O retorno do herói

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– Estamos procurando-a, mas ainda não temos uma pista, Randolph parece ter erguido um campo de força no armazém, para não chegarmos perto – Henry disse.

– Duvido que ele esteja mantendo-a lá – Derek suspirou. – Não lembro com todos os detalhes, mas acho que Randolph andava frustrado com a utilidade do espelho.

– Interessante e também duvido – Roland concordou.

– Onde eu estou?

– Na minha garagem, palhaço – ele se virou e viu Thomas, que tinha acabado de chegar por uma porta lateral. – Sabe ser agente duplo realmente combina com você.

– Tommy? – Derek perguntou sem acreditar em seus olhos e olhou para Roland em busca de respostas.

– Eu sei de tudo, cara – Thomas sentou-se a seu lado. – Você foi ótimo, confesso que não teria aguentado a pressão que eu imagino que tenha passado nesses últimos tempos.

– Achamos que Randolph quer trazer Bridget em um lugar para causar um grande alvoroço, mais especificamente na escola no dia do baile – Roland continuou.

– Ele quer chamar a atenção – Derek disse. – A escola é o local mais óbvio.

– Realmente, mas não seria melhor colocar mais bruxos da Irmandade na escola no dia do baile? – Thomas perguntou.

– Ele vai trazer Bridget de volta, não podemos impedir isso.

Derek sentia-se completamente inútil, ao falar de Bridget, ele sentia que tinha algo faltando, tinha que ter descoberto alguma coisa de útil, mas quanto mais tentava se forçar, sua cabeça doía de um jeito insuportável.

– Não se esforça – Thomas disse e ao ver a expressão no rosto de Derek, riu. – Eu te conheço, sei que está se sentindo incapaz e quer tentar mostrar que pode ser útil.

– Odeio o fato de você me conhecer tão bem, Tommy – Derek riu amargamente.

– Vamos deixá-los conversar, estamos do lado de fora – Roland disse e saiu junto com Isla e Henry.

– Como descobriu? – Derek perguntou.

– Foi no dia que te trouxeram, meu pai acordou a Callie e eu não estava conseguindo dormir naquela noite então os segui – respondeu. – Imagina a minha surpresa ao encontrar meu melhor amigo deitado na minha garagem, sangrando e parecendo morto...

Derek sorriu com ironia, não iria evitar de contar uma piada naquele instante para provocar Thomas.

– Quer dizer que voltei a ser seu melhor amigo?

– Você nunca deixou de ser – Thomas respondeu e naquele instante não olhava para ele e sim para a parede a frente deles. – E estou falando a verdade, me irritei quando você decidiu ser um bruxo ignorante e revoltado e afastou todo mundo depois que perdeu os poderes, mas sempre me importei com você.

Derek não conseguiu responder, a fala ficou presa em sua garganta. Quando passou por aquela situação, quando perdeu a cabeça e causou o acidente do irmão mais velho de Margareth Tate, ficou irritado por ter perdido seus poderes, com raiva por Roland não entender sua situação e afastou, Thomas e Lauren.

– Me desculpa – Derek o olhou.

– Você coloca a sua vida em risco para ajudar minha irmã e as suas e ainda me pede desculpa? – Thomas perguntou e dessa vez o olhou. – Não tem razão para se desculpar, você é um herói.

– Bela porcaria de herói que eu sou – Derek riu. – Não sou um bom líder para a Irmandade e fui um espião horrível.

– Pode parar aí, lembra que você que deu a localização das meninas quando Randolph as pegou? – Thomas bateu em seu pescoço. – Senti sua falta, cara.

As Crônicas de Darkwood - A origem da Magia (CONCLUÍDA)Where stories live. Discover now