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Vivia uma vida simples no Brasil, faculdade, trabalho e casa. Esses eram os lugares pra onde ia todos os dias.

Vim de uma origem humilde e por isso morri cedo na famosa fila de espera de um hospital.

Nada que seja novidade a negligência e por isso morri de pneumonia.

Deixei pra trás uma mãe que cuidava bem de mim e 3 irmãos mais velhos que eu me espelhava.

Quando tentaram me ressuscitar eu apaguei e quando abri os olhos novamente pensei que tinha voltado, porém...

Havia uma mulher, cabelos prateados que refletiam um brilho azulado, olhos verdes sem brilho, vestindo roupas de época.

E ela me olhava com nojo.

Naquele momento eu já tinha percebido o que estava acontecendo, eu reencarnei.

Não sei por quê ou como mas eu tô aqui em uma nova vida.

Mas...

Havia outro choro de bebê no quarto, não era só eu que estava lá.

Fui colocada no berço e ao meu lado havia outro neném.

Provavelmente por ter acabado de nascer eu estava enxergando embaçado.

O bebê tinha cabelos iguais ao da mulher que eu vi e chorava sem parar.

Nunca gostei de barulhos tudo culpa das motos que passavam fazendo barulho em frente a minha casa atrapalhando meus estudos.

Por isso com muita dificuldade segurei na mão daquele bebê.

Minha mão era pequena e difícil de controlar os movimentos.

Pouco tempo depois o bebê parou com a choradeira, que alívio.

Quando olhei pra cima um homem estava olhando para nós.

Olhos vermelhos como rubis e um cabelo preto.

Lant: Bom trabalho Talilia, os bebês já tem nome?

Talilia: Larin e Leon.

Lant: Larin Agriche e Leon Agriche... Bom... Crie eles para que não sejam inúteis.

Talilia: Como desejar marido.

Ein?? Agriche? Meu ouvido de bebê está ouvindo certo né?

Esse não é o sobrenome daquela família desequilibrada da novel que eu lia?

Não... Devo estar errada, não é possível algo assim acontecer.

Deve ser coincidência já que na novel não haviam pessoas como essa mulher ou esse bebê.

Estou certa, certo?

A mulher que foi chamada de Talilia de aproximou de nós no berço e segurou na minha mão e na mão do outro.

Talilia: Trabalhem duro para que não morram bebês, não vai ser fácil sobreviver na família Agriche.

Não!! Não será possível.

Apenas com o tempo vou poder comprovar isso, não posso me desesperar agora.

[...]

Os anos foram passando e ficou claro o favoritismo de Talilia com meu irmão Leon.

Ja fui obrigada a ouvir diversas vezes como ele é um prodígio na esgrima e como vai ser um Agriche forte.

Já eu, "aprenda a seduzir homens" foi o que a minha mãe disse.

Roxana ouviu a mesma coisa de Lant na novel.

Eu nem queria ter vindo para cá, apenas me mate se não sou boa o suficiente.

Eu disse isso para minha suposta mãe e fiquei uma semana trancada em um quarto que foi feito para tortura com alucinações.

Com apenas 6 anos essa rata já me faz passar por tanto.

Compreendo o ódio que ela sente pelo sangue Agriche mas porque desconta na filha que supostamente deveria amar.

A única pessoa que é como mãe pra mim é a babá e mesmo assim ela não age de forma agradável na frente dos outros só quando estamos a sós.

Ela me contou que minha mãe foi trazida para cá para ser um brinquedo.

Originalmente ela se chamava Talilia Pedelian e era noiva do sucessor da família Huipelion.

E assim como Cassis na novel ela também foi um brinquedo mas se tornou esposa de Lant para sobreviver.

Tenho pena dessa mulher.

Meu irmão Leon por mais que seja uma criança fria, demonstra afeto para mim.

Eu ainda não conheço Roxana e nem sei se já nasceu mas eu conheci Dion, o vilão da novel, meu irmão mais velho e também a pessoa por quem eu tive uma pequena queda da minha vida passada.

Talvez eu tivesse um desvio de pessoalidade por isso.

Mas agora ele é meu inimigo porque sei que futuramente ele vai matar o irmão de Roxana.

Mas estou treinando esgrima para não deixar isso acontecer.

Vou matar Dion antes que isso aconteça, pode confiar em mim irmã Roxana.

Sobrevivendo como uma AgricheWhere stories live. Discover now