4 cap

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- Okay, eu dirijo - Zulema diz ao chegarmos em frente ao carro. Sua mão estendida esperava as chaves serem entregues a ela.

- Que ? Nada disso, o carro é meu, eu dirijo - Digo já abrindo a porta, mais a mesma insiti.

- Rúbia, Rúbia. Se quer fugir e permanecer viva, vai ter que entender que não podemos ficar perdendo tempo, precisamos ir até um lugar antes, e só eu sei a localização.

Olho no fundo de seus olhos, e me arrependo por isso. A intensidade não me permiti permanecer a encarando.

- Eu dirijo, você fala pra onde devo ir, pronto..

- Não, se eu dirigir será mais rápido, e vc sabe disso... Deixa de ser controladora e me deixa dirigir a porcaria deste carro logo, antes que as nossas cabeças estejam em uma bandeja - Sua voz sai raivosa. Mas me faço de durona, caminho de frente para ela, meu olhar feio fixo no dela, empinei meu nariz antes de dizer.

- Okay, você dirigi, mais nem sempre vou ceder a você.

- Isso é o que veremos Loira - Diz e da uma piscada antes de se sentar no banco do motorista, dou a volta e me sento no meu lugar, entrego a chaves a ela, e logo partimos.

Eu não sabia pra onde íamos, e não quiz questeiona-la com perguntas, afinal não queria nem escutar sua voz de tanta raiva que eu estava. O tempo passava de presa do lado de fora, a velocidade do carro era alta, e logo adquiri a vista de um lugar afastado, uma estrada de terra, um bosque, e casas abandonadas pelas redondezas.

- Aonde nós estamos ? - Pergunto depois de um longo tempo.

- Não precisa saber, logo não estaremos mais aqui - Diz friamente.

O carro para enfrente a uma das casas abandonadas ali. E ela desce, e quando viu que eu faria o mesmo, enfiou sua cabeça pela janela do carro.

- Não saia, fique no carro.

- Porque ?

- Só vou pegar umas coisas, já volto, fique aqui, nunca se sabe o que pode ter lá, ou o que pode aparecer aqui.

- Como assim ?

- Preciso que cuide do carro, pra que ninguém roube. Não sei se tem alguém me esperando do lado de dentro, mais se tiver e você escutar algo, só fuja, okay.

- Mais sei se percebeu - Olhei em volta - Mais estamos em uma local totalmente abandonado.

- Nós estamos aqui, não estamos ? - Concordo com a cabeça - então porque outras pessoas não poderiam estar também ?

Ela solta o questionamento antes de se virar e ir depressa em direção a casa. Ela estava certa, porra !
Dentro de algunas minutos depois, ela saiu depressa como havia entrado, só que dessa vez carregava duas bolsas grandes e pretas, aparentavam estar cheias e pesadas. Ela abriu a porta de trás e jogou as bolsas.

- Prontinho. Já podemos partir daqui - Diz ao se sentar no carro.

- Precisamos ir na minha casa. - Digo a olhando.

- Só pode ser brincadeira, né loira ? Não estamos indo para uma acampamento, só vim pegar essas coisas porque serão necessárias para nós duas sobrevivermos.

- Eu sei... Mais preciso buscar algo, eu vim com vc aqui, agora vc irá comigo - Digo e ela sai do carro, da a volta e para do meu lado.

- Tá esperando o que ? Não vai dirigir não ?

Me levanto e dou a volta. Ao chegarmos em minha casa, que era localizada em uma bairro pobre e conhecido por isso, crianças brincavam na frente de suas casas, carros de som parados do outro lado da rua, tocavam rappes, e a movimentação de carros entregava que ali havia uma boca de fumo.

Zahir Where stories live. Discover now