Capítulo 41 - Nossa prisão eterna (o dia da Queda)

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NOTAS INICIAIS

HEY, Batatinhas Ambulantes o/

Capítulo fresquinho chegandooooooo, ansiosos? ksksks para o capítulo de hoje, eu tenho a sugestão de uma trilha sonora kkk não é costume meu, mas como eu ouvi enquanto escrevia o capítulo todo, resolvi compartilhar com vocês ksks quem quiser, leia ouvindo "Take On Me - a-ha" na versão acústica da MTV, é simplesmente perfeito TuT

No capítulo de hoje - a prisão mágica

Tenham uma boa leitura o/

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O DIA DA QUEDA

ACÁCIA

Eu falhei. Eu falhei. Eu falhei. Não tinha como não pensar naquele erro grotesco que havia cometido para com Alexia. Ela confiou em mim e eu pus tudo a perder, o pensamento transpassou pela minha mente. E, apesar dos pensamentos inquietos, minha visão estava escura. Então os últimos acontecimentos passam novamente diante dos meus olhos. Os muros quebrando, eu enfrentando a princesa Marilene, a fuga das Guerreiras e Cavaleiros e, enfim, a minha prisão eterna forjada pelas mãos da própria deusa primordial Nix, a deusa da noite.

Meus olhos se abrem finalmente e eu me encontro em uma espécie de calabouço, com os pulsos presos com correntes acima da cabeça, os braços abertos, em pé. Ao menos não havia correntes nos meus pés ou tornozelos. No entanto, eu estava sobre um pedaço de pedra lisa, brilhante, semelhante a... ônix, a pedra em que fui aprisionada. Sinto um aperto no peito e aquela sensação ruim retorna. Eu havia falhado. Fora confiada a mim uma missão e eu tinha sido capaz de falhar em tal.

E, é remoendo esse fracasso que os meus olhos enchem de lágrimas e eu choro. Meu choro ecoa pelas paredes do lugar que era todo revestido pela pedra escura. Todavia, acima, uma luz atravessava a camada da pedra e iluminava um pouco o lugar monótono e cinzento. Minhas roupas não passavam de um vestido branco rasgado. Não sabia por que estava dessa forma ou para onde fora minha roupa de batalha, porém isso não importava no momento. Só conseguia pensar no enorme erro que havia cometido.

Ao invés de manter os muros intactos e impedir que Guerreiras e Cavaleiros avançassem contra humanos inocentes viventes do outro lado do muro, havia destruído a construção, dando liberdade para todos eles. Mais lágrimas escorriam pelas minhas bochechas. Queria ter uma maneira de reverter aquilo, mas sequer sabia como sair dali, onde havia sido aprisionada.

— Por que está chorando, Cia?

Ergui meu rosto rapidamente e, por estar com os olhos embaçados pelas lágrimas, não reconheço quem aparece mais a frente. Preciso piscar algumas vezes antes de enxergar melhor quem se tratava, apesar de ter reconhecido a voz anteriormente. Todavia, não conseguia acreditar realmente que se tratava dele exatamente ali.

— Matthew... — minha voz falha ao pronunciar o seu nome depois de tudo o que ocorrera. Era como se eu não o visse a séculos, embora sequer tenhamos ficado longe um do outro mais do que vinte e quatro horas desde que tudo acontecera. Lágrimas permanecem escorrendo pelas minhas bochechas, ainda mais com essa nova emoção no peito, de poder vê-lo outra vez.

Um curto sorriso apareceu em seu rosto e, depois dele dar alguns passos na minha direção, consigo vê-lo perfeitamente, mesmo com a pouca luz que vinha de cima. Ele trajava suas roupas formais de príncipe, além da sua forma humana com os fios platinados e a pele como porcelana. Os olhos azuis e frios como gelo, porém agora suavizados, como se enfim estivesse em paz.

A Guardiã dos Deuses - Livro 3 [EM ANDAMENTO]Onde histórias criam vida. Descubra agora