Luna Miller é uma adolescente de 16 anos que foi deixada em um orfanato aos 4 anos de idade, ela cresceu naquele lugar, e naquele lugar ela tem suas melhores e piores lembranças. Ela é possui um grande trauma, na verdade vários, e usa o sarcasmo par...
- Não, se eu sair daqui pra ir até lá eu vou perder o sono.
- chata!
- duas cores! - falei dando um tapa na nuca dele.
- aí!
- fica quieto. Eu quero dormir.
- mi mi mi sebosa!
- shiu!
Encontrei uma posição gostosa na cama, e logo Jake se deitou virado para o mesmo lado que eu e veio com a mão na minha cintura.
- sai! - disse dando um tapa na mão dele.
- você tá insuportável, credo. - ele virou para o outro lado da cama.
Depois de alguns minutos ele se virou para mim novamente, dessa vez eu não me movi e fingi que estava dormindo.
- a insuportável que eu amo. - sussurrou ele.
O que ele quis dizer com isso?
Ele é estranho.
Pensei e fui dormir.
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Acordei no dia seguinte morrendo de preguiça, e com uma cachorra muito empolgada me lambendo.
Olhei para o lado encontrando Jake mexendo no celular. Ele me olhou e deu um sorriso voltando a atenção para o celular.
- bom dia, Lulu!
- bom dia, duas cores!
- dormiu bem?
- sim.
- pelo menos você dormiu.
- explique.
- alguém já te disse que você se mexe muito?
- sim, a minha melhor amiga sempre dizia isso.
- ela está coberta de razão.
É ela sempre tinha razão.
- pera, por que você se referiu a ela no passado?
- a gente não é mais amigas, não quero falar sobre isso. Vou me arrumar para ir pra escola, quero ter uma conversa com a minha irmã. Argh que estranho.
- o que é estranho?
- falar que eu tenho uma irmã voz alta. Vou me arrumar, vem lua.
Fui ao meu quarto e vesti a primeira roupa que vi pela frente.
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Peguei minha mochila que pela primeira vez vez estava organizada.
Droga! Ontem eu dormi o dia todo e não fiz o dever de história.
Agora já era.
Vou copiar de alguém quando chegar na escola.
Sai de casa com Jake dirigindo avisei que gostaria de chegar mais cedo a escola e ele acelerou o carro.
- eu falei que gostaria de chegar mais cedo na escola e não morta.
- se reclamar eu acelero mais.
- diminui a velocidade. - reclamei para ver se ele realmente iria acelerar.
Dito e feito.
- eu avisei. - disse ele.
Dei um sorriso de canto.
- tá rindo do quê?
- é que eu não ligo pra velocidade, eu até gosto. Mas se você perder a carteira a culpa não será minha.
- é claro você não pode perder seu motorista particular.
- claro.
- vou te ensinar a dirigir. - disse ele depois de uns segundos em silêncio.
- vai ter que ter paciência.
- eu já te aturo todos os dias mesmo.
- o pior é eu que tenho que te aguentar.
- mudando de assunto, sábado será um grande dia, né?
- o quê?
- seu aniversário. Você vai fazer 17 anos.
- ah é! Sábado é meu aniversário. - falei desanimada.
Eu amo aniversário dos outros mas no meu eu nem ligo.
- o que vai querer de presente?
- pode ser qualquer coisa, eu não me importo com o preço, mas eu gosto de ganhar coisas legais, e que de preferência tenha significado. Tipo canecas, eu adoro canecas.
- entendi.
- quando é seu aniversário?
- 29 de fevereiro. Na maioria das vezes sou obrigado a comemorar no dia 1.
- daora, também da pra comemorar no dia 28.
- eu prefiro no dia 1. você vai querer festa?
- Não, nao curto muito.
- ah sim. Está entregue a escola, ou como prefere chamar, presídio.
- valeu. - disse saindo do carro.
Ao sair do carro percebi que minha gêmea também saia de um carro preto. Ao sair ela acenou para trás e saiu, logo em seguida o carro saiu e foi embora do estacionamento.
- deixa eu adivinhar, você não sabe dirigir. - disse me aproximando.
- Não. Você sabe?
- também não.
- já tentei aprender uma vez porém quase bati o carro na varanda.
- isso provavelmente aconteceria comigo. Bom precisamos conversar, você não acha?
