80 - Amor de Madeira - J.B.B

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Gênero: 💖.
Tipo: Especial.
Aviso: Especial e comemorativo! Imagine 80, Part 1 de 2. E dedicado a youngnnaive , feliz aniversário!!

As nuvens passeavam pelo céu lentamente, encobrindo a luz da lua

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As nuvens passeavam pelo céu lentamente, encobrindo a luz da lua. O vento assobiava do lado de fora e balancava os galhos das árvores, alguns deles batendo na janela do andar de cima.

S/n desceu as escadas quando o velho relógio na sala de estar badalou 22:00.

Ela olhou a redor, encolhendo-se no manto grosso. Seu pai não estava sala nem na biblioteca, S/n descartou os outros cômodos e foi para a cozinha.

Ela havia pedido para ele ir dormir as 20:00 mas ela não teve tempo de verificá-lo quando chegou as 21:20, só teve tempo de um banho e tirar um cochilo rápido.

S/n suspirou ao ver a luz fraca amarela saindo por debaixo da porta do porão. Ela balançou a cabeça e se virou para os armários. Um lanche seria ótimo.

Depois que preparou dois chocolates e queijos quentes. S/n desceu as escadas com as coisas em uma bandeja.

- Pai.

Assim que ouviu a voz da filha, o homem tentou empurrar as coisas e apagar a luz dourada do abajur, mas já era tarde demais quando S/n terminou de descer e acendeu a luz de todo o porão.

- Tínhamos um combinado. - disse ela. Sua voz não era muito boa de se ouvir no momento.

Ele coçou a nuca sem jeito e deu seu melhor sorriso.

- Eu sei. Desculpe. Só queria terminar isso logo.

S/n cuidadosamente juntou os papéis por cima da mesa e os colocou em outra junto com todos os lápis e massa marrom. E em frente a ele colocou a bandeja.

- Coma alguma coisa.

- Como foi o trabalho? - seu pai rapidamente perguntou, soprando e bebendo o chocolate quente.

- Uh... o mesmo de sempre eu diria. - S/n pegou sua própria caneca, passeando pelo ateliê. - Editar livros de outras pessoas não é muito animado.

- Conseguiu escrever algo novo no seu?

- Não. Nenhuma palavra. Quer dizer, eu tenho idéias, vontade... mas eu só não sei como começar e organizar tudo. Preciso de mais tempo. - nas últimas quatro palavras S/n passou a ponta do indicador pelo nariz de um rosto moldado de argila. Sua atenção logo depois nos quadros pendurados.

- Tenho certeza que você vai, pequeña.

- Espero, papá - S/n suspirou. - Já tomou seu remédio?

- Sim. No horário certo.

- Onde arrumou isso - distraídamente apontou para o boneco de madeira tamanho real. Sentado em um banquinho com as costas apoiadas em outra mesa coberta de rascunhos e plástico.

Seu pai deu uma mordida do queijo-quente antes de responder:

- No Luiz - ele não viu ela sorriso dela com a menção do nome. - Passei lá mais cedo para comprar novas tintas. Ele estava lá no canto, largado e parecia solitário então eu perguntei se poderia levá-lo. Talvez eu ache uma boa função para ele. Afinal tudo pode ser transformado em arte.

- Pode ser - S/n traçou um coração imaginário no peito do boneco. - Mais tinha que ser tão alto? Já basta você aqui e eu me sinto um formiga. Tinha qur trazer um boneco mais alto ainda? - brincou. - E, porquê ele não tem um braço?

- Huh, não sei. Acho que o jogaram lá justamente porque estava sem ele. - diz e S/n balança a cabeça.

- Mas então - ela sorriu maliciosamente -, Luiz, certo? Quando vocês vão sair para um jantar ou algo assim?

- Oh, S/n, pelos céus - ele coçou a cabeça sem jeito. Agora envergonhado. - Não vamos falar disso, ok?

- Mas ele é tão legal! Porque vocês não saem logo? Veja, dois solteiros, gostam de artes... Não vejo que impessa - retrucou.

- Pequeña, não vamos falar disto. Olha eu amo tudo que você faz mas você precisa se concentrar em outra coisa. Porquê não um gato?

- Alergia.

- Um cachorro?

- Sem tempo e espaço.

- Um passarinho?

S/n balançou os ombros. Não foi uma ideia totalmente descartada.

- Não sei.

- Uh... Namorado...? Veja, não tão ruim. Não há ninguém do seu trabalho que você não goste?

S/n girou sobre o calcanhar e olhou para seu pai que a olhava com esperança nos olhos. Ela pôs seu chocolate na mesa, pegou um lápis azul e andou de um lado para o outro. De costas para ele.

- Talvez... Sabe tem um cara...

Os olhos do seu pai se arregalaram. Quase saltando para fora da cabeça. A expectativa de haver alguém brilhando. S/n ficava ou saia com alguém à quatro anos. Ela focou no trabalho e em cuidar dele.

- Tem? - perguntou, feliz e descrente.

- Uhm, é.

- Como ele é? - seu pai pergunta ansiosamente. S/n balança os ombros, olhando ao redor, de canto de olho ela vê um copo do Starbucks num canto.

- Ele é... Bem, ele é alto. Tão alto que quando nos abraçamos eu encosto a cabeça direto no coração dele. Escuto cada batida. Ele... Ele parece um anjo. Tem um cabelo castanho, com lindas mechas chocolate, uma barba escura perfeitamente aparada. Olhos que parecem o céu. Em seu pleno azul em um dia ensolarado no outono e o azul do oceano. Eu poderia ficar horas olhando. - S/n suspira. - Ele tem músculos que parecem rochas. Poderia facilmente quebrar uma parede com um soco. E ele também é... - de costas para o pai, S/n ficou de frente para o boneco de madeira. - Ele é doce, atencioso, protetor, fofo, as vezes um pouco tímido. Confiante e amoroso. Do jeito que sabe o seu valor e o valor de quem esta ao seu redor, luta para fazer o que acha certo... do tipo que faria qualquer coisa para manter seguro quem ama.

- Qual o nome dele?

- Bucky!

S/n girou, um braço ao redor do boneco de madeira. Em letras onduladas de azul, estava escrito no peito do boneco, onde deveria ser, pouca acima da clavícula esquerda, assinado o nome "Bucky".

S/n gargalhou e seu pai revirou os olhos. Ele quase acreditou.

- Veja - S/n enxugou uma lagrima no canto do olho. -, pai este é meu namorado Bucky. Bucky este é meu pai. Baby, diga 'olá'. - e com a mão de madeira do boneco ela acenou para o seu pai. - Eu o chamo assim porquê ele é o meu bebê, certo amor? - ela olha para o rosto inanimado do boneco. - E sou a bonequinha dele!

- Uau, realmente muito, muito engraçado. - ele falou de forma sarcástica. - Eu quase cai nessa.

S/n se soltou do boneco e pegou de volta a caneca.

- Wow, eu acabei de descrever um personagem, tipo, príncipe encantado e você acreditou? Nem em um milhão de anos existiria um homen assim, pai.



Part 2 na próxima semana...




Iмαgiиєร Dєαи Wiиcнєรтєя |ℰ|Iмαgiиєร Bυcky Bαяиєร✪Onde as histórias ganham vida. Descobre agora