— Está tudo bem, Granger — ele disse. — Você deveria entrar.

Hermione se aproximou dele. —Eu irei com você. Você pode... me mostrar onde estamos.

Ele balançou sua cabeça. — Eu preciso aparatar. Vá para dentro. Você deveria ver a casa — sua boca se curvou em um leve sorriso. — Eu acho que você vai gostar. Estarei de volta em meia hora.

Hermione assentiu relutantemente, mas não o soltou.

— Vamos. — Draco a conduziu para fora das samambaias onde eles pousaram e até uma trilha de pedras.

Eles estavam em uma floresta. Havia árvores imponentes no alto, e a casa era um edifício grande, elegante, de estilo arquitetônico asiático, coberto por janelas com treliças.

Subiram vários grandes degraus de pedra até a casa. Havia uma varanda de madeira sem grades, vários metros acima do solo, que parecia envolver toda a casa. Quando eles chegaram à varanda, Ginny passou por Draco e Hermione e abriu uma porta de madeira com treliças. O chão era de madeira lisa e polida, e eles entraram em um corredor estreito. Havia luz filtrada pelas paredes.

Hermione entrou, mas Draco parou na porta e puxou sua varinha, inspecionando e testando várias proteções instaladas dentro das paredes do prédio. Depois de vários minutos, ele sacudiu a varinha e olhou para Hermione e Ginny, que o observavam em silêncio.

— Weasley, ela está cansada. Mantenha-a calma, certifique-se de que ela descanse. Estarei de volta em meia hora. — Seus olhos se fixaram em Hermione. — Você vai ficar bem com Ginny?

Hermione deu-lhe um sorriso nervoso e assentiu.

Ele olhou para ela por mais um momento e desapareceu sem fazer barulho.

Hermione estudou o espaço vazio por vários segundos antes de se virar hesitantemente para olhar para Ginny.

O reencontro foi mais marcado pela dor do que ela esperava. É claro que não seria simples, mas de alguma forma ela não esperava que fosse tão imediatamente complicado. Ela não tinha pensado que se sentiria obrigada a legitimar algo tão intensamente pessoal como seu relacionamento com Draco.

— Você não deveria ter batido nele.

Ginny olhou para ela, a resignação desapontada estampada em seu rosto. — Você poderia fazer muito melhor do que ele, Hermione.

Hermione zombou, seu estômago revirando. — Eu realmente não me importo com o que você pensa. Ele salvou sua vida. Eu nunca teria sido capaz de salvá-la sozinha.

Hermione podia ver uma dúzia de objeções na expressão de Ginny, mas suspirou e fechou os olhos.

— Certo. — Ginny fechou a porta. —Se é isso que você quer, não direi mais nada. Eu só... Hermione... — sua voz falhou, e então ela hesitou por um momento. — Deixa para lá.

Houve um silêncio longo e desconfortável.

Hermione olhou para cima e para baixo no corredor lentamente. — Onde estamos?

Ginny olhou em volta com ela. — Estamos no topo da casa. Ou... você quer dizer onde fica a casa? — Ela encolheu os ombros e colocou o cabelo atrás da orelha. — Na verdade não sei. Malfoy diz que estamos em algum lugar no Leste Asiático, mas isso pode ser uma mentira total. Estamos em uma ilha – em algum lugar. Demora cerca de meio dia para atravessá-la. Eu nunca fui embora. Eu nem tenho certeza de como deixar isso. Os elfos vão buscar suprimentos a cada poucos meses, mas não recebem ordens minhas.

A luz que entrava pelas paredes mudou e Hermione percebeu que podia ver as sombras das árvores através das paredes. Ela estendeu a mão e tocou uma parede com treliça e descobriu que a treliça estava coberta com papel.

Manacled | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora