S/n.

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Fechei o notebook e quando passei os olhos pelo quarto, me deparei com Payton parado na porta, ou ele tem um acordo que a proíbe de entrar no quarto de Faith ou adora ficar na porta.

- Precisa de algo? - questionei, colocando
notebook dentro de minha mochila.

Payton: Onde está Faith? - me encarou.

- No banho. - indiquei a porta do banheiro com a cabeça.

Ele suspirou e se abaixou, sentando
encostada na porta do quarto, fechou os olhos e ficou assim por uns segundos, até tirar algo do bolso.

- Vai fumar aqui? - perguntei chocada.

Payton: É. - disse, pegando um isqueiro e
acendendo.

- Faith não vai gostar. - informei, trancando a respiração para não sentir o cheiro.

Payton: Eu também não gosto dela e tenho que conviver diariamente. - deu de ombros. - Ela não vai morrer.

- Não, ela vai te matar. - disse tossindo
quando senti o cheiro.

Ele negou com a cabeça, se mantendo calado, com seu cigarro entre os dedos, desviei o olhar, o passando pelo cômodo, nesse momento Faith abriu a porta do banheiro enrolada em uma toalha.

Faith: Merda, esqueci de levar a roupa pro banheiro. - resmungou, então notou Payton ali. - O que faz aqui seu idiota? - o encarou, nem um pouco desconfortável pelo fato de estar de toalha, respirou fundo e acabou por sentir o cheiro do cigarro. - Sai daqui com essa porcaria. - disse entre dentes. Payton não se moveu. - Está surdo? - Foi até ele e arrancou o cigarro de suas mãos, o apagando e jogando pela janela.

Payton: Qual o seu problema? - levantou,
bravo.

Faith: Pergunto o mesmo. - o encarou. - Se manda daqui.

Payton: Quero saber se você me trouxe pro quarto ontem. - deixou o olhar frio sobre ela.

Faith: Não, se dependesse de mim você ficaria na rua. - respondeu, o empurrando pra fora. - Agora se manda. - bateu a porta. - Eu não aguento mais isso. - desabou, sentando no chão, encostada na porta.

-As coisas vão melhorar, você vai ver. - fui até ela, me agachando ao seu lado. - Uma hora ele acorda.

Faith: O problema é que está demorando
demais. - respirou fundo, tentando conter as lágrimas. Então levantou, indo se vestir, suspirei, negando com a cabeça.

- Sabe que pode contar comigo. - sentei na cama, ao lado dela, quando já estava vestida. - Para tudo.

Faith: é bom ter você por aqui. - me olhou - É bom poder me apoiar em alguém 24 horas por dia. - sorriu de canto. - Ainda bem que te mandaram pra cá, eu precisava de uma irmã.

Acabei ficando com os olhos marejados,
então a abracei, tentando passar alguma
força.

- Não foi por acaso que me mandaram pra cá. - me soltei do abraço. - Coisas assim não são só coincidência.

Ela assentiu, secando as lágrimas que
escaparam no abraço, então sorriu.

Faith: Chega de drama. - levantou. - Depois você vai contar pras pessoas do Brasil que sou uma chorona.

- Ah, bem provável que eu fale isso... - disse brincando. - Como você descobriu?

Ela me bateu com o travesseiro, rindo.

Faith: Insuportável.

- Chorona.

Depois desse momento que foi da emoção a descontração, fomos para sala, Faith reclamando que estava com fome. Para a sorte dela o almoço já estava pronto.

 𝘁𝗵𝗲 𝗲𝘅𝗰𝗵𝗮𝗻𝗴𝗲 ! 𝗽𝗮𝘆𝘁𝗼𝗻 𝗺𝗼𝗼𝗿𝗺𝗲𝗶𝗲𝗿Onde histórias criam vida. Descubra agora