- Obrigada. - Abro um pequeno sorriso. - E você? O que gosta de fazer? Está gostando dessa semana?
- Eu gosto de viver do melhor modo possível, um lado mais tranquilo, sabe? - Afirmo com a cabeça sem tirar os olhos da direção. - E sobre essa semana, estou gostando muito, de verdade, aprendendo muito, não é pra puxar saco, mas você é uma chefe excepcional, de verdade Juli! Eu nunca vi ninguém como você e do modo que trata os funcionários, com tanto carinho e dedicação, sabe? Estou gostando muito.
- Martín, desse jeito você me deixa sem graça - Digo rindo. - Mas obrigada, que bom que está gostando. Também estou gostando de trabalhar contigo e quero que você se sinta a par de tudo e um verdadeiro sócio, bem informado de tudo. E claro, dar valor a sua opinião e buscar te ouvir.
- Viu? Você é toda chefinha! - Martín me abraça de lado do nada me dando um pequeno susto.
- Eii! - Arregalo os olhos surpresa.
- Não resisti! - Ele sorri de modo simples voltando ao seu lugar. - Hoje está quente, não é? - Diz tirando a jaqueta e jogando no banco de trás.
- Está mesmo. - Concordo pensando que devia ter prendido os cabelos.
- E você não está com calor com essa camisa de mangas? Devia ter vindo com uma regata e trazido apenas um casaco de frio.
- Estou com calor...-Passo uma mão pelos braços. - Mas estou bem.
- Então ok. - Sorri ao meu lado. - Me diga, como vai a vida amorosa?
- Ah, bem...- Penso um pouco. - Eu sou casada, né? - Digo em suspense notando seus olhos se arregalarem me deixando com vontade de rir.
- C-casada?. - Martín pergunta confuso.
- Sim, casada com o trabalho.
- Ah! - Ele suspira se abanando. - Você quase me matou do coração, Julieta! — Eleva o tom de voz e eu caio na risada.
- Mas é a verdade. - Dou de ombros. - Mas e você? Como anda seu coração?
- Sozinho! - Martín faz cara de cachorro que caiu da mudança e eu reviro os olhos - Terminei com Cynthia em Nova York e voltei.
- Voltou porque terminou? - Pergunto com um semblante curioso.
- Não, na verdade fui resolver alguns problemas em Nova York, resolvi e nos conhecemos, acabei ficando mais tempo por conta dela, mas como não combinamos, ela queria sempre o brilho e o luxo e eu querendo a simplicidade, e querendo voltar para casa, daí como não tinha mais nada por lá, eu voltei.
- Ah, entendi e ela aceitou bem?
- Acho que no início não, ela não acreditava que eu tinha terminado tudo. E quando eu estava para viajar, ela tentou me segurar por lá, mas eu estava decidido. Aí terminamos.
- Que História! - Reflito pensando na situação e como pode ser difícil se envolver assim
- História foi você falando que era casada! Eu já ia falar que não comi bolo de casamento! - Ele diz com um ar horrorizado me fazendo rir
- Você se preocupa com cada coisa! - Dou risada.
- Ah, você não tem ideia! - Ri também.
Enrico Delvecchio
-Senhor Enrico. - Rosa me chama, tirando minha atenção do jornal, que estava lendo em meu escritório. - São quase nove horas, ela já deve estar a caminho.
- Ah, obrigada. - Me levanto em direção a mesa. - Vou fazer uma ligação. - Digo tirando o telefone do gancho e ela se retira.
- Alô? Presidência da Delvecchio's, Sou Celina com quem eu falo? -
- Olá, Celina, sou eu, Enrico! - Sorrio com a frase típica dela.
- Ah, senhor Enrico! - Sinto que ela sorri. - Como vai?
- Muito bem! Vou ir direto ao ponto, afinal você já sabe o motivo da ligação.
- Sim, sim. Pode ser direto. - Ela dá uma risada.
- E ai? O que me conta? Ela foi sozinha ou foram juntos? Você sabe que mesmo ela morando aqui, eu não posso dar bandeira!
- Sim, eu sei. - Ela faz uma pausa e ouço alguns barulhos de canetas e ela volta a falar. - Bom, depois que eu ela fizemos uma reunião sobre a sociedade dos Pallavicini, eu sugeri como o senhor havia pedido, a participação dele nas reuniões e projeto, e Juli como é sempre organizada, concordou e reiterou que por serem sócios ele precisa sim saber de tudo e como tudo funciona.
- Ótimo, desse jeito você vai ser promovida a cupido junior! - Dou risada. - E a viagem? O que você tem para me contar?
- Bom, eles foram juntos, pelo que me pareceu, ele foi buscar a Juli logo pela manhã e eles foram mais cedo, pois iam tomar café na Fiorella!
- Hmmm Fiorella é um lugar bem romântico. - Penso alto.
- Sim, depois eles vão para o hotel e depois para a filial. Tudo organizado, senhor Enrico.
- Ótimo, você está se saindo uma ótima cúpido também! Me avise se precisar de alguma coisa para seu casamento, você é da família! Você sabe.
- Sim, obrigada pelo carinho, eu preciso ir mas continuarei a passar as informações, um abraço. - Celina diz em tom sorridente.
- Certo, obrigado também. Bom trabalho, querida! - Sorrio.
Ah meus queridos pombinhos....
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Uma CEO inalcançável.
RomanceJulieta Delvecchio é a irmã mais velha das quatro irmãs Delvecchio. Criada em uma família típica italiana por seu avô Enrico. Ela é a CEO da empresa da família. Com quase trinta anos, Julieta é casada com o seu trabalho, não acreditando no amor...