eu vi!!!! Vai lá, você vai ver! – então fomos nós duas até o banheiro, não tinha nada – Ah, mas é claro que a pessoa saiu, mas ela tava ali! – acabou que não deu em nada, eu desisti e deixei como se fosse algo da minha cabeça mesmo, me vesti e deitei, afinal teria mais uma viagem amanhã.

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False identity - Inveja x LeitorDonde viven las historias. Descúbrelo ahora