Eu estava curtindo muito oque tínhamos,acho que se não tivesse dado o primeiro passo estaria colapsando,porque agora não me vejo mais sem suas gracinhas e aquele sorriso de dentes de coelho juntos de covinhas.

Hoje é sexta feira,oque significa que já está perto de novo do meu período longe do Harry. Parece bobo só passar dois dias a distância,mas para quem se acostuma durante cinco dias direto,é muita coisa. Estava me preparando para ir à escola,que se tornou muito mais interessante agora que tenho meu gatinho como motivo extra. Estava penteando os malditos cabelos rebeldes da minha franja,enquanto meu pai fazia o café da manhã de nós dois na cozinha,que eu presumi ser panqueca pelo cheiro que emanava do andar de baixo.

- Louis? - Ouvi meu pai me chamar distante.

- Pai? Já estou descendo! Um segundo! - Falei um pouco mais alto para garantir que ele escutaria. Desci as escadas fechando o zíper da minha calça,enquanto tentava colocar a mochila nas costas.

- Filho eu- Não vai tomar café?

- An? Oh! Vou sim,apenas desci com pressa. - Ri um pouco pela expressão dele,estava meio desapontado por ter achado que iria embora sem comer suas deliciosas panquecas.

- Sendo assim,sente-se para comer as panquecas. - Obedeci,puxando a cadeira e esperando sorridente meu prato de panquecas.

- Aqui está,Lou. - Ele pôs o prato na mesa e percebi que algo que eu fazia questão de ter na mesa estava faltando.

- Papai?

- Sim?

- Onde está o xarope de bordo?

Seus olhos se arregalaram e ele andou à passos largos até o armário,tirando e trazendo de lá o xarope. - Mil desculpas filho,ando tão inerte com as coisas da empresa que esqueci.

Sorri,pegando a calda de sua mão e pondo nas panquecas. - Está tudo bem.

- Filho?

Engoli rápido o alimento. - Hm?

- Você tem algum amigo? Ou amiga! Er...na escola,sabe? - Ele coçou a nuca e eu cerrei minimamente os olhos em sua direção.

- Tenho sim,amigos e amigas. - Peguei o xarope e coloquei um pouco mais na comida. - Porque?

- Sabe,vou ter uma viagem à trabalho esse fim de semana,e eu não gostaria que você ficasse sozinho aqui. - Levantei o olhar para ele,indicando que sim,eu estava ouvindo e prestando atenção. - Então você poderia convidar-Ou ir dormir na casa de algum...colega seu,Huh? Você acha que dá certo?

Ri minimamente diante seu pedido. - Papai,quantos anos eu tenho?

- Dezessete. Porque?

- Apenas conferindo se você também sabia que faltam alguns meses para eu ser literalmente um adulto,e que pode me deixar sozinho em casa por dois dias. - Disse,voltando a comer. - Sabe...não irei tocar fogo em nada eu juro!

Papai revirou os olhos. - Oras,lógico que eu sei! Apenas não queria que você ficasse sozinho sabe? Mas tudo bem,confio em você. - Ele se virou pegando sua maleta e junto dela,uma mala de rodinhas. - Volto na segunda pela manhã,me avise caso você vá dormir fora,tudo bem? - Andou até mim,depositando um beijo em minha cabeça,igual a mamãe.

Assenti com a cabeça,e segui-o com os olhos até a porta de entrada,quando ele ia fechar a porta...

- Ah! Deixei uma chave no balcão aí. - Então ele mencionou de ir embora até que - E nada de festas aqui mocinho!

Gargalhei pelo que ouvi e assenti. - Ok! Nada de festas. - Ele sorriu docemente e fechou a porta.

Então eu teria de dormir com alguém? Acho que todos os seres humanos - e os espíritos - já sabem com quem eu adoraria dormir. Mas não sei se ele gostaria de passar uma noite comigo,deveria arriscar hoje na escola? Talvez sim,talvez não. Argh! malditas dúvidas e falta de intimidade,poderíamos já estar numa fase onde eu apenas saberia oque posso ou não posso fazer em nossa relação,mas sei que não é assim que a banda toca.

Blood Type [L.S] EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora