- Esqueça o ovo um minuto, está bem? - sibilou Harry, quando o professor passou voando resignadamente e foi aterrissar no alto de um grande armário.
- Que irresponsável Harry. - Disse Ambêr revirando os olhos.
- Eu não sou irresponsável, apenas não consegui desvendar a pista do ovo.
- A partir do momento em que você está em um Torneio em que você pode morrer, automaticamente a merda do ovo vira prioridade.- Disse Ambêr dando uma sequência de tapas no ombro do menino.
- Ambêr?! - A voz doce de Anna Interrompeu a sessão de tapas de o moreno recebia. - Podemos conversar ?
- C-claro. - Disse Ambêr reparando nos olhos manchados de lágrimas que a amiga tinha.
- Vamos. - Puxou a ruiva pelo pulso, assim deixando Harry sozinho.
O caminho inteiro havia sido silencioso, Ambêr não sabia se olhava para o caminho que seguia ou para o rosto inchado da amiga, elas entraram dentro do quarto de limpeza, Ambêr se perguntará o porque um lugar tão pequeno como esse, mas mão dissera nada.
- Eu preciso de sua ajuda. - Disse ela mais calma.
- Claro, é só dizer. - Anna limpou as lágrimas e abraçou a amiga que retribuiu o ato de afeto. A morena passou as mãos pelos bolsos da ruiva e logo tirou disfarçadamente sua varinha.
- Quero lhe mostrar uma coisa, mas me prometa que não irá se zangar. - Anna juntou as mãos implorando com os olhos marejados.
- Lógico que prometo, eu estou preocupada Anna. - Disse Ambêr jogando a mochila no chão.
- Já volto, me espere aí. - Disse a morena dando leves passos em direção a porta.
Ambêr nunca estivera ali antes, não que se lembrasse, ela passou os olhos por cada canto daquele quarto, nem se quer dando conta quando Anna puxou a porta fortemente em um baque. Seus cabelos presos em um coque desleixado estavam presos no centro da cabeça com alguns fios soltos.
- Que bom que veio, honey. - Ambêr pulou assustada, logo se virando para o loiro que estava ao lado de um esfregão com os braços cruzados.
- Oque você faz aqui ? - Ambêr juntou as sobrancelhas surpresa.
- Quero ter uma conversa civilizada.- Ele fez um sinal de paz com as mãos sendo direto.
- Já conversarmos tudo que tínhamos para conversar. - Murmurou ela indo até a porta e forçando o trinco que estava travado. A ruiva revirou os olhos e passou a mão no bolso esquerdo a procura de sua varinha, quando percebeu que ela não estava ali começou a bater o pulsos na madeira da porta.
- Você não vai sair. - Draco cantarolava.
- Anna? Anna? Você está aí? Me tire daqui. - Resmungou a ruiva.
- Me chamaram? - A ruiva se animou ao ouvir a voz de Anna.
- Me tire daqui por favor, estou na companhia de alguém que torna o ar irrespirável. - Disse Ambêr rapidamente, fazendo o loiro revirar os olhos.
- Vocês vão ficar aí, até entrarem em um consenso.. - Disse Anna do outro lado da porta, girando a varinha da amiga nas mãos.
- O QUE ? Você está louca, isso é um crime sua anta, ME TIRE DAQUI ANNA DEL'REI. - Ambêr relutou irritada.
- Não. - A ruiva escutou os passos da morena se distanciando pelo corredor.
- Parece que somos só nós dois agora. - Draco abriu os braços debochado.
- Foi você não foi ? - Ambêr espremeu os olhos. - Anna nunca faria isso sozinha.
- Sim foi. - Falou orgulhoso ajeitando a gravata.
- Idiota. - Murmurou a ruiva antes de escorregar até o chão. Draco sabia que se ousasse sentar-se ao lado da companheira, correria o sério risco de levar um soco no meio do nariz, mas mesmo assim se aproximou.
- Vou me sentar ao seu lado. OK ? - Perguntou o loiro com os braços levantados, porém não obteve resposta. - OK. - Respondeu a si mesmo.
Ambêr se afastou do toque do rapaz assim que sua mão pálida pousou sobre a sua, os olhos fechados da ruiva se abriram e observaram o rapaz com dúvida e cautela.
- Por que você tem que ser assim? - Perguntou a ruiva com tristeza.
- Assim como ? - Perguntou com delicadeza.
- Idiota e preconceituoso -Disse ela por fim. - Sei que você faz todo esse show ridículo por que odeia o Harry ou até mesmo por inveja, mas, o que minha família te fez? Oque você ganhar humilhando os outros?
Draco encarava os olhos da ruiva ao seu lado com um misto de tristeza e angústia. É isso que ela pensar de mim ? pensou Malfoy. Ele apenas calou-se, sem saber oque responderia a ela.
- Foi oque eu pensei..- Murmurou ela baixinho.
- Ambêr, eu sei que não sou uma das melhores pessoas para se estar ligado, mas essa foi minha criação, meus pais me fizeram acreditar fielmente na supremacia dos puro-sangue assim como todos em minha família, assim como você foi criada para ser a filha perfeita, eu fui criado para ser superior.
- Então você está dizendo que me trata assim, por que tem vergonha de mim ? E que sua família é superior a minha por causa de status na mídia? - Ambêr questionou já sabendo a resposta.
- Não foi isso que eu disse Ambêr.....
- Mas foi o que insinuou, e é isso que você deixa claro de acordo com suas ações. - A ruiva se levantou pegando a mochila, ela iria sair dali antes que caísse em lágrimas novamente.
- Você pode uma vez na vida não fugir das nossas brigas ? - Disse ele impedindo a passagem da garota.
- Estou todo ouvidos. - Cruzou os braços relutante.
- O que estou tentando te dizer é que estou disposto a tentar investir em um relacionamento com você, Ambêr, será que você ainda não entendeu ? Somos ligados, nosso destino é viver juntos, só estou tentando melhorar as coisas.
- Isso não apaga as coisas que você fez e disse. - Ela colocou as mãos na cintura se deixando levar pelo momento.
- Você é muito rancorosa. - Ele bufou
- Me prove o que disse e talvez eu te dê uma chance. - Demorado alguns minutos a ruiva finalmente disse.
- Sério mesmo? - Disse ele entusiasmado.
- Sim. É claro que se você continuar agindo feito um macaco-prego, eu não irei pensar duas vezes em quebrar nossa ligação. - Disse ela impondo o acordo.
- Farei o que for possível. - Sorriu ele logo puxando-a para um abraço apertado.
Após alguns minutos de discussão, Draco conseguiu convencer a companheira a deixa-lo acompanhar-lhe até a Torre da Grifinória, depois de muitos bocejos a ruiva se despediu do rapaz entrando da sua Comunal, olhou em seu relógio de pulsos, das quais marcavam exatamente 16:30. Deixou sua mochila cair sobre o chão coberto por uma tapete de sua casa e se segurou no quadro da Mulher Gorda que lhe olhou de esgueira, logo seu corpo caiu no chão inconsciente.
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Diário de uma Weasley
FanfictionO destino sempre achava uma forma de intervir nos planos humanos, instaurando as situações mais complicadas que um cotidiano social poderia assistir, e quase sempre suas decisões por pior que fossem, eram sábias. Mas para Ambêr Weasley tudo que meno...
36 | Conversas e Ameaças
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