Assim que saio do banheiro dou de cara com uma parede de músculos definidos.

—Calma baixinha, sei que faz tempo que não nós vemos, mas nosso filho, que você nunca me contou que existia, está na sala ao lado.

Eu me afasto e fecho a cara, sabe aquele brilho que estava nos meus olhos que poderia ser alegria? Pois bem, era raiva. Raiva de Valentim por ser tão filho da puta, sínico.

— Não me chame de baixinha! O que está fazendo aqui? Não era para está na sala com Olive?

— Valentim, ele gosta de ser chamado pelo nome do seu pai. Ou melhor, o meu nome. Vim aqui, pois ele pegou um jogo de monta-monta e está faltando uma peça do jogo, que Valentim esqueceu em cima da cama, eu pensei que essa era a porta do quarto dele. Ainda bem que você saiu antes de abrir a porta e ver você toda pelada e molhadinha como nos velhos tempos.

Sinto um calor atravessar pelo meu corpo. Ao mesmo tempo em que me excita me deixa com raiva. Valentim foi o meu primeiro e até agora foi o ultimo, mas eu não pretendo deixar assim. Ele me usou e jogou fora como ele fez com todas as outras, eu não fui a primeiro e nem vou ser a ultima.

— Bem como você disse, no passado. Viva o presente e espere o futuro. — Eu o empurro e passo por ele, que pega o meu braço batendo meu corpo no seu novamente.

— O meu presente é você e o nosso filho. O meu futuro é você e os quatro filhos que vamos ter. — Eu o empurro novamente.

— Só se for a um futuro bem distante, tipo em outra vida e com outra mulher, porque eu... — fiz uma pausa e olhei bem fundo em seus olhos, para que ele não tivesse duvida que realmente queria dizer aquilo. — Você Nunca mais vai ter esse corpinho gostoso que eu tenho. O quarto de Valentim é a segunda porta á direita.

Com isso eu me viro e vou ao meu quarto rebolando, mesmo depois de todos esses anos, eu continuo reagir do mesmo quando ele me toca ou fala coisas sujas. Ainda bem que tenho o BOB o meu magnífico pênis de bateria. E fácil, depois que eu gozo eu o guardo na gaveta de calcinha e toda vez que acabo sempre sei que foi usado ELE e não eu. Vou até meu armário pego um vestido rodado branco com flores rosa nada muito chamativo, coloco uma sapatilha preta. Pego meu celular e vejo que só tenho 20% de bateria.  Que merda, nem uso o telefone e a bateria acaba quando é que eles iram inventar um celular com bateria infinita? Vou ao banheiro faço uma maquiagem básica de base, rímel e batom rosa clarinho que combina com a cor do vestido, puxo meu cabelo para uma rabo de cavalo alto e pronto estou arrumada em menos de trinta minutos.
Vou em direção à sala e a cena que eu vejo me deixa emocionada. Valentim estava com Oliver no colo assistindo desenho, enquanto Valentim faz cafuné Oliver está com os olhinhos quase fechados. Lagrimas enche meus olhos, sei que foi errado manter Valentim longe do pai, mas depois de tudo que Valentim (pai) me fez, não queria que ele magoasse meu filho como me magoa. E se ele fizer o menino se apegar nele e depois de uma hora para outra ir embora? Morreria antes de deixar alguém machucar meu bebê.

Entro na sala chamando atenção de Valentim que me fala para fazer silêncio para não acorda Oliver, assim que me sento à porta se abre e Luna entra como um furacão jogando a sua bolsa em cima da mesa da cozinha acordando Oliver que se levanta num pulo.

— Desculpa meu arraso... — Sua palavras morrem assim que vê Oliver sentado no colo de Valentim — O que esse desgraçado está fazendo aqui ?

Valentim lança um olhar mortífero pra Luna que faz o mesmo, ou seja, que o ódio é mútuo.

—Tia Luna, você sabe que quando você fala uma palavra feia tem que me pagar 25 centavos. — Oliver pula do colo de Valentim e vai em direção a Luna e a abraça — Vem tia conhecer o meu papai, lemba que hoje de manhã te mostrei uma foto do meu papai. Agola ele esta aqui de verdade vai com a gente no BigPark . — Oliver puxa Luna em direção ao seu pai .

Futuro Incerto  - 1° temporada CONCLUÍDO - 2º Em andamento Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ