Ele assentiu, preparando o copo.

Eu observei o movimento.

O copo foi posto diante de mim e eu tomei a bebida em um único gole.

— Pode deixar a garrafa aqui. -falei pondo o dinheiro diante dele.

Ele assentiu, pegando as moedas de prata.

Eu suspirei, tomando um, dois, três copos.

De repente o bar estava em silêncio, até mesmo a música havia diminuído.

Eu girei meu olhar para ver quem que havia chegado, então encarei um grande macho Illyriano adentrar o bar.

Ele devia ter um metro e noventa, era alto, forte, muito forte, podia ver os músculos marcados pela sua armadura negra.

Os outros illyrianos naquele bar o encararam com desdém e nojo, porém... O illyriano os ignorou.

Eu encarei suas feições, ele é muito belo, um rosto selvagemente bonito, era o macho mais bonito que eu já tinha visto por aqui.

Ele tinha cabelos negros até os ombros, sua pele era clara com um fundo levemente moreno, o que o deixava mais bonito do que já era.

Olhos amêndoa, suas asas farfalharam quando ele caminhou até o balcão, meu olhar deslizou para a armadura e então... Os sifões vermelhos rubi.

Xinguei baixinho.

O general dos exércitos do grão-senhor.

Oh merda.

Eu desviei o olhar de imediato, voltando a atenção a minha bebida, não tinha o que eu temer, ele era honrado até onde eu sabia, não faria nada com alguém que estava quieto.

Ele sentou do meu lado e eu prendi a respiração. O encarando de esguelha.

Ele pediu um drink e foi rapidamente atendido pelo o feérico.

O barman me encarou, como se eu estivesse em um outro universo. Ele já havia até mesmo decorado o meu nome, eu sempre me embebedava aqui.

— Dia difícil? Astrid. —ele questionou preparando a bebida do macho— está com uma cara.

— Todos os dias são difíceis para mim, e a cara... Bem, não há como eu trocar, por mais que eu quisesse. -falei.

Ele me encarou.

— É, já vi que está irritada, beba um Blue. -ele disse.

Eu suspirei.

O macho ao meu lado me encarou de relance, enquanto eu balançava o pequeno copo em minha mão.

Estava tão inerte em meus pensamentos que só o ouvi depois de longos segundos.

— Está me ouvindo?

Eu pisquei, girando o olhar para ele.

— Desculpe, o que o senhor me perguntou? -questionei.

Ele me encarou.

— Não me chame de senhor, não é um de meus soldados, não precisa me tratar com esse respeito. -ele inclinou a cabeça, tomando um gole de sua bebida.

Eu dei de ombros.

— Vou te chamar de senhora, que tal? -questionei.

Ele tossiu, e então gargalhou, todos por um momento olhando em nossa direção, e então desviaram o olhar.

— Poderei te chamar de bela dama então?

— Não sou uma dama. —falei rapidamente— não sou e não serei digna de algo assim.

Corte de Sangue e FogoWhere stories live. Discover now