Entrei no quarto, S/n olhou para porta assustada e um tanto confusa, então abaixou a cabeça. Suspirei e fui até onde ela estava, me ajoelhei em sua frente e toquei seu queixo de leve, a fazendo me olhar, assim que o fez vi tanta mágoa em seus olhos e antes mesmo que ela pudesse falar qualquer coisa, eu a puxei para meus braços, acariciando seus cabelos e acolhendo-a carinhosamente. Ela chorava fortemente em meu ombro e por um ou dois minutos tentou me empurrar, porém eu não ia permitir que ela me soltasse, não agora. Ela soluçava e seu corpo estava trêmulo, então algo que já faz um bom tempo que não acontece e eu não achei que fosse vir a acontecer agora, bom, aconteceu.

Eu chorei junto com ela.

A dor fora do normal que veio como um raio dentro de mim, quando a vi chorando, fez com que várias lágrimas começassem a rolar por meu rosto também. E eu nem tenho certeza do porque estou fazendo isso.

POV S/N

Demorou alguns minutos para que eu percebesse que Payton também estava chorando e isso só fez com que eu começasse a ficar mais trêmula. Milhões de coisas vieram em minha mente, desde a saudade louca de minha família até os
desentendimentos constantes com Payton. Por mais que a vontade fosse imensa, eu não conseguia me afastar dele, parecia que tudo nele me chamava para perto, desde seu perfume, até o abraço confortante. Eu me sinto segura com ele. De uma maneira doentia e sem nexo, mas quando ele está por perto parece que nada de ruim pode me atingir. A não ser ele mesmo, claro.

Sem forças para seguir chorando, dei um jeito de cessar isso, me afastei um pouco dele, vendo seu rosto. Os olhos azulados banhados em lágrimas, o rosto molhado. Ele estava tão humano. Toquei seu rosto, secando as pequenas gotas cristalinas que ainda caíam, Payton virou o rosto e beijou minha mão, respirei fundo.

- Sabe, eu não deveria te deixar se aproximar. - falei com a voz rouca. - Não depois de ontem. - completei, pra ele entender direito. - Mas eu precisava de alguém essa noite - admiti, o encarando. - E bom, você era o único disponível - Payton me olhava com uma expressão confusa. - É só para deixar bem claro que não te perdoei cem por cento. - disse por fim.

Payton negou com a cabeça e eu pude perceber um sorriso brincando em seus lábios, ameaçando escapar, porém ele não o deixou sair.

Payton: Tudo bem. - respondeu, secando o rosto com as costas da mão. - Vem,
vamos pro meu quarto. - levantou, fiz o
mesmo. - Não sei onde Faith guarda as
coisas por aqui, é melhor irmos pra lá. - explicou, com a voz calma e pesada por conta do choro recente.

Me limitei em assentir.

POV PAYTON

Fomos calados até o meu quarto, sequei o rosto com as mãos no caminho. Funguei uma vez e respirei fundo. Quando entramos, S/n se acomodou em minha cama, rapidamente. Por um momento fiquei a observando, parecia que fazia parte dali. De uma maneira estranha e sem nexo.

S/n: Hey. - estalou os dedos na minha cara. - Acorda. - disse rindo.

- Hãn? falou algo? - questionei, a encarando.

S/n: Eu perguntei o que vamos fazer. - sorriu, ficando de joelhos na minha cama.

- Ah... - sentei na ponta da cama. - .... Sei lá.

S/n: Boa, Payton. - disse irônica. - Sempre tem as melhores ideias.

- Eu acho que sei como castigar pessoas irônicas.

A encarei, com o olhar ameaçador, S/n na hora parou de rir e pegou o travesseiro, se protegendo, antes mesmo que eu me movesse. Em questão de segundos a derrubei na cama, tirando o travesseiro de suas de mãos e enchendo-a de cócegas. Ela se contorcia na cama, enquanto ria sem parar tentando, em vão, sair de minhas mãos. Descobri, naquele instante, o quanto eu gosto dessa risada.

Por isso, segui fazendo-a rir, até que notei seu rosto vermelho, parei. Deixando-a respirar.

S/n: Você - começou ofegante. - .... Me paga. - disse em um fôlego só, colocando a mão sobre o coração.

POV S/N

Busquei boa parte da noite uma forma de fazer Payton me pagar, porém não encontrei nenhuma. E culpa disso, em parte, foi pelo fato que ele me distraiu bastante.

Payton: Ah, para Stewart, isso foi sorte. - soltou as cartas que segurava sobre a cama.

- Sorte nada, eu sou boa mesmo. - sorri, vitoriosa.

Segunda vez consecutiva que venço Payton no jogo de cartas que ele propôs que jogássemos.

Payton: Nem vem com essa para cima de mim, sorte de principiante. - embaralhou tudo novamente. - Vamos ver se ganha essa. - desafiou, entregando as cartas.

- Veremos Moormeier, veremos. - aceitei o desafio. - Se eu vencer, o que eu ganho?

Payton: Como assim? - desviou o olhar das cartas para me encarar.

- Isso mesmo, o que você vai me dar se eu vencer. - repeti, sorrindo.

Payton: Hm, se você ganhar eu faço o que pedir. - respondeu, porém logo completou. - Somente hoje, deixando claro.

- Beleza. - concordei. - E se você ganhar, o que eu acho muito difícil de acontecer, eu faço o que você quiser também. - ele aceitou.

O jogo durou quase 7 minutos.

- AAAAAAAAA, PARA TUDO. - coloquei as cartas sobre a cama, viradas para ele. - VENCI. - comemorei, rindo.

Payton: Como assim? você está roubando, só pode. - lamentou.

- Nem vem com essa. - mostrei a língua para ele. - Muito bem menino Moormeier, deixe-me ver o que quero.

Payton: Droga, me ferrei. - brincou.

- Se ferrou mesmo. - fiz uma risada maléfica.

Ou tentei fazer uma.

- Não irei te pedir nada de mais. - avisei, o encarando. - Eu quero que você sorria. - disse por fim.

Payton: Você quer o que? - questionou incrédulo.

- Que você sorria. - repeti, mais devagar.

Payton: deixa eu ver se eu entendi, você poderia me mandar fazer qualquer coisa para você, a noite toda se quisesse, mas
pediu para eu sorrir? - falou confuso.

- Isso ai. - disse paciente.

 - disse paciente

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001. um choro para aliviar as mágoas, e tá tudo bem ❗️

002. dá um sorriso aí campeão🤨📸

yas<3

 𝘁𝗵𝗲 𝗲𝘅𝗰𝗵𝗮𝗻𝗴𝗲 ! 𝗽𝗮𝘆𝘁𝗼𝗻 𝗺𝗼𝗼𝗿𝗺𝗲𝗶𝗲𝗿Where stories live. Discover now