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Dizem que devemos libertar aquilo que temos dentro de nós. Pois bem, aqui estou eu a tentar libertar toda a mágoa e ressentimento com que lido diariamente. Aqui estou eu a tentar contar a tragédia da minha vida. Sim, estou a ser um pouco dramática. Mas esta foi a única coisa que efetivamente provocou-me mais dor e sofrimento. Mas para chegar à pessoa responsável por isto, devo explicar tudo.

Comecei a escrever para, como já disse, libertar o que sinto dentro de mim. Dei por mim a escrever os vários motivos que me levaram a odiar tanto alguém. Sim, odiar também uma palavra forte, mas não tenho outra forma de qualificar o sentimento que tenho por ele. Cheguei assim aos doze motivos que encontrei para odiá-lo. Sim, "odiá-lo", porque foi um rapaz - ou um protótipo de rapaz - que me causou todo este sofrimento.

Quando o conheci tinha apenas vinte anos. Pode não parecer, mas era nova demais para saber que o mundo nem sempre é gentil connosco. Era nova demais para perceber que os rapazes, nem sempre, vão trazer coisas boas para a nossa vida. Ele tinha vinte e três e nem a idade lhe deu algum juízo. Ele não soube ser gentil comigo e muito menos soube ser boa pessoa. Ele é do tipo de rapazes pelos quais não nos devemos de todo apaixonar.

Nada disto teria acontecido se eu tivesse sido inteligente ou se não tivesse ido àquele parque naquele dia. Na verdade, isto provavelmente teria acontecido. Provavelmente, mesmo que eu não tivesse ido àquele parque naquele dia, eu iria conhecê-lo de alguma forma. Por isso, a única solução era não ter sido tão ingénua para cair nas falinhas mansas dele. Mas isso...isso só vem com experiência.

Poderia escrever muito mais do que apenas doze motivos, mas não me queria prolongar muito com esta história, além de que estes são os suficientes para entenderem tudo. Vou escrever tudo isto direcionado à pessoa responsável por toda esta dor, pois sei que talvez, quem sabe, leia isto e se arrependa de tudo o que me fez passar. Desse modo, presta bem atenção a todos os motivos para perceberes o que é que destruiu, não só a nossa "pseudo-relação", mas tudo o que havia em mim.

Aqui, chegamos ao primeiro motivo.

Tu. Porque não existiria ódio se não existisses tu. 


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Primeiro capítulo desta história! O que acharam? 

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A Nossa Pseudo-Relação | sprousehartDonde viven las historias. Descúbrelo ahora