Cidade de Confredo.

O fim.

Chet estava recebendo na cama de seu quarto alugado, sensação paz, felicidade e tranquilidade, se provava como um bebe naqueles lençóis sujos. Tudo que fizera não tinha sido em vão, finalmente ele veria os resultados, o lucro, o fim de tudo isso. O fim. O fim. O fim desse mundo de merda, dessa vida de merda, de tudo. Tinha matado muita gente

vozes

mas não se preocupava com nada disso, estava finalmente em paz. Começou a se coçar, o pescoço, os braços, tudo coçava. Pulou da cama e começou a se bater, espantando qualquer coisa que estaria na sua roupa

tic tac TIC TAC tic tac TIC TAC TIC TAC

seu relógio de pulso girava seus ponteiros, todos fazendo cliques, tics e taques. Aquilo era irritante não era aceitável, arrancou o relógio e jogou na cama bruscamente, toda a paz tinha ido embora, mas pq? Não sabia dizer ao certo, estava suado, olhou para uma janela e viu uma enorme lua brilhando branca no céu, por que "uma"? Essa é única também, perfeita. Sentia um amor estranho pela lua, desde sempre. Chegou perto da janela, e num impulso sem motivo, olhou para baixo.

Uma criança observava ele, ela estava fixa no ar, parada, seus olhos não eram nada além de buracos com sangue seco, seu pescoço exibia hematomas, marcas de dedos. Ela se chamava Ayla, fora a ultima que matara. Tinha estrangulado a menina enquanto dormia e depois que ouviu os ossos do pescoço estalarem arrancou ambos os olhos com um garfo.

Ela mexia sua boca, tentando falar.

Você fez o seu tratado.

Parabéns.

Aqui está a sua parte.

Chet ficou feliz ouvindo isso, esperava isso já a 3 três anos e finalmente teria o prêmio. 

Sentiu uma mão gelada e esquelética apertando suas costas, penetrando em sua coluna, rasgando os músculos, gordura e órgãos. Sangue começou a sair numa linha rubra no canto da sua boca, e quanto mais a mão penetrava mais sangue saia. A mão rasgou seu intestino e a pele da barriga, ele olhou para baixo mesmo com a enorme dor, e gritou.

Acordou. Estava na cama de antes, finalmente estava vivo, finalmente agora tudo estava bem, levantou e foi até a porta do outro lado da sala. Até que sentiu algo molhado e pegajoso no chão, olhou e viu, era ele caído numa poça de sangue com um buraco atravessando a sua barriga.

Desmaiou.