Payton: Não muita coisa. - fez uma careta. - É ruim não lembrar. - suspirou. - Parece que apagaram parte da minha memória, não sei o que eu fiz.

- Não sabe nada? - mordi meu lábio inferior.

Payton: Por que quer saber isso? - me olhou. - Eu te fiz algo?

- Não, a mim não. - diretamente, pelo menos.

Payton: Hm... - fechou os olhos por uns
segundos. - Eu lembro que estava dançando e rindo, de repente fui perdendo os sentidos, ficando mais animado, mais enérgico. - abriu
os olhos. - E daí tem uma nuvem em cima de todo o resto. - suspirei. - Eu lembro de algumas pequenas coisas, mas nada muito concreto. - me olhou.

- Como o que, por exemplo? - questionei, feliz por ele não estar me respondendo com monossílabos.

Payton: Lembro da cozinha, de ter alguém lá comigo. - fechou os olhos com força. - Dói demais ficar puxando a memória.

Assenti lentamente e deixei o assunto morrer, não vale a pena. Joanne regressou com vários comprimidos e um copo de água, ajudou Payton a sentar e o fez tomar todos.

Então recolheu as roupas dele que estavam no chão, quando pegou sua calça, porém, vários palitos caíram de seu bolso, me segurei para não rir.

Joanne: O que é isso, Payton? - pegou os palitos.

Payton: Sei lá. - estreitou os olhos para ver. - Palitos. - concluiu, boa esperto.

Joanne: Eu sei que são palitos. - rolou os
olhos. - Assaltou um paliteiro ou o que?

Payton: Não sei mãe. - deitou novamente. - Não sei o que eu fiz ontem.

                                 PAYTON POV

As coisas parecem girar ao meu redor, minha cabeça dói, meus olhos ardem. meu estômago dá voltas e eu não consigo amenizar nenhum desses problemas. Fechei os olhos tentando voltar a ficar inconsciente, me sinto fraco. O quarto, agora silencioso, coopera comigo.

Tento, em vão, lembrar de mais alguma coisa da noite anterior, porém tudo está turvo, nebuloso. O pior da festa, é o dia seguinte, com certeza.

Desisti de tentar dormir, ficar deitado piora meu enjoo, sentei com muita dificuldade, passei as mãos pelo rosto e suspirei, fixei-as no colchão me impulsionando para cima.

Levantar nunca foi tão difícil.

Desci as escadas em passos lentos, a
claridade da sala, os barulhos altos, caíram sobre mim como uma bomba, me segurei no corrimão e segui, por mais que tudo ao redor indique que devo voltar ao quarto.

Joanne: Payton! - exclamou quando me viu, levantando. - Por que não me chamou? - me ajudou a ir até o sofá.

Payton: Não preciso de ajuda. - fiz uma careta, quando sentei, meu corpo dolorido como se tivesse lutado boxe. E perdido.

Faith: Não se aguenta nem em pé e fica
dando um de forte. - rolou os olhos. - Aceita ajuda, pelo amor.

Suspirei, ignorando totalmente minha
querida irmã mais nova.

Joanne: Quer algo? - questionou, colocando a mão em meu ombro.

- Uma anestesia geral cairia bem agora. - por mais ridícula que fosse a frase, é verdade.

- Acho que preciso de um banho, não me
recordo se tomei ontem.

S/n: Tomou sim. - afirmou, todos a
encaramos. Como ela sabe?! - Eu... - mordeu o lábio inferior. - ... Ouvi o chuveiro ser ligado ontem a noite.

 𝘁𝗵𝗲 𝗲𝘅𝗰𝗵𝗮𝗻𝗴𝗲 ! 𝗽𝗮𝘆𝘁𝗼𝗻 𝗺𝗼𝗼𝗿𝗺𝗲𝗶𝗲𝗿Onde histórias criam vida. Descubra agora