Que espécie de tortura é essa?

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Mas por que caralhos eu ainda tento ver o lado de Rafe em tudo? Eu desprezo aquele cara! Apenas não consigo entender a minha mente.

*

Eu amo domingos! Principalmente quando sei que na segunda vai ter feriado. Eu amo feriados! Odeio ir para a escola então qualquer oportunidade de ficar em casa, eu tô aceitando.

Ontem acabou ficando tarde e dormi aqui na casa de Sarah.
Apesar de amar ficar aqui, odeio o jeito que sempre acordo primeiro.

São sete e trinta da manhã e Sarah está roncando. Acho que o pai e a madrasta não estão em casa, o que torna esse casarão assustador por causa do silêncio. Wheezie fugiu para uma festa no meio da noite, ou está morta dentro do quarto, ou ainda não voltou.
Desço as escadas para ir tomar uma água na cozinha. Me deparo com Rafe sem camisa e uma calça de moletom cinza.

O que tem de filho da puta, ele tem de gostoso.

UEEEPAAAA.
Tento afastar esses pensamentos.

– Licença. – Digo ao poste de luz na frente da geladeira. – Quero pegar a garrafa d'água.

– Não.

Não?

– Sim. Sai da frente Rafe.

– Não quero.

– Não me irrite.

– Não se irrite.

– Me deixa passar.

– Não.

– Agora Rafe Cameron, me deixa passar! – Ja perdi a paciência com esse cara e ainda não são nem oito horas.

– Me paga primeiro.

– Pagar o que?

– Um boquete.

oi?

Oi?

– Digo, minha moto. – Diz ele rindo.

– Não vou pagar sua moto Rafe.

– Você tava defendendo Sarah, você paga.

Sério eu não to entendendo mais nada dessa conversa.

– Vai se fuder!

– Ja disse que se você vier junto, eu vou.

Que espécie de tortura é essa?

– Rafe não me estressa!

– Você me odeia pois eu sou gostoso!

Ele disse mesmo isso? Não meus amores perai!!

Tecnicamente ele não está errado.

– Você se acha demais.

– Você não negou.

– Neguei o que?

– Que eu sou gostoso.

Não consigo negar algo que é verdade. Mesmo odiando esse cara, amaria passar a mão por aquele corpo.

– Você é desprezível Rafe Cameron.

– Isso não é resposta.

Ele diz enquanto chega mais perto, me espremendo (denovo) contra o balcão. Me deixando sem saída e sem ar. Meu lado América Singer está quase dando um chute nas joias reais desse cara.

– Sim, é sim. Agora me deixa pegar a água.

– Diga que me odeia verdadeiramente, e eu te deixarei passar, pequena.

Isso não é tão difícil. Mas por quê não consigo dizer?

Fico encarando seus lindos olhos azuis por um tempo, tentando lembrar tudo o que ele ja fez. Tento lembrar da briga com os meninos, do jeito mesquinho e ignorante dele, dos apelidos que eu odeio, do vício dele em drogas e bebidas, da festa de quando eu tinha nove anos...

– Eu te odeio.

– Está mentindo, pequena. Eu pedi para dizer verdadeiramente criaturinha minúscula. – Diz ele quase sussurrando.
Perto demais, perto demais. Ele. Está. Perto. Demais.

– Eu te odeio Rafe Cameron, e não preciso provar isso!

– Mentirosa.

Antes que eu possa abrir a boca para dizer algo, ele se afasta, não sem antes me olhar por completo e parar os olhos em meus seios quase amostra pois a blusa do pijama já não me serve muito bem. E então ele sai com um sorrisinho no rosto que me fez sentir algo bizarro no estômago. Será que se eu vomitar nele, isso passa?

Me senti tão secada por ele que bebo tranquilamente quase dois litros de água. O que caralhos aconteceu aqui? Por alguns segundos eu poderia jurar que ele estava flertando comigo, e uma parte de mim queria que ele estivesse. Mas não entendo o por quê do meu corpo e da minha mente quererem isso.

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O irmão da minha melhor amiga | Rafe CameronOnde as histórias ganham vida. Descobre agora