𝐟𝐢𝐠𝐡𝐭 𝐦𝐞 | 𝐯𝐢𝐧𝐧𝐢𝐞 𝐡𝐚𝐜𝐤𝐞𝐫

• doze •

A sensação de tê-lo entrando e saindo de mim é tão gostosa quanto gozar diversas vezes. A pressão que as mãos dele fazem na minha cintura, os tapas, os puxões de cabelo. Tudo isso me faz delirar.

Mas o meu colapso ocorre quando Vinnie puxa meus cabelos e gruda seu peito em minhas costas, em seguida apertando meu pescoço.

— Quero que você goze para mim, Brie. — ele sussurra em meu ouvido.

Meus gemidos parecem ficar ainda mais altos e estou pouco me fodendo para o que os hóspedes ao lado irão pensar.

Porra, estamos em um motel!

Acordo como se tivesse acabado de levar um susto. E, de fato, levei. Mas no bom sentido. Estou completamente encharcada de suor mesmo em um calor infernal de uma manhã de segunda-feira. Os lençóis em minha cama estão amassados e molhados. Sinto uma deliciosa contração entre minhas pernas e sei que estou totalmente molhada por conta desse sonho maldito. Meus mamilos estão rígidos e minhas pernas tremem.

Acho que tive um orgasmo durante o sono.

Até inconsciente eu quero transar com Vinnie! Depois desse sonho, como vou olhar para ele sem desejá-lo? Isso é estranho e novo para mim. Afinal, sou mais velha que Vinnie e nunca senti atração por caras mais novos que eu.

Mesmo acordada, ainda sinto um desejo incontrolável. Estou suada e cheia de tesão. Nada mais apropriado do que eu deslizar minha mão até meu clitóris e esfregá-lo. Tento me concentrar somente nos meus toques, mas a imagem de Vinnie me fodendo com tudo naquela cama de motel vem a minha mente e quando menos percebo estou imaginando os dedos dele me tocando. O frio em minha barriga aumenta, assim como a tremedeira em minhas pernas.

A melhor parte de morar sozinha é se tocar e poder gemer à vontade, sem se preocupar se há alguém na casa que possa ouvir tudo enquanto você goza. Meus batimentos cardíacos aumentam consideravelmente e sinto o já conhecido líquido em meus dedos.

Ainda tentando me recuperar do orgasmo que eu mesma me dei, direciono meu corpo ao banheiro e tiro minhas roupas. Tomo um banho rápido e coloco alguma vestimenta para malhar. Por fim, calço meus tênis e pego minhas chaves. Saio de casa e vou até a garagem, subindo em minha moto e partindo para a Khao. Enquanto dirijo, tento planejar meus próprios pensamentos assim que eu encontrar Vinnie.

Por favor, que não esteja estampado em minha testa o quanto quero transar com ele.

Antes de entrar na Khao, estaciono minha moto ao lado do local e logo vejo Scarlett caminhar apressada até a Phung. Talvez seja errado eu desconfiar da minha melhor amiga e segui-la, mas preciso saber por qual motivo ela se desculpou comigo. Se é que há algum motivo.

Discretamente, ando atrás de Scar até chegarmos à academia de Charles. O local possui janelas enormes que me permitem ter uma boa visão do que acontece lá dentro. Mesmo tendo essa oportunidade de apenas ver, quero ouvir tudo. Fazendo o mínimo de barulho possível, caminho na ponta dos pés e me escondo atrás de uma parede que dá de frente para o tatame principal e para o ringue. Scarlett coloca sua bolsa sobre um banco de madeira e começa a se alongar.

— Bom dia, princesa! — ouço a voz nojenta de Charles e sinto um frio na barriga.

Me encolho ainda mais trás da parede, mas deixo meus ouvidos atentos.

— Eu já falei para você não me chamar assim! — diz Scarlett.

— Temos um acordo, lembra?

Scarlett suspira e revira os olhos, passando as mãos pelo rosto.

— O que você quer agora? — pergunta ela.

— Você. — ele sorri e quase sinto vontade de vomitar.