- Sempre me protegia de tudo e
de todos, era um menino alegre, cheio de vida... Até que se aproximou das pessoas erradas. - lançou um olhar triste pro chão. - Nunca me esqueço da primeira vez que levantou a voz comigo, estava
bêbado. Achei que ia passar, porém com o tempo ele foi piorando, chegou em um ponto que eu não o reconhecia mais, eu não via o meu irmão. - me olhou, com os olhos marejados. - Ele ficou amigo
de pessoas barra pesada, se é que me entende. - assenti. - Parker, Dylan e Jackson são os únicos amigos decentes que Payton tem. - sorriu. - Por isso que as brigas entre eles são constantes, Jackson sempre tenta abrir os olhos dele, mas ele nunca escuta, sempre acha que é o certo. - olhou para Payton. - Eu sinto falta do Payton de antes. Todos lá em casa sentimos.

Fiquei sem palavras ao escutar toda a história e ver o quanto isso machuca Faith.

- Você nunca conversou com ele sobre isso?- questionei. - Sobre a falta que te faz?

Faith: Já. - me olhou. - Logo no inicio eu falei com ele, perguntei onde estava o meu irmão. - ela deu uma pausa. - Isso causou nossa primeira briga, a briga em que eu gritei com ele também. Outras
vezes eu tentei novamente e deu no mesmo, então eu desisti.

Paramos de falar no assunto quando vimos eles virem até aqui, Payton com um cigarro acesso entre os dedos.

Parker: Está curtindo S/n? - questionou simpático, assenti.

Jackson: Faith é uma ótima companhia, não é verdade? - sentou ao lado dela, a abraçando de lado, ela corou.

- A melhor. - sorri pra ela, que retribuiu.

Faith: Eu tento. - jogou os cabeços pra trás, brincando.

Dylan: Modéstia mandou lembranças. - disse rindo.

Notei um certo clima entre os dois, que riam e brincavam entre si. Parker e Dylan foram dar uma volta pelo parque, então eu tive que dar um jeito de tirar Payton dali.

- Tem sorvete por aqui? - questionei,
arrependendo em seguida, afinal estou de casaco, morrendo de frio.

Payton: Tem, lá. - apontou para frente, segui seu dedo e fingi não ver.

- Vamos lá comigo? - levantei.

Payton: não sabe ir sozinha? - arqueou uma sobrancelha.

- Não estou vendo sorvete nenhum lá. - semi serrei os olhos, como se tentasse ver algo, Payton resmungou alguma coisa.

Payton: vamos logo. - disse grosso, quando virou de costas e passou na minha frente, rolei os olhos mostrando a língua, sem que ele visse, lógico.

Caminhamos em silêncio até o local onde o cara do sorvete estava, então lembrei que não trouxe dinheiro.

- Shit, esqueci o dinheiro. - sorri amarelo, Payton me encarou, zero humor.

Payton: E você quer que eu faça o que? - cruzou os braços.

- Pode pagar pra mim? - perguntei, no meu surto de cara de pau. - Te pago em casa, juro.

Ele suspirou, jogou o cigarro no chão, pisando em cima do mesmo e tirou a carteira do bolso me entregando cinco dólares.

- Obrigado. - sorri, me virando para o sorveteiro. - Aqui. - entreguei os dois dólares de troco para Payton e estremeci ao sentir o sorvete gelado em
meus lábios. - Quer? - ofereci.

Payton: Não - respondeu simplesmente, voltando a caminhar.

- Espera. - ele se virou, me encarando.

Vamos sua idiota, pense em algo.

- Podemos ir por ali? - apontei para uma trilha. - Quero conhecer o parque.

 𝘁𝗵𝗲 𝗲𝘅𝗰𝗵𝗮𝗻𝗴𝗲 ! 𝗽𝗮𝘆𝘁𝗼𝗻 𝗺𝗼𝗼𝗿𝗺𝗲𝗶𝗲𝗿Onde histórias criam vida. Descubra agora