24 | A Verdade

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┊𝐇𝐀𝐍 𝐉𝐈𝐒𝐔𝐍𝐆┊

Agora isso. Essa era a pior situação possível. Eu e Minho estávamos sentados no escritório de minha mãe. Ela estava brava e olhando para nós dois, mas olhou para mim com decepção estampada em seu rosto. 

De repente, Minho falou.

— Ros-

— É a Sra. Han para você, Sr. Lee.

— Certo... Sra. Han. Eu posso lhe prometer agora que tudo isso é apenas um grande mal-entendido.

— Mal-entendido? Sr. Lee... Hyunjin acaba de anunciar para a escola que você está dormindo com meu filho. Agora me diga como isso pode ser considerado um 'mal-entendido'?

Minho afundou na cadeira, sem saber o que dizer. Eu olhei para minha mãe e ela estava olhando para mim, nem mesmo tentando esconder a decepção ou a raiva.

— Han Jisung.

Merda, ela usou meu nome inteiro. Estou na merda. 

— S-sim, mãe?

— Por favor, me explique o que o Sr. Lee fez para seduzir você.

— O-o quê?! — Eu levantei minha voz em descrença.

Minho tinha um olhar de descrença estampado em seu rosto, assim como eu. 

— Bem, eu sei que criei meu filho melhor do que dormir com um de seus professores, então estou assumindo que o Sr. Lee foi atrás de você?

Ela realmente estava assumindo que ele me forçou? Eu não posso sentar aqui e aceitar isso. Honestamente, nesse ponto, quem se importa mais? Eu não ia deixar Minho ser menosprezado assim.

Eu bati meus punhos em sua mesa, pegando-a de surpresa e levantando minha voz.

— Na verdade, não, mãe. Fui eu quem foi até ele. Fui eu quem pediu a ele para ter um caso. Fui eu quem iniciou tudo. E-e eu o amo! — Eu engasguei com essas últimas quatro palavras. 

Dizer isso sempre me enchia de emoção... E dizer isso para minha mãe me dava vontade de chorar.

Sinceramente, não sei porque o disse... Acabou por sair. Eu senti que precisava dizê-lo, então talvez, apenas talvez, minha mãe pudesse se acalmar e perceber que isso era mais do que apenas um caso. 

— C-com licença? — Ela disse com descrença em sua voz. — Você o ama?

Mordi meu lábio, segurando as lágrimas que tentavam escapar. 

— Sim, mãe... Eu amo. E-eu estou completamente apaixonado por ele.

Uma lágrima escapou quando eu derramei meus sentimentos na frente deles. Minha mãe se encostou de volta na cadeira, respirando fundo. Eu poderia dizer que ela estava tentando se acalmar.

Me sentei para também me acalmar. As lágrimas escorriam lentamente de meus olhos, mas eu não estava chorando nem nada. Mas com certeza estava perto, até que senti uma mão apertar a minha.

Eu olhei para baixo para ver Minho segurando minha mão, tentando me acalmar. Meus olhos viajaram de nossas mãos até seu rosto, ele tinha os olhos brilhantes de lágrimas, mas ele estava sorrindo para mim com o sorriso mais caloroso de sempre.

Ele não está com medo? Ele provavelmente está prestes a perder o emprego e ter sua carreira arruinada. Como ele está sorrindo para mim desse jeito?

┊𝐓𝐄𝐑𝐂𝐄𝐈𝐑𝐀 𝐏𝐄𝐒𝐒𝐎𝐀┊

A mãe de Jisung olhou para o filho assim que ela conseguiu recuperar o fôlego e acalmar os nervos. Ela estava pronta para repreendê-lo e despedir Minho.

Mas quando ela olhou para os dois, seu coração não pôde deixar de aquecer ao ver seu filho e Minho. Eles estavam apenas sorrindo um para o outro, de mãos dadas.

Rosie não pôde deixar de se perguntar como eles conseguiam ficar tão calmos em um momento como esse? Especialmente porque ela sabe como Jisung é.

Normalmente, ele não seria capaz de lidar com situações como essas por causa de sua ansiedade. Normalmente, ele estaria tendo um ataque de pânico ou surtando agora... Mas ele não estava. 

Ela podia ver claramente o amor entre os dois. Ela sentiu que deveria fazer algo certo por eles... Mesmo que fosse doer. 

— Jisung...

Ela falou para o filho, afastando os olhos de Minho. 

— Olhe... O trabalho de Minho e seu futuro estão completamente em jogo agora. Você entende isso, certo?

Jisung acenou com a cabeça em compreensão. 

— Sim, eu sei.

Rosie exalou bruscamente.

— Vou deixar Minho manter o emprego e você terminar esse ano.

Jisung podia sentir o alívio inundando seu corpo, sem saber o que sua mãe iria dizer a seguir. 

— Mas só se vocês terminarem.

Toda a esperança e alívio de Jisung se dissiparam em um segundo. 

— O-o quê?

Rosie olhou para seu filho com olhos severos, mas sinceros.

— Jisung... É o melhor para vocês dois. Posso limpar essa bagunça se vocês pararem de se ver. Quero que você vá para o colégio que você quer e tenha uma vida. E Minho...

Rosie olhou para Minho por um breve segundo, mas depois de volta para Jisung.

— Para Minho, ele pode manter seu emprego e se sustentar sem ser rotulado como algo ruim.

Jisung balançou a cabeça, sem ouvir o que sua mãe estava dizendo, porque sabia o quanto ela estava certa, mas não queria desistir. 

— N-não... — Ele engasgou quando os soluços começaram a escapar de sua boca. — Não! Eu não posso viver sem estar com ele, mãe...

— Sinto muito, Jisung... Mas não vou mudar de ideia sobre isso.

Jisung sentiu que sua vida estava desmoronando. Como ele poderia viver sem Minho? 

— Tudo bem, mãe... Nunca me espere de volta em casa. — Jisung se levantou e saiu do escritório em lágrimas. 

Minho ficou lá em estado de choque com tudo o que tinha acontecido na sua frente. Ele não tinha ideia do que fazer. Tanta coisa estava em jogo agora. Seu trabalho, o futuro de Jisung, seu relacionamento... Ele estava profundamente em conflito e sua cabeça estava começando a doer com isso. 

— Minho. — Rosie chamou o dito homem. 

Ele ergueu os olhos em pânico, o que ela reconheceu.

— Você sabe o que precisa fazer... Por favor. Faça por ele.

Rosie se levantou, foi até a porta e a abriu. 

— Você pode ter o resto do dia livre. Espero que você e Jisung cheguem a um acordo razoável para o bem de ambos.  

Minho acenou com a cabeça antes de se recompor e sair.

Ele sabia o que precisava fazer...

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「 𝐚𝐮𝐭𝐡𝐨𝐫 • mInMiNcutieguy

「 𝐭𝐫𝐚𝐧𝐬𝐥𝐚𝐭𝐢𝐨𝐧 • 𝐦𝐢𝐧𝐦𝐢𝐧𝐬𝐜𝐞𝐧𝐭𝐭 」

teacher's pet | minsung (ᴘᴛ-ʙʀ)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora