Capítulo 9

42.1K 2.8K 554
                                    

William

— Você o que? Porra, irmão, você já fez várias merdas, mas essa foi de arregaçar a boca do funil. — faço careta com suas expressões.

— Como você está do lado dela? Como sabe que Alicia não está mentindo? — indago nervoso.

— Saí com ela há algumas semanas, Alicia é divertida e uma boa pessoa. Não acho que esteja te enganando...— Kai respira fundo. — Will, cresci me sentindo rejeitado pelo meu “pai” e é uma sensação horrível. Fomos criados juntos, mas acha que nunca percebi o tratamento diferenciado que Magnus nos deu? Não cometa esse erro com seu filho. — ele sai do escritório decepcionado, me deixando com mil pensamentos rondando a cabeça.

Não sei o que pensar, como agir.

Não foi certo o que fiz com Alicia, estava nervoso, o que não é justificativa. Se o filho que ela está esperando for de fato meu, a mesma nunca irá me perdoar pelo meu comportamento.

Ainda por cima, Magnus anda insistindo sobre meu comando na máfia. Não queria aceitar, mas talvez eu não tenha escolha.

A porta do meu escritório é aberta e Nathan — comandante da máfia italiana — entra com sua feição debochada e convencida.

— Como entrou aqui? — pergunto pegando minha arma de modo discreto na gaveta.

Nathan não é uma boa pessoa, comanda a máfia rival e tem inúmeros casos contra ele na polícia; depoimentos de mulheres o acusando de abuso e agressão.

Obviamente pelo fato dele ser podre de rico, sempre se safa das merdas que faz.

— Está sem secretaria... inclusive conheci ela mais cedo, a coitadinha parecia abalada. — prendo minhas mãos em punho com a ideia de Nathan perto de Alicia.

— O que você quer? — mudo de assunto.

— Fiquei sabendo que não tem planos de comandar a máfia irlandesa... — responde ao caminhar lentamente pela sala. — É uma pena, mas você sabe que se não tiver ninguém no comando quando o velhote morrer, eu posso tomá- lá para mim.

Nem morto que vou deixar isso acontecer. Nathan é praticamente o diabo na terra, se ele tiver duas máfias ao seu comando, sabe se lá o que pode acontecer.

— Não sei de onde você ouviu isso, mas não tenho a menor intenção de negar a proposta do meu pai. Agora se já terminou de falar, saia da minha sala. — mando tentando transparecer desinteresse.

— Okay...você sabe que não vou te deixar em paz, não é? — sorri convencido. — Vou começar comendo aquela sua secretária gostosa.

Em um momento eu estou sentado na minha cadeira, e no outro avançando sobre Nathan com a mão em seu pescoço.

— Se eu souber que chegou perto de Alicia, acabo com sua vida! E não dou a mínima se começarei uma guerra ou caralho que for, vou te caçar até no inferno. — ameaço sentindo toda raiva do meu corpo vir a tona.

Seu rosto já está vermelho e ele tenta a todo custo respirar. O jogo no chão como se fosse nada e me viro ouvindo sua tosse esganada.

— Feche a porta quando sair. — volto meu olhar para o computador.

— Vai se arrepender disso, Will. — diz com dificuldade enquanto sai da sala. — Juro que vai!

Dou de ombros.

— Adoraria ver você tentar.

•••

Alicia

Algumas horas antes...

Ando pelo parque observando as crianças correrem felizes.

Mabel atendeu a ligação super animada dizendo que conseguiu mais um papel em uma série famosa de TV. Não quis atrapalhar então acabei não contando tudo o que aconteceu.

Respiro fundo deixando algumas lágrimas rolarem pelo meu rosto.

— A senhorita está bem? — um homem se aproxima de mim e pega no meu braço, me afasto por impulso. — Desculpe, mas quis saber se está passando mal.

Ele tinha os cabelos pretos lisos, os olhos verdes e o rosto bem desenhado. Usava roupas pretas e mantinha um sorriso gentil.

— Sim, obrigada... — respondo querendo voltar para casa.

— Não parece estar bem. — ele sorri. — Bom, deixa eu me apresentar — estende a mão. — Sou Nathan, Nathan Sanchez.

Aperto sua mão e enxugo rapidamente minhas lágrimas.

— Alicia West. — tento soar gentil.

— Então, Alicia West, gostaria de caminhar pelo parque? — oferece e abro a boca para recusar. — Não sou nenhum homem perigoso, bom... isso é exatamente o que uma pessoa perigoso falaria. — dou risada. — Mas não acho que dê para te sequestrar a luz do dia, então o que me diz?

Penso um pouco mas no final acabo aceitando.

Ele parece ser uma pessoa legal e confiável, além do mais, vai ser bom conversar com alguém e tentar esquecer os acontecimentos das últimas horas.

••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

(745 palavras)

Eita, eita 👀

Provavelmente vocês terão bastante atualizações dessa história já que bateu a criatividade, ainda bem.

O que estão achando do rumo que a história está tomando? Espero que estejam gostando.

Não se esqueçam de votar e comentar, desculpa qualquer erro.

Bjs, autora ✨

Nathan Sanchez:

Nathan Sanchez:

Ups! Tento obrázek porušuje naše pokyny k obsahu. Před publikováním ho, prosím, buď odstraň, nebo nahraď jiným.
Meu Doce Inferno Kde žijí příběhy. Začni objevovat