Foi por isso que a mulher terminou de engolir a sua manga, e murmurou um "Não sei" para a sua sogra. Mas o fato de ele dormir fora de casa não séria a primeira coisa que havia mudado na vida dela.

A noite quando faltava pouco mais de duas horas para que Magnólia fosse liberada do trabalho a porta de entrada do local rangeu pela milionésima vez e então se fez presente um homem de terno amarrotado, gravata frouxa, olhos cansado e a barbar por fazer, o coração da pobre mulher sorriu enquanto pulava em seu peito, essa era a primeira vez que o virá após tê-lo deixado na coragem da sua casa.

Mas o estranho não era o fato de que ele havia voltado ao bar, e sim que ele a esperou até a hora em que ela fosse liberada para voltar pra casa. E Magnólia não recusou a carona, pensou que essa era a oportunidade certa para saber onde ele esteve o tempo todo, saber se ele havia saído e até mesmo se encontrado com outra garota. Mas as coisas não aconteceram assim, pois quando questionado sobre o porque havia ido, a resposta foi breve.

- Acabei esquecendo os documentos no apartamento então voltei para buscar, não vi motivo para voltar já que estava tarde.

E mais uma vez o silêncio reinou entre eles, porém, estranhamente a falta de diálogos e sons não eram mais constrangedores, e sim reconfortantes. Como se estivessem aproveitando o tempo que tinha um com o outro.

Pela segunda vez seguida Magnólia havia ganhado uma carona para casa, e pela segunda vez seguida ele havia ido depois de vela entrando em casa.

Então ela percebeu que não eram só os documentos que o homem esquecera em seu apartamento, ele estava a evitando, mas isso não fazia sentido já que ele apareceu no pub nos próximos 3 dias, ficando até o momento em que ela fosse liberada e despendido no momento em que a deixava em casa. E Magnólia achava engraçado como ele sempre tinha uma desculpa na ponta da língua.

- Tive uma reunião perto daqui.

- As garrafas de Whisky do meu apartamento estão todas vazias.

- Estava preguiça de preparar o jantar, então vim comer algo no feest food que fica pelos arredores.

Ela se perguntava em quantas mais desculpas ele teria caso tivesse continuado a buscá-la no trabalho. Pois, logo esse ciclo foi interrompido, já que ela precisou fazer uma viagem na qual já havia evitado a alguns dias.

E quando ela volta-se de viagem sabia que as coisas iriam mudar, as notícias e as verdades que levaria para ele não seriam as melhores, e internamente ela se preparava para a rejeição da parte dele.

- Chegou a hora!. - Disse para si mesma enquanto deitava a cabeça no travesseiro do hotel em que dormiria pela última noite.

Magnólia havia tido a Elen que iria fazer uma viagem de alguns dias para resolver alguns assuntos pendentes em Londres, por tanto a mulher concordou em ficar com Timóth durante esses dias, na verdade, ela quem deu a ideia de que ele deveria ficar. De início Magnólia não quis aceitar, porém, depois pensou que assim seria melhor, saber que ele estava em casa segurou a deixava tranquila para fazer o que tinha de ser feito.

Mas o que Magnólia tinha de fazer? Bom a mulher voltaria para sua cidade natal, se apresentaria como a filha desaparecida de Mark Xavier e assim começaria o processo de posso de tudo o que sempre foi dela. Exatamente como Benício havia exigido, porém, ela tinha um plano, plano que ela não sabia se daria certo, pois envolvia Sebastian, e ela temia a reação do rapaz quando soubesse. Caso as coisas não saíssem da forma que planejou, ela ainda não tinha um plano B, porém tinha a total certeza de que não deixaria que o seu tio tocasse em um real do que um dia foi dos seus pais.

Quem É Ela | Livro 1 | Concluída Where stories live. Discover now