Capítulo 33 - Será uma metáfora? (10 dias antes)

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NOTAS INICIAIS

HEY, Batatinhas Ambulantes o/

Preparados para mais um capítulo? hihi

No capítulo de hoje - o encontro com Gilbert

Tenham uma boa leitura o/

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10 DIAS ANTES

NATÁLIA

Estar subindo no elevador do prédio de Gilbert mais uma vez era parcialmente assustador. Dessa vez, havia vindo sozinha, mas por pouco tempo. John disse que precisava ficar mais um tempo na faculdade para resolver uma questão de um trabalho, por isso decidir vir na frente para adiantar a conversa. Eu não tinha medo do meu professor, pois achava que se ele quisesse ter feito algo comigo ou Henrique, já teria feito. E, por falar em Henrique... Ele havia dado uma sumida nos últimos dias, evitando até mesmo John algumas vezes. Imaginava que devia ser por causa da nossa tensa conversa há cinco dias atrás. E, por mais que eu sempre tivesse desejado seu afastamento desde a confusão no baile de formatura, agora que ela definitivamente acontecera, parecia que havia um buraco no nosso grupo.

O elevador abriu as portas no andar do eu professor e eu caminhei calmamente pelo corredor, tentando repassar mentalmente o que diria. Quanto mais próximo eu chegava da sua porta de entrada, mais eu relembrava sobre a última vez em que o encontrara desacordado no chão do seu apartamento. Verdade ou armação?, pensei em uma reflexão interna antes de parar em frente a sua porta e tocar a campainha.

Um alívio preencheu meu peito quando o homem grisalho atendeu a porta, me recebendo com um curto sorriso e fazendo um gesto para que eu entrasse. Devolvi seu sorriso da mesma maneira, adentrando seu apartamento enquanto ele fechava a porta atrás de mim.

— Deseja alguma coisa, querida? Um café? Uma água? Um suco?

— Não, eu estou bem. Mas obrigada — digo, acabando por me sentar em seu sofá, murmurando um "licença".

Ele escolheu sentar-se em uma poltrona de frente pra mim antes de dizer:

— E então? O que é que precisava me contar pessoalmente?

— Eu tive um sonho...

Então comecei a narrar para ele a interação entre a deusa e a submissa, contando os detalhes importantes, principalmente referente ao tempo em que algo aconteceria. A expressão do meu professor passou de amigável para grave à medida que eu narrava. Ao concluir, comprimo os lábios e aguardo brevemente o seu feedback.

— É como eu disse a vocês, a guerra está mesmo próxima.

— Que guerra é essa, Gilbert? Entre quem?

Meu professor via a confusão em meu rosto diante daquela situação toda e suspirou. Nisso, percebi um pouco de compaixão fazer parte de sua expressão.

— Estou tão perdido quanto você, Natália. O que sei é que as deusas N e H estão de um lado e Alexia do outro. Agora o motivo? Lembro de H mencionar a mim o surgimento de uma nova geração divina.

— E o que isso significa?

— Que a deusa Alexia precisa assumir o lugar do pai. Eu te conheço, Natália. Sei que gosta de mitologia e sabe o que significa...

Compreensão atingiu meu rosto. Alexia precisava assassinar Zeus e assumir seu lugar, assim como aconteceu nas demais gerações divinas dos deuses gregos. Era cruel, frio e desumano e eu não conseguia entender porque tinha que ter esse fim tão brutal, mas esse fato está fazendo uma bagunça no mundo deles e no nosso.

A Guardiã dos Deuses - Livro 3 [EM ANDAMENTO]Where stories live. Discover now