↣ ᴜ́ɴɪᴄᴏ ↤

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Any e Josh, melhores amigos, ambos com seis anos de idade, estão no seguro telhado da casa da mocinha, e com a autorização e supervisão de seus pais. Embora os mesmos não saibam sobre o que estariam falando, por estarem apenas os observando da janela.

- Está de noite - Any diz enquanto admira o céu com o pequeno garoto ao seu lado, ambos sentados com as pernas articuladas, fazendo com que seus joelhos permaneçam a altura do peito.
- É claro que está! Por acaso tem sol a essa hora? Ou está claro de alguma forma sobrenatural - Josh debocha.

Aquele diálogo foi interrompido, o que causou estranhez no loirinho.

Logo, o menininho para de olhar para cima para mudar a direção.

Olha para o lado.

E franze o cenho ao ver lágrimas saindo dos olhos de chocolate da garotinha.

- Any... - a chama, preocupado com seu estado e pensando que poderia ter sido pelo jeito que disse aquela frase.

Ela apenas olha para frente, sem responder.

- Any, por favor... - o garotinho de olhos azuis insiste, cada vez mais angustiado e se sentindo culpado. - me desculpa mesmo pelo o jeito que eu falei. Por favor, me escuta. Olha para mim.

Passando seus dedos fofos em seus próprios olhinhos, a garotinha atende aos seus pedidos. Entretanto, diferente do que o pequeno homem pensava, ela ri.

- Por que, de repente, ficou tão engraçado esse papo? - questiona, confuso.
- Porque você é o motivo da piada! - a menininha justifica entre mais risos.

Logo, a pequena cacheada se contém para dar uma melhor explicação ao seu amigo, que ainda parecia perdido.

- O choro foi falso, tolinho! Eu não fiquei magoada de verdade ou algo do tipo! Esqueceu que eu quero ser atriz?

Agora sim, o pequenino parece compreender a situação.

- Ah, isso é verdade. - agora, o mesmo sorri, mais tranquilo. Mesmo constantemente agindo por impulso, ele jamais gostaria de machucar aquela garotinha tão especial para o mesmo.

Ambos retornam seu campo de visão para cima. E ficaram assim por um tempo.

- As estrelas são mesmo fascinantes - o jovenzinho comenta.
- Sim - a cacheadinha assente, levando suas mãos, antes apoiadas no próprio telhado como as de seu companheiro, aos seus joelhos, entrelaçando seus dedos com o que teria a dizer - Mas tem uma ainda mais brilhante que todas elas, que eu posso olhar a cada instante.
- E onde ela está? - pergunta curioso.

Ela se vira para o lado.

- Bem, eu estou olhando para ela nesse exato momento. - admite, envergonhada.

Logo, o loirinho, na tentativa de também visualizar a estrela que sua amiguinha mencionou, olha para o lado para seguir a direção de seus olhos.

E seus olhos se voltavam a ele mesmo, deixando-o de boca aberta.

- Eu quero mesmo ser atriz, mas há algo que eu não posso fingir. Algo que eu... sempre senti. Tem uma coisa que sempre tive vontade de fazer, desde o momento em que te vi pela primeira vez, Josh.

Com essa fala, seu rosto fica corado, o que também deixa seu amiguinho bastante intrigado.

- E... o que seria? - ele coloca a sua dúvida arqueando a sobrancelha.
- O que nossos pais fazem quando se encontram? - ela pergunta ao garotinho, para dar uma melhor continuidade em seu discurso.
- Se beijam - responde, dando brechas para que aquilo pudesse se concretizar.
- Eu quero fazer isso. E eu não sei o que eu sinto. Eu apenas sinto. - impõe o que estava em seu peito.
- Eu também não compreendo - diz, se referindo ao que ela havia lhe contado. - Mas... eu acho que, mesmo não sabendo direito, eu posso sentir o mesmo. - o menininho um pequeno sorriso.
- Talvez... possamos descobrir juntos, não? - sua amiguinha sugere.
- É claro... - adere.

Logo, timidamente, cada um encurta a distância com seu jeitinho, colocando as mãos nas bochechas do parceiro, fechando os olhos e colando seus lábios para um beijo suave.

Por se tratar de algo novo, pode ter sido um pouco rápido, mas é certo que eles aproveitaram cada segundo, assim como aproveitam a presença um do outro. É algo mútuo.

Abrem os olhos e afastam suas mãos para apoiá-las em seus próprios colos.

- Foi... estranho, mas bom - o pequenino dá um feedback.
- É, eu... concordo - sua amiguinha assente.

A realidade é que estavam apenas constrangidos, mas Josh, agora colocando suas mãos em cima das da garota, resolve manifestar o que aquilo realmente lhe causou:

- Na verdade, eu adorei.

Any, sincera, desconecta suas próprias mãos para passá-las carinhosamente nas do garotinho, e faz o mesmo que ele fez, dando sua verdadeira resposta.

- E eu também. E faria mais de uma vez.

Dito e feito. Aquele pode ter sido o primeiro beijo daquelas crianças, mas com certeza não seria o último.

Enquanto muitos falam sobre "amor" da boca para fora, Any e Josh não precisavam de muito para demonstrar o afeto que tinham um pelo outro.

Mesmo não sabendo exatamente o que aquilo significava, ficavam felizes quando ao lado um do outro de uma maneira que nenhuma outra companhia seria capaz de fazer.

Eles descobriram o que é amar sem perceber.

Aquilo era tão puro. Por isso, juntos, eles poderiam tudo.

❥Esᴘᴇʀᴏ ϙᴜᴇ ᴛᴇɴʜᴀᴍ ɢᴏsᴛᴀᴅᴏ! Nᴀ̃ᴏ sᴇ ᴇsϙᴜᴇᴄ̧ᴀᴍ ᴅᴇ ᴠᴏᴛᴀʀ ᴇ ᴄᴏᴍᴇɴᴛᴀʀ!

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❥Esᴘᴇʀᴏ ϙᴜᴇ ᴛᴇɴʜᴀᴍ ɢᴏsᴛᴀᴅᴏ! Nᴀ̃ᴏ sᴇ ᴇsϙᴜᴇᴄ̧ᴀᴍ ᴅᴇ ᴠᴏᴛᴀʀ ᴇ ᴄᴏᴍᴇɴᴛᴀʀ!

❥Pᴏssᴜᴏ ᴏᴜᴛʀᴀs ʜɪsᴛᴏ́ʀɪᴀs ᴇᴍ ᴍᴇᴜ ᴘᴇʀғɪʟ, ᴄᴀsᴏ sᴇ ɪɴᴛᴇʀᴇssᴇᴍ!

❥Bᴇᴍ, ᴍᴜɪᴛᴏ ᴏʙʀɪɢᴀᴅᴀ ᴀ ᴛᴏᴅᴏs ϙᴜᴇ ʟᴇʀᴀᴍ!

❥Hᴀsᴛᴀ! <3

Pᴜʀᴇ Lᴏᴠᴇ ˚ ༘✶ᵇᵉᵃᵘᵃⁿʸ ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora