Não sabia o que fazer, sequer podia afirmar que S/n vai me atender. Com as mãos tremulas disquei o número, meu coração acelerou somente ao escutar chamando. Uma voz infantil atendeu o telefone, por Deus, como eu vou me comunicar com uma criança?!

Simplesmente falei o nome de S/n seguidas vezes, escutando o barulho alto de conversas atrás.

S/n: Alô... - fiquei calado, meu corpo inteiro gelou somente por escutar sua doce voz.

- Hey!

POV S/N

Paralisei, meu coração começou a bater descompassado, não sei como consegui andar até meu quarto e trancar-me lá dentro. Sentei na cama, com as pernas bambas antes de responder, em inglês.

- Olá. - merda, minha voz saiu completamente trêmula.

Payton: Feliz natal. - sua voz rouca fez as lágrimas inundarem meus olhos.

- Para você também. - respondi, obrigando-me a parar de gaguejar.

Payton: Hm, não quer falar comigo, né? - a forma como ele falou, a entonação que usou e a voz clara de quem ia cair em lágrimas em pouco tempo fez meu coração se aquecer.

- Eu sinto saudade. - sussurrei, sem conseguir me conter.

Ele ficou em silêncio por uns segundos.

Payton: Todos aqui sentem sua falta. - respondeu. - Essa casa não tem graça sem você.

Novamente ficamos mudos, quando Payton voltou a falar, porém, era certo que chorava.

Payton: Eu sinto tanto... - começou a falar. - Fui um completo idiota, fui fraco... - mordi meus lábios. - Não há um dia sequer que eu não me odeie por isso.

- Você voltou para o tratamento? - questionei, somente para confirmar.

Payton: Sim, faz quase um mês. - respondeu, fungando.

- E agora vai tentar ser mais forte?

Payton: Eu não vou tentar, eu vou conseguir. - respondeu, convicto.

- Então eu acho que posso fingir que nada de ruim aconteceu antes de eu vir embora. - respondi, porque de uns dias para cá pesquisei muito sobre os tratamentos contra as drogas e notei que fui radical demais com Payton.

Largar um vício não é tão fácil. E eu não posso cobrar que ele consiga isso em pouco tempo. Só estava sendo orgulhosa.

Payton: Você me desculpa? - questionou.

- Desculpo, mas que fique claro que essa é a última vez. - sorri de canto. - Acho que você teve sorte de me ligar logo quando o espírito natalino habita por aqui. - brinquei.

Payton: Eu amo você. - murmurou.

- Eu também amo você. - respondi, sentindo as lágrimas molharem meu rosto.

E ele teve que desligar, afinal a ligação sairia caro. Sequei o rosto e retornei para sala, com a sensação de que tirei um peso das costas.

POV PAYTON

Retornei ao tratamento logo após o natal, fiquei na clínica cinco meses, por sorte podia sair aos finais de semana, conseguindo escrever algum e-mail para S/n dando notícias e sabendo como ela está. Eu estava ficando louco sem tê-la aqui.

S/n: Estou sozinha hoje. - se queixou, via skype. O único meio que encontrei de escutar sua voz sem precisar pagar.

- Mas e teus pais, princesa? - perguntei.

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 𝘁𝗵𝗲 𝗲𝘅𝗰𝗵𝗮𝗻𝗴𝗲 ! 𝗽𝗮𝘆𝘁𝗼𝗻 𝗺𝗼𝗼𝗿𝗺𝗲𝗶𝗲𝗿Onde histórias criam vida. Descubra agora