Corte de Asas e Liberdade

Capítulo 15

Lançando um sorriso carinhoso e apoiador para mim.

Eu suspirei sorrindo de lado.

— Viu? -encarei Nyx.

Ele sacudiu a cabeça saindo da mesa e saltando da sacada, se lançando ao céu.

Eu respirei fundo.

— Imaturo. -falei baixo.

A mão de Helion fez uma carícia carinhosa em minha coxa.

— Calma. -ele sussurrou.

Eu respirei fundo e continuei a tomar café, com tio Rhys dizendo que eu arranjei um velho rico.

☆

— Vai mesmo embora amanhã? -inclinei a cabeça para o grão-senhor do Sol.

Ele sorriu com carinho.

— Tenho assuntos a resolver, mas.. você pode me visitar, ficarei imensamente feliz. -ele me deu um leve empurrão de quadril.

Eu sorri de lado.

— Sim, eu vou visitá-lo. -sorri.

O sorriso dele se iluminou.

— Farei questão de mostrá-la cada lugar da minha corte, assim como me mostrou a sua. -ele beijou minha bochecha.

Eu olhei para cima, vendo o mesclar das cores do céu, rosa e laranja, e tons de leve lilás.

— Ah, se você gosta de ver isto, gostará de ver em minha corte, ela é conhecida por ter o mais belo nascer e pôr do Sol. -ele sorriu orgulhoso.

— Não vejo a hora ver. -fui sincera.

Eu me encostei em um pilar.

— Acredite quando digo que de todas as minhas amizades aqui, você é o que mais me sinto a vontade. -falei.

— Isso é bom. —ele sorriu— significa que não falhei e conquistar sua amizade, Safira.

Eu sorri de lado e ele se aproximou.

— É incrível o quanto é jovem mas ao mesmo tempo tem tanta... Como posso dizer? Vida, elegância, consegue se dar em situações melhor do que eu com anos de experiência. -ele disse.

Eu ri.

— Tive que aprender a ser assim, não estaria viva se não tivesse o feito. -falei.

Ele tocou o meu rosto.

— O Sol nasce para todos, Safira, e mesmo que pense que não, ele nascerá para você quando menos esperar em seu horizonte. -ele disse.

Meus lábios tocaram os seus, o grão-senhor acariciou minha cintura, me colando mais ao seu corpo e ao pilar.

Sua língua pediu passagem, se enroscando com a minha.

Ambos suspiramos em meio ao beijo, ele desceu os beijos para o meu pescoço, beijos lentos e afetuosos.

Ele voltou aos meus lábios, tirando-me todo o ar, e então ele terminou, dando três longos selinhos.

Helion sorriu de lado para mim.

— Já disse hoje o quanto é magnífica? -ele perguntou.

Eu bufei um riso.

— Já, mas é bom reforçar. -sorri divertida.

Ele riu, envolvendo a mão em minha cintura enquanto caminhávamos para dentro.

— Você é magnífica. -sussurrou em meu ouvido.

Sorri baixando o olhar, sentindo minhas bochechas corarem.

— E você é encantador, senhor. -sorri.

— Me jogaria dessa sacada se não achasse. -ele disse divertido.

— Oh, deuses. -ri.

Eu gargalhei alto.

Nós passamos por meu irmão que conversava com Nyx, eles olharam para nós e Nyx se demorou bastante onde a mão do grão-senhor estava.

— Acordou? -sorri para Rajar.

Ele lambeu minha mão.

— Um belo animal, perfeito. -Helion sorriu coçando atrás das orelhas do enorme leão.

Eu engoli em seco, pronta para ver Helion correr quando Rajar o mordesse, e Nyx tinha um sorriso diabólico esperando o mesmo, Aron havia tapado os olhos.

Mas Rajar ronronou, esfregando seu corpo ao do grão-senhor, Helion sorriu.

— Você é lindo, querido. -ele sorriu para Rajar.

Em resposta ele lambeu a mão do grão-senhor e eu sorri de lado, vendo Rajar caminhar ao nosso lado.

Ouvi uma risada de Aron e um bufar de Nyx.

— Fala sério que até o gato gosta dele?? -questionou ele incrédulo.

Rajar parou, dando meia volta e ouvi os gritos de Nyx enquanto ele corria atrás dele, querendo abocanhar seu traseiro.

Helion gargalhou baixo acompanhado por mim.

— Que tal um jantar hoje? -helion perguntou em meu ouvido.

— Eu adoraria. -sorri vendo seus olhos e iluminarem.

— Ele não era o solto mulherengo? -questionou tio Az para o meu pai.

O general deu de ombros.

— É a minha filha, ela encanta até uma pedra. -ele respondeu.

Tio Rhys concordou.

Passamos pelo o meu pai, tio Rhys e tio Az que nos encararam passar, ambos conversávamos e sorriamos um para o outro.

— Senhorita. -Helion abriu a porta para que eu passasse.

Eu ri baixo, passando pela mesma e ele sorriu ao me seguir.

Meu pai e meus tios levaram as mãos as bocas, cruzando as pernas nas cadeiras.

— Domado está o leão. -disseram eles em coro.

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