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*pov s/n* (capítulo longo!)

Estou observando Outer Banks pela janela de uma BMW. Nunca, na vida, que eu imaginaria isso. Se eu contasse para minha versão do passado, lá no Brasil, ela riria da minha cara.

E se eu contasse que estaria com um dos caras mais ricos da cidade ao meu lado, cantando alegremente uma música de rock, enquanto batuca os dedos no voltante... Piorou.

Rafe Cameron é muito mais animado do que eu jamais imaginei. O cara levou um soco em menos de 5 horas e está agindo como se nada tivesse acontecido. Ele sabe esconder seus sentimentos muito bem, principalmente para alguém que disse que estava cheio de problemas.

– Fala sério – ele chamou minha atenção. – Por que ainda não colocou música brasileira?

– Não quero cortar seu clima – explico, cruzando as pernas.

– Eu não mordo – Rafe me entrega seu celular. – Manda bala, sem medo de errar.

Queria muito não errar só de pensar que ele é atraente pra caralho. Nós, na teoria, estamos aqui como apenas amigos. Ou conhecidos, que querem relaxar o máximo de tempo possível.

Isso martela minha cabeça enquanto pesquiso alguma playlist para tocar. Cantamos várias musicas até chegarmos na casa de praia.

*quebra de tempo*

– Não sou fã de droga, Rafe – tive que repetir isso pela terceira vez.

– Nem maconha? – ele perguntou, ainda surpreso. – Pensei que você era igual o JJ.

– Por favor, nem fala dele – fecho os olhos, me jogando no sofá.

– Falo sim – Rafe pega um maço de cigarro. – Não tive a oportunidade de perguntar o que aconteceu com vocês depois da confusão – não mentiu, deixando um cigarro entre seus lábios. – Deu muita merda?

– Ele foi um hipocrita – resmunguei, triste. – Sei que JJ te conhece, e ficou preocupado – continuo. – Mas ele, simplesmente, acabou dormindo na cama da ex também.

– Essa porra tá muito mal resolvida – Rafe comentou, acendendo o cigarro com o isqueiro. – Ele se amarra em tu, isso é claro. A falta de confiança dele comigo, e, você na ex dele, também é clara.

– Não sei o que pensar – tombo a cabeça para trás. – Não confio na Emma mesmo. Tudo que ela faz, exala falsidade.

– JJ é inteligente o suficiente para não ir em outra – Cameron confirma. – O filho da puta sabe é burrice te perder – soltou fumaça, dando ombros. – Ou deveria saber.

Ouvimos batidas fortes na porta.
Vamos até a janela lateral, conseguindo ver quem era.

Barry está batendo na porta da mansão em frente à praia que estamos. Sim, o próprio Barry. O traficante que eu, praticamente, confrontei com os meus amigos.

– Que puta azar – me abaixo rapidamente. – Porra, você tá devendo? – pergunto, quando Rafe se abaixa em meu lado.

– Não compro nada faz muito tempo – respondeu, apagando o cigarro. – Meu amigo que sempre tá devendo. Certeza que ele veio tirar satisfação.

– Esse traficante é muito maluco – murmurei, apavorada. – Eu não vim aqui pra morrer.

– Me segue – Rafe segura minha mão, me guiando para correr até o quarto mais próximo da mansão, apressadamente.

Quando ouvimos o barulho da porta sendo arrombada, intercalo o olhar entre Rafe e o armário-closet minúsculo do quarto.

a pogue brasileira || jj maybankOnde as histórias ganham vida. Descobre agora