36 | Conversas e Ameaças

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- Esqueça o ovo um minuto, está bem? - sibilou Harry, quando o professor passou voando resignadamente e foi aterrissar no alto de um grande armário.

- Que irresponsável Harry. - Disse Ambêr revirando os olhos.

- Eu não sou irresponsável, apenas não consegui desvendar a pista do ovo.

- A partir do momento em que você está em um Torneio em que você pode morrer, automaticamente a merda do ovo vira prioridade.- Disse Ambêr dando uma sequência de tapas no ombro do menino.

- Ambêr?! - A voz doce de Anna Interrompeu a sessão de tapas de o moreno recebia. - Podemos conversar ?

- C-claro. - Disse Ambêr reparando nos olhos manchados de lágrimas que a amiga tinha.

- Vamos. - Puxou a ruiva pelo pulso, assim deixando Harry sozinho.

O caminho inteiro havia sido silencioso, Ambêr não sabia se olhava para o caminho que seguia ou para o rosto inchado da amiga, elas entraram dentro do quarto de limpeza, Ambêr se perguntará o porque um lugar tão pequeno como esse, mas mão dissera nada.

- Eu preciso de sua ajuda. - Disse ela mais calma.

- Claro, é só dizer. - Anna limpou as lágrimas e abraçou a amiga que retribuiu o ato de afeto. A morena passou as mãos pelos bolsos da ruiva e logo tirou disfarçadamente sua varinha.

- Quero lhe mostrar uma coisa, mas me prometa que não irá se zangar. - Anna juntou as mãos implorando com os olhos marejados.

- Lógico que prometo, eu estou preocupada Anna. - Disse Ambêr jogando a mochila no chão.

- Já volto, me espere aí. - Disse a morena dando leves passos em direção a porta.

Ambêr nunca estivera ali antes, não que se lembrasse, ela passou os olhos por cada canto daquele quarto, nem se quer dando conta quando Anna puxou a porta fortemente em um baque. Seus cabelos presos em um coque desleixado estavam presos no centro da cabeça com alguns fios soltos.

- Que bom que veio, honey. - Ambêr pulou assustada, logo se virando para o loiro que estava ao lado de um esfregão com os braços cruzados.

- Oque você faz aqui ? - Ambêr juntou as sobrancelhas surpresa.

- Quero ter uma conversa civilizada.- Ele fez um sinal de paz com as mãos sendo direto.

- Já conversarmos tudo que tínhamos para conversar. - Murmurou ela indo até a porta e forçando o trinco que estava travado. A ruiva revirou os olhos e passou a mão no bolso esquerdo a procura de sua varinha, quando percebeu que ela não estava ali começou a bater o pulsos na madeira da porta.

- Você não vai sair. - Draco cantarolava.

- Anna? Anna? Você está aí? Me tire daqui. - Resmungou a ruiva.

- Me chamaram? - A ruiva se animou ao ouvir a voz de Anna.

- Me tire daqui por favor, estou na companhia de alguém que torna o ar irrespirável. - Disse Ambêr rapidamente, fazendo o loiro revirar os olhos.

- Vocês vão ficar aí, até entrarem em um consenso.. - Disse Anna do outro lado da porta, girando a varinha da amiga nas mãos.

- O QUE ? Você está louca, isso é um crime sua anta, ME TIRE DAQUI ANNA DEL'REI. - Ambêr relutou irritada.

- Não. - A ruiva escutou os passos da morena se distanciando pelo corredor.

- Parece que somos só nós dois agora. - Draco abriu os braços debochado.

- Foi você não foi ? - Ambêr espremeu os olhos. - Anna nunca faria isso sozinha.

- Sim foi. - Falou orgulhoso ajeitando a gravata.

- Idiota. - Murmurou a ruiva antes de escorregar até o chão. Draco sabia que se ousasse sentar-se ao lado da companheira, correria o sério risco de levar um soco no meio do nariz, mas mesmo assim se aproximou.

- Vou me sentar ao seu lado. OK ? - Perguntou o loiro com os braços levantados, porém não obteve resposta. - OK. - Respondeu a si mesmo.

Ambêr se afastou do toque do rapaz assim que sua mão pálida pousou sobre a sua, os olhos fechados da ruiva se abriram e observaram o rapaz com dúvida e cautela.

- Por que você tem que ser assim? - Perguntou a ruiva com tristeza.

- Assim como ? - Perguntou com delicadeza.

- Idiota e preconceituoso -Disse ela por fim. - Sei que você faz todo esse show ridículo por que odeia o Harry ou até mesmo por inveja, mas, o que minha família te fez? Oque você ganhar humilhando os outros?

Draco encarava os olhos da ruiva ao seu lado com um misto de tristeza e angústia. É isso que ela pensar de mim ? pensou Malfoy. Ele apenas calou-se, sem saber oque responderia a ela.

- Foi oque eu pensei..- Murmurou ela baixinho.

- Ambêr, eu sei que não sou uma das melhores pessoas para se estar ligado, mas essa foi minha criação, meus pais me fizeram acreditar fielmente na supremacia dos puro-sangue assim como todos em minha família, assim como você foi criada para ser a filha perfeita, eu fui criado para ser superior.

- Então você está dizendo que me trata assim, por que tem vergonha de mim ? E que sua família é superior a minha por causa de status na mídia? - Ambêr questionou já sabendo a resposta.

- Não foi isso que eu disse Ambêr.....

- Mas foi o que insinuou, e é isso que você deixa claro de acordo com suas ações. - A ruiva se levantou pegando a mochila, ela iria sair dali antes que caísse em lágrimas novamente.

- Você pode uma vez na vida não fugir das nossas brigas ? - Disse ele impedindo a passagem da garota.

- Estou todo ouvidos. - Cruzou os braços relutante.

- O que estou tentando te dizer é que estou disposto a tentar investir em um relacionamento com você, Ambêr, será que você ainda não entendeu ? Somos ligados, nosso destino é viver juntos, só estou tentando melhorar as coisas.

- Isso não apaga as coisas que você fez e disse. - Ela colocou as mãos na cintura se deixando levar pelo momento.

- Você é muito rancorosa. - Ele bufou

- Me prove o que disse e talvez eu te dê uma chance. - Demorado alguns minutos a ruiva finalmente disse.

- Sério mesmo? - Disse ele entusiasmado.

- Sim. É claro que se você continuar agindo feito um macaco-prego, eu não irei pensar duas vezes em quebrar nossa ligação. - Disse ela impondo o acordo.

- Farei o que for possível. - Sorriu ele logo puxando-a para um abraço apertado.

Após alguns minutos de discussão, Draco conseguiu convencer a companheira a deixa-lo acompanhar-lhe até a Torre da Grifinória, depois de muitos bocejos a ruiva se despediu do rapaz entrando da sua Comunal, olhou em seu relógio de pulsos, das quais marcavam exatamente 16:30. Deixou sua mochila cair sobre o chão coberto por uma tapete de sua casa e se segurou no quadro da Mulher Gorda que lhe olhou de esgueira, logo seu corpo caiu no chão inconsciente.

Diário de uma Weasley Onde as histórias ganham vida. Descobre agora