No passado.
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Uma semana depois...
Elliot saiu do hospital a três dias e aparentemente foi realmente só um susto.
Ana e minha mãe também tem corrido atrás de coisas de casamento, vestidos e flores. Ela me enche de amostrar de tecido, paletas de cores e flores, mas não menti para ela quando disse que não entendo absolutamente nada disso.
Mamãe e Mia também tem apoiado Anastasia nesse momento que imagino ser complicado para o emocional dela.
Já a vi chorando duas vezes nesses últimos dias.
Ela me jurou que eram só hormônios, mas sei que a falta da mãe e, agora a também falta do pai a tem deixando em frangalhos.
— Senhor Grey. — uma batida na porta corta meus pensamentos distantes. Andrea olha para mim e sorri minimamente. — O senhor Steele está lá em baixo querendo falar com você.
— O quê? Ray? Tem certeza? — ela assente e aperta as mãos nervosamente.
— Sim, senhor. A recepção ligou primeiramente perguntando se o senhor estava ocupado e eu disse que não. Fiz mal?
— Não, Andrea. Claro que não, fique tranquila. — suspiro e ajeito meu terno, empurrando minha cadeira para trás. — Pode autorizar a entrada dele, por favor.
Ela assente e sai quase correndo do meu escritório.
Com centenas de coisas correndo pela cabeça caminho até meu bar e me sirvo de uma dose de uísque, preparando outra para Ray. Uma batida suave soa na porta novamente e a figura polida do meu sogro atravessa a soleira.
Ele sorri para mim, depois para a minha secretária e aceita educadamente o copo que lhe ofereço.
Andrea parece relaxar um pouco e nos deixa mais tranquila do que momentos atrás.Ray espera a porta estar fechada para seu sorriso cair e ele arremessar o copo na parede do meu escritório.
Eu deveria saber que a gentileza era só de fachada.
— Já estava ficando curioso para saber por quanto tempo mais você manteria esse personagem ridículo. — ele range os dentes e faz menção de vir para cima de mim. — Quem bate, leva, Ray. É a lei da vida.
Ele parece reconsiderar e para, passando as mãos nervosamente pelos cabelos ralos.
— Eu quero a minha filha de volta. Hoje. Ela tem que voltar para a casa. — eu rio e brinco com os cubos de gelo na minha bebida.
— Anastasia é uma mulher livre, Ray. Ela pode entra e sair da minha casa quando bem quiser. Se for da vontade dela voltar para casa com você eu não vou impedir. — por mais que me machuque.
— Você está manipulando a minha filha. — ele grita a plenos pulmões, apontando o dedo para mim.
— Eu nunca faria isso, Ray e você sabe disso. Nós nos apaixonamos. Pode não ter sido da maneira mais convencional ou eu posso não ser o genro que você imaginava, mas eu sou quem a sua filha escolheu e ela está muito feliz ao meu lado.
Ele revira os olhos e bate no tampo da minha mesa com raiva, me lançando um olhar duro.
— Anastasia é uma vadiazinha idiota. Acreditou nas palavras bonitas que você disse, a fez acreditar que vai se casar com ela.
— E eu vou, Ray. Nós já marcamos a data, já escolhemos o local. Agora ela deve estar tirando as medidas do vestido de noiva.
— Eu não vou permitir que esse casamento aconteça. — eu rio sem humor e paro na frente dele.
— A nossa cerimônia será privada e você não está convidado. Me machuca muito fazer isso com a Ana, mas é a única forma de você não fazer uma cena.
— Acha que um grupinho de seguranças vai me parar? — Ray ri sem humor. — Seja mais inteligente, Christian. Eu sou o pai da noiva e tenho direitos.
— Não, você não tem. E não se esqueça que se você é o pai da noiva eu sou o noivo, então consequentemente a festa é minha. — o sorriso dele escorrega e seus olhos brilham de pura raiva.
— Isso vai te custar caro, Christian. Isso vai te custar muito caro.
— Por que toda essa raiva, Raymond? Eu só quero fazer a sua filha feliz. Não é isso que um pai deseja para os seus filhos, a alegria deles?
— Você não pode fazer ela feliz, Christian. Ninguém pode além de mim. Ela é minha.
— Você fala de uma maneira tão estranha, Ray. Como se fosse dono da Ana. — ele aperta suas mãos em punhos e bate com eles na mesa.
— Anastasia é minha, eu já te disse. Minha e de mais ninguém. Foi a única coisa que me restou e até isso você quer me tirar.
— Não, Ray. A Ana não é de ninguém além dela mesma. Aceite isso. Sua filha cresceu, se tornou uma mulher e quer viver a vida dela sem ninguém enchendo o saco. Sem um pai controlador que não deixava ela nem mesmo respirar.
— Eu prometi proteger a Ana de você desde quando ela era pequena, Christian. — arqueio minha sobrancelha.
— Espera, proteger ela de mim? — rio sem humor. — Eu era um adolescente quando a sua filha nasceu, Ray. Anastasia não era nada além de uma bebê fofa e gordinha com laços coloridos na cabeça.
— Sim, ela era só uma bebê para você, mas a minha mulher era a vadia barata que você fodia sempre que eu saía de casa.
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Como diria o filósofo contemporâneao; postei e corri.
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Treze
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