Chapter Seventeen: Abused.

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    - Você foi meu amigo, e me apoiou na frente de Cepheus. Nada poderia ser melhor que isso, nem mesmo "101 poções perfeitas para pegadinhas", e olha que as poções são perfeitas mesmo.

    - Você é bom demais pra esse mundo - Harry sussurrou, olhando-o com carinho genuíno. As bochechas do loiro coraram levemente, e ele logo puxou um livro, começando a ler silenciosamente. O moreno o imitou.

    Alguns minutos depois, a cabeça de Draco pendeu e encostou no ombro de Harry. Ele ressonava baixinho, relaxando contra o conforto ao seu lado. Os outros ficaram em silêncio ao vê-lo dormir.

    - Ele me disse que não vinha dormindo muito bem - Pansy sussurrou. - Cepheus também parecia um pouco abatido quando eu o vi. Acho que está havendo alguma briga na casa deles.

    - Bom, se ele dormiu, vamos deixá-lo, certo? - disse Hermione, recebendo acenos dos demais.

    Harry, encostado na janela, sentou de lado no banco, puxando o loiro para deitar mais confortavelmente contra o seu corpo, a cabeça de Draco meio apoiada no seu peito, meio apoiada contra o seu pescoço. Eles jogaram uma coberta quente sobre o Malfoy e colocaram feitiços abafadores aonde eles estavam, desde que Harry também queriam um pouco de silencio para ler.

    Eles ficaram assim quase a viagem inteira. Draco não acordou nem quando o carrinho de doces passou, obrigando-os a guardar algo para ele. Cepheus apareceu em algum momento e seus olhos suavizaram ao ver o irmão adormecido.

    - Obrigado por tomarem conta dele - ele disse, saindo logo em seguida.

    Draco acordou quando o aviso da chegada iminente soou pelos corredores do trem.

    - Já chegamos? - ele perguntou sonolento, levantando-se de onde estava encostado e ruborizando ao perceber que era Harry.

    - É... Você dormiu a viagem inteirinha - Neville brincou.

    - Depois falamos sobre o péssimo sono de Draco. Agora, precisamos nos trocar, então, xô - disse Pansy, apontando para a porta da cabine, mandando-os sair.

    Eles obedeceram rapidamente. Não eram doidos de contraria-las, afinal.

    Logo, elas saíram para que eles se trocassem.

    Novamente, Harry não trocou suas calças ficando com o moletom que usava por debaixo da sua capa.

    - É mais quente, e ninguém vai ver com as roupas de inverno.

    Os demais meninos concordaram, e também não tiraram suas roupas quentes, somente as cobrindo com suas capas.

    Logo, o trem estava parando, e eles desembarcaram, indo em direção às carruagens que os levariam de Hogsmeade à Hogwarts. A neve caiu lentamente pelo caminho, impedindo a luz de chegar muito perto deles e deixando-os em uma meia escuridão até que o castelo fosse visto. Draco ainda estava com sono, então encostou a cabeça no ombro de Harry durante o caminho.

    O salão já não tinha mais decorações de Natal, e os poucos estudantes que ficaram na escola esperavam nas mesas de suas casas. O grupo se separou na entrada, prometendo se encontrar no dia seguinte, que seria sábado, graças a Merlin.

    O banquete de retorno procedeu calmamente, os alunos contando que ganharam de Natal/Yule e dizendo para onde foram. Harry sentiu os olhares de Theo e Daphne encima de si, mas os ignorou, preferindo prestar atenção em Draco, que parecia que iria dormir com a cara no purê de batatas a qualquer momento.

    Quando Dumbledore finalizou o seu brinde de boas vindas, os Slytherins saíram organizadamente da mesa e seguiram em fila até o salão comunal, onde se liberaram das suas máscaras. Os primeiros e segundos anos sentaram para conversar num canto quente da sala, mas Harry pediu licença alguns minutos depois, ao ver Draco dormindo apoiado no sofá, acordando-o para que ele caminhasse até os seus aposentos — ele sabia que o loiro odiaria ser carregado na frente de todos.

What you did in the DarkWhere stories live. Discover now