Capítulo 17

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Arthur Lounge

Tudo estava perfeitamente organizado para o meu novo plano. Eu estava planejando fazer um pedido de casamento digno para Vic. Por isso, contei com a ajuda de sua irmã Priscila.

-Oi Priscila - digo quando a encontro na mesa do Starbucks.

Marcamos de vir aqui, acertar os detalhes. Logo após deixar Vic no trabalho, me dirige para aqui.

-Oi Arthur, prefiro que me chame só de Pri - diz sorrindo.
-Ok Pri, então vamos terminar de ajeitar todos os detalhes - digo.
-Certo. Minha irmã vai amar - diz sorrindo.
-Espero que sim, e que me diga sim também - retribui o sorriso.
-Impossível ela recusar seu pedido de casamento! Ainda mais do jeito que vai ser! - diz sonhadora - vê se me ajuda dando uns toques no Léo, porque ele anda muito lerdo - diz dando um cutucão em meu braço.

Leonardo é o namorado de Pri, e conheci ele à alguns dias, quando eu e Vic fomos contar sobre o nosso bebê. Ele é um cara bem maneiro, mas muito devagar. Faz o estilo tranquilão, acomodado, e segundo minha futura esposa, a Pri está ferrada com a lerdeza de Léo.

-Pode deixar que eu vou sugerir que ele também te peça em casamento - digo.
-Já é hora! - diz rindo - agora vamos voltar ao assunto do pedido...

(....)

Victoria Furlan
Ficar sentada o dia todo em frente ao computador, está acabando comigo. Depois que o meu bebê nascer, vou tentar arrumar outro emprego.
Levanto para caminhar um pouco, e dou algumas voltas pelo meu andar mesmo, e bebo um pouco de água. Antes, me acabava de tomar café todos os dias, mas agora, a cafeína não é muito recomendada. Dou algumas voltas caminhando para esticar minhas pernas, e depois volto à minha mesa. Quando me aproximo, encontro um buquê de rosas vermelhas com um cartão, o pego, e em baixo, tem uma caixinha de chocolates da Cacau Show. Sorrio já suspeitando de quem seja, e abro o cartão cor-de-rosa.

"Complicada e perfeitinha
Você me apareceu
Era tudo que eu queria
Estrela da sorte".

Sorri novamente, e peguei a caixa de bombons na mão, e já sentia água na boca. Atrás da caixa, tinha um quadro para preencher com nome do remetente e do destinatário.

Remetente: Arthur Loungue.
Destinatário: Minha futura esposa.

Aí! Esse Arthur ainda vai ser minha morte! Abri a caixa e voltei a trabalhar comendo os bombons. Logo o fim do expediente chegou, e eu desliguei meu computador. Peguei minhas coisas, joguei a caixa com resto dos bombons na bolsa, e peguei meu buquê. Enquanto esperava o elevador, disquei o número do Arthur, que atendeu no segundo toque.

-Oi baby - diz.
-Oi amor, já acabei por aqui, vem me pegar? - como ele havia me trago, estava sem carro.
-Já estou te aguardando madame - diz engraçado.
-Estou descendo, beijinhos - digo desligando.

O elevador para no térreo, e vou para a saída, logo avistando o carro de Arthur. Caminho até ele, e quando abro a porta, sorrio ao o ver todo lindo me esperando.

-Oi baby - diz me dando um selinho.
-Oi amor - digo.
-Gostou dos presentes? - pergunta apontando para as flores que eu estava segurando.
-Amei - digo sorrindo.
-Nem me mandou uma mensagem - diz colocando o carro em movimento.
-Me entreti com o trabalho, e os bombons - respondo rindo.
-Imagino - diz rindo também.
-O que fez hoje? - pergunto.
-Nada. Passei o dia em casa - diz, mas na hora percebo o tom de metira em sua voz.
-Onde você foi? - pergunto o olhando sério.
-Em lugar nenhum. Eu hein?! O que te deu hoje? - pergunta franzindo as sombrancelhas.
-Não me importo que você saia, mas não quero que minta pra mim - digo equivocada.
-Não. Estou. Mentindo. - diz pausadamente.
-Certo - respondo pegando meu celular.

Começo mexer em minhas redes sociais, pra ver se me distraído, pois sinto que Arthur está me escondendo algo.

-Vai ficar emburrada? - pergunta me olhando de relance.
-Vou. - respondo sem o olhar.
-Relaxa baby, não estou te escondendo nada - diz fazendo carinho em minha perna, com uma das mãos.

Eu relaxo um pouco, mas ainda com um mal presentimento. Logo Arthur estaciona, e vejo que estamos em um dos píer's em frente ao mar. Não pergunto nada, e espero ele me dizer algo.

-Não vai perguntar nada? - ele questiona.
-Não - respondo seca.

Arthur desliga o carro, e descansa aos mãos no colo, mas nem faz menção de sair. Tento engolir minha curiosidade mas não consigo.

-O que estamos fazendo aqui? - resolvo perguntar.
-Quer descer e ver, ou vai continuar bravinha? - diz erguendo as sombrancelhas.
-Quero ver - respondo me rendendo a curiosidade.
-Então primeiro, me pede desculpas por desconfiar de mim - diz segurando minhas mãos.
-Para Arthur! - digo irritada.
-Pede desculpas, e me dá um beijinho - insiste.
-Não! Me solta - digo alto.
-Desculpa e um beijinho - repete - senão não vou te soltar.
-Desculpa - respondo revirando os olhos.

Ele caí na gargalhada, mas continua segurando meus braços.

-Baby, você está parecendo uma criança mimada - diz rindo.

Eu rio junto com ele.

-Vem, quero te mostrar algo - diz saindo do carro.

Eu abaixo a guarda, e saio do carro. Ele fecha o carro, e entrelaça os dedos nos meus, caminhamos até a ponta só píer, onde tinha um iate ancorado. Arthur sobe e me ajuda a subir junto, o olho sem entender nada, e ele apenas faz um pequeno 'xiiu'. Entramos na cabine, e o condutor estava a nossa espera.

-Tudo pronto - diz Arthur ao senhor.
-Certo - diz o homem colocando o iate em movimento.

Arthur me puxou de volta à superfície do iate.

-O que estamos fazendo aqui? De quem é esse iate? - pergunto curiosa.
-É só meu pai, herança do meu avô - diz tranquilo.

Ele me apoia no parapeito do iate, e me abraça por trás.

-Você não respondeu uma pergunta - digo.
-A noite está linda não? - pergunta olhando o horizonte.
-Arthur! Você está me irritando - falo revirando os olhos.

Ele beija meu ombro.

-Você quer mesmo saber o que viemos fazer aqui? - diz.
-Quero - respondo curiosa.

Arthur me vira de frente à ele, e me olha profundamente. Dizem que os olhos são a janela da alma, e por isso, eu tenho certeza que meus sentimentos por Arthur é recíproco, pois posso ver todo o seu amor, em seus olhos.

-Então? O que viemos fazer aqui? - insisto.
-Viemos nos casar - diz calmamente.

Cansei de ser boazinhaWhere stories live. Discover now