• doze •

Mulai dari awal
                                        

Andrew se agacha ao meu lado e passa a mão em meus cabelos.

— Disse que se Scar abrir a boca para me falar algo ele irá me matar. — suspiro.

— O que você acha que ela poderia te falar?

— É exatamente isso que eu quero descobrir! — me exalto. — Mas não quero que nada de ruim aconteça com ela, Andy.

— Se esse homem citou a nossa mãe, ele deve saber de algo. — comenta Andrew, pensativo.

— Você vai me ajudar a descobrir o que ele tem a ver com a nossa mãe. — me levanto e caminho pela sala. — Você precisa conversar com o pai. Ele sempre te escuta.

— Eu tenho medo, Brie. — ele diz, em um tom baixo.

Me aproximo dele e envolvo meus braços ao seu redor, o trazendo para um carinhoso abraço.

— Eu sei, eu também tenho... — respiro fundo. — Mas temos que fazer alguma coisa. Ele está chantageando Scarlett. Charles disse que se ela transar com ele não fará nada contra mim ou contra sua mãe. Por favor, Andy.

Andrew me olha pensativo, mas não tarda em dar uma resposta.

— Vamos pegar esse filho da puta!

•••

Ao chegar em casa, mando uma mensagem para Vinnie me desculpando por ter sido um pouco grossa.

"Se você quiser conversar pode me chamar. Quero te ajudar.", responde ele.

Deixo meu celular em cima da cama e vou tomar um banho. A janela do banheiro está aberta, o que faz o vento da noite refrescar o ambiente enquanto a luz do luar ilumina tudo. Eu adoro tomar banho com uma iluminação fraca no banheiro. Tudo fica mais relaxante.

Enquanto a água escorre pelo meu corpo, tento pensar no que posso fazer para ajudar Scarlett e descobrir a verdade sobre a minha mãe. No entanto, não consigo pensar em nada a não ser vingança. Não pela minha mãe, mas por todas as merdas que Charles já me falou.

Bater nele não foi o suficiente para mim. Se a minha raiva for levada ao extremo tenho medo do que sou capaz de fazer com esse homem.

Saio do banheiro enrolada em uma toalha e seco meu corpo e meus cabelos. Outra parte boa de morar sozinha é que posso andar pelada pela casa sem me preocupar demais. A não ser que haja algum vizinho na janela que possa me ver totalmente nua.

Tiro a toalha do meu corpo e me deito sobre a cama, sentindo meus músculos relaxarem e minha mente esvaziar ao menos um pouco.

Mando uma mensagem para Vinnie lhe desejando boa noite, pois sinto que se ele estivesse aqui comigo eu não sentiria tanta raiva. É estranho pensar assim sendo que nos conhecemos há pouco tempo, mas ele está se tornando meu porto seguro.

Aos poucos sinto meus olhos pesarem e os fecho, esperando o sono me dominar por completo.

•••

Estou sozinha na Khao, treinando com todas as minhas forças. A noite lá fora é gelada, e a música sai das caixas de som em um volume mediano. Posso ouvir meus batimentos cardíacos aumentando conforme dou socos no saco de pancadas. Meus músculos estão dormentes, quase não sinto meus braços. Mas não consigo parar de treinar.

De repente, ouço um barulho na porta principal e sei que não estou sozinha. Meu coração acelera ainda mais e me vejo na obrigação de parar meus socos para saber se havia alguém me vigiando ali dentro. Passos lentos parecem se aproximar e me viro para tentar enxergar algo. Tudo o que vejo são as sombras de duas pessoas, um homem e uma mulher. Não consigo ver seus rostos, mas ouço suas vozes.

— Você vai ficar longe deles, Charles!

É a voz da minha mãe!

Estou delirando, não é possível!

Ah, Katherine... Você é tão burra. — diz ele. — Já que eu não consegui comer você, vou ter que ir atrás da sua filha.

— Você é um filho da puta nojento! — grita minha mãe, e sua voz ecoa pela academia. — Se você ousar pensar nela eu te mato!

— Que pena... — diz Charles. — Estou pensando nela neste exato momento.

Confusa, tento enxergar melhor os dois. Porém, tudo o que vejo a seguir é o suficiente para me fazer gritar. Charles está em cima da minha mãe, apertando seu pescoço de forma violenta enquanto ela grita e se debate abaixo dele. Charles a segura pela cabeça e começa a sacudí-la contra o chão duro da academia, causando um barulho de ossos quebrando. Meus olhos ardem e sinto lágrimas escorrendo por minhas bochechas. Quero gritar, mas não consigo.

Tento sair correndo para ajudar minha mãe, mas é como se meu corpo estivesse preso ao chão, me proibindo de fazer qualquer movimento. O suor que escorre pela minha pele já não é mais devido ao treino pesado. A adrenalina negativa daquela cena me faz sentir arrepios pelo corpo enquanto continuo na minha busca desesperada por movimentação.

Finalmente, consigo abrir os olhos e encaro o teto. Estou no meu quarto. Foi tudo um pesadelo, mas parecia tão real que fico assustada. Encaro o teto por longo minutos, tentando me acostumar com o que acabei de "presenciar". Meu coração está acelerado, o suor percorre meu corpo como se eu tivesse acabado de correr desesperada.

Talvez eu estivesse mesmo desesperada.

Ainda tentando processar tudo, a primeira coisa que faço é pegar meu celular e ver a hora. Quatro horas da manhã.

Merda!

Ligo para Vinnie, que por sorte atende em poucos segundos.

— Alô? — diz ele, com uma voz não muito sonolenta.

— Vinnie? — digo. — Você estava dormindo?

— Brie? — pergunta ele. — Eu estava acordado. O que aconteceu? Você está bem?

Fico alguns segundos em silêncio, sentindo um nó na garganta. Respiro fundo e passo uma das minhas mãos sobre os olhos, esfregando-os.

— Me ajude, por favor...

•••

Maratona 1/2

Vou lançar a braba e fazer uma maratona curtinha, mas vai valer a pena

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𝐟𝐢𝐠𝐡𝐭 𝐦𝐞 | 𝐯𝐢𝐧𝐧𝐢𝐞 𝐡𝐚𝐜𝐤𝐞𝐫 Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang