Recebi um balançar negativo de cabeça em resposta.

Delicadamente a virei deixando nossos corpos frente a frente. Ela permanecia com os olhos fechados, mas dessa vez não se esquivou.

— Abre os olhos, Sofia. — pedi. — Abre os olhos, meu amor.

Devagar, a mulher à minha frente foi revelando a íris cor de mel que tanto me encantava nas últimas semanas.

— Eu preciso te contar Adam. — entendi imediatamente ao que ela se referia. — Mas depois. Depois eu te conto tudo.

Assenti em resposta.

— Agora, tudo o que eu quero é aproveitar esse tempo com você.

— É o que eu mais quero, também!

Sem esperar mais, colei nossos lábios que segundos depois se moviam cheios de desejo e saudade. Como eu senti falta daquele beijo! Era uma necessidade que eu jamais havia sentido antes, um desejo de permanecer grudado a ela para sempre.

Afastamos nossos lábios, mas os olhos permaneciam fechados e a testa colada. Em silêncio, aproveitávamos aquele momento tão prazeroso. Ali, não era necessário fogo, brasa ou qualquer coisa que nos queimasse. Aquele momento era nosso.

— Você é tudo o que eu sempre quis Adam!

Meu coração praticamente errou uma batida naquele momento.

Eu era tudo o que ela queria. Eu era tudo o que ela queria! — repetia internamente, tentando convencer a mim mesmo de que não estava enganado. Eu era o que ela queria.

Ah! Sofia, se você soubesse que você é muito mais do que eu quis um dia, você é sem qualquer sombra de dúvidas, tudo o que eu preciso!

Abri meus olhos e descolei a testa da dela, pousei minha mão abaixo do seu queixo, levantando-o e fazendo com que seus olhos se abrissem e encontrassem os meus.

— Eu te amo Sofia. Te amo como há muito tempo eu não amava. Te amo como jamais imaginei que poderia amar alguém novamente.

E mais uma vez nossos lábios se encontraram, mas, diferente dos outros beijos, havia algo a mais ali: era saudade, cumplicidade, paciência e amor. Sim, dessa vez eu tinha certeza que ali existia amor.

Já era noite e a vontade de adiar o passeio e leva-la direto para casa era gritante, mas eu não queria que fosse dessa maneira. Como ela mesmo disse, iríamos aproveitar aquele momento. Eu não sabia o que viria depois, mas no meu íntimo, eu julgava que não seria algo bom, ou não seria tão difícil para ela contar.

Espantei aqueles pensamentos e tomando sua mão, partimos. O nosso destino, era um parque de diversões.

Por algum motivo, senti necessidade de algo animado, então escolhi um dos parques de São Francisco para leva-la naquela noite e a julgar pelos seus olhos brilhando em frente à entrada luminosa, eu havia acertado na escolha.

Estacionei o carro, e antes que a chave pudesse ser retirada da ignição, Sofia já se encontrava do lado externo do veículo. Precisei me apressar para alcança-la. Nossas mãos foram enlaçadas e andamos em direção à entrada.

— Vamos na montanha russa primeiro! — falava animada.

— Tudo bem! Hoje é você quem escolhe. — pisquei para ela, que imediatamente selou nossos lábios em um beijo casto.

— Vem! — fui puxado para próximo do brinquedo escolhido e após comprarmos os ingressos, encaramos a pequena fila que aguardava a entrada da montanha-russa.

— Não sabia que você gostava tanto de parque de diversões. — falei próximo ao seu ouvido. Minha mão não deixando por nenhum segundo a sua cintura.

— Mas eu não gosto.

Levantei uma sobrancelha intrigado.

— Eu sou louca por parque de diversões. — falou como uma criança animada, batendo palmas em seguida.

Ri da sua empolgação.

— Realmente, você parece uma criança animada aqui. — externei meu pensamento. — Provavelmente seus pais tiveram muito trabalho em te levar aos parques na infância.

— Talvez eu não tenha sido uma criança realmente animada. — falou serena, mas notei que seu semblante havia se transformado, e agora uma certa tristeza brotava em seus olhos.

E pela décima vez, constatei que esse era mais um dos assuntos que Sofia jamais havia mencionado: seus pais.

Antes que eu pudesse pensar mais, fui puxado por ela em direção ao brinquedo. Era a nossa vez!

Tomamos nossas posições e após todas as medidas de segurança, os carrinhos começaram a se mover. O início foi lento, mas logo o brinquedo ganhou velocidade e os giros começaram a ser feitos.

Assim como Sofia, eu sempre amei a montanha-russa, mas naquele momento, mais do que a adrenalina de estar de cabeça para baixo, eu me concentrava nas gargalhadas da mulher ao meu lado e eu estava verdadeiramente feliz por fazê-la feliz!

É estranho pensar que em uma montanha russa eu jurei a mim mesmo que faria de tudo pela sua felicidade. Provavelmente esse tipo de pensamento viria na cama enquanto ela dormia serena ao meu lado após uma noite quente. Mas não! Foi ouvindo sua risada animada em um parque de diversões que eu constatei que vê-la sorrir me dava o maior dos prazeres e então, assim que deixamos o brinquedo eu a beijei, como nunca havia feito antes, pois eu tinha toda a certeza do mundo: eu estava amando novamente!

 Mas não! Foi ouvindo sua risada animada em um parque de diversões que eu constatei que vê-la sorrir me dava o maior dos prazeres e então, assim que deixamos o brinquedo eu a beijei, como nunca havia feito antes, pois eu tinha toda a certeza do mu...

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SOFIA, meu doce perigo (CONCLUÍDO)Where stories live. Discover now