Há outros iguais a mim?

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Olá, eu não sei o que você está fazendo aqui, ou como chegou aqui, mas, deixe me apresentar. Eu me chamo Sophia (Sophi) como preferir, eu sou a primeira garota do mundo a experimentar o inferno. 

Eu poderia dizer como isso tudo aconteceu, mas a verdade é que nem eu mesma sei como isso aconteceu, parece impossível, mas acredite! É real, muito real.

Isso nunca foi e nunca será uma benção.

Já faz alguns meses que eu não consigo dormir direito por achar que finalmente enlouqueci. Minha vida, meus ideais, meus sonhos foram invalidados diante de tudo que está acontecendo e, para piorar, o meu psicólogo cortou todos os meus remédios que, de alguma forma, já tiveram efeito em mim algum dia. 

─ Estou enlouquecendo, com toda a certeza! Como seria possível visualizar cenas que ainda não ocorreram?

━ Não tenho ideia do que fazer, só desejo que isso pare! Eu me esqueci de você por causa dessa benção. Falo com a voz baixa

Depois de ficar cansada de pensar nessas visões, tive uma surpresa... Dessa vez foi diferente das outras.

Um garoto? Por que eu estou sentindo que ele acabou de me ver? Cara! Que patético isso. Já entendi, ESTOU LOUCA SIM.

— Eu vou ligar para a Cami, minha melhor amiga. Pelo menos ela é a única pessoa que nunca me julgará diretamente. Dou uma leve risada de canto..

— Cami, me ajuda! — O que foi sophia? O que aconteceu? —  Amiga, estou enlouquecendo. Por favor, venha-me fazer companhia. ISSO NÃO É UM PEDIDO, ESTOU MANDANDO. — Sophia... — Sei que você vai recusar, mas não custa tentar, afe.

— Está bem, então só me escute. — Desembucha —  Vi um garoto dessa vez. — Um garoto? Como é possível? — É o que estou tentando explicar.

— Por um breve momento, ele apareceu diante dos meus olhos e me olhou nos olhos. Você acredita nisso? — Amiga, mesmo que seja estranho isso que está acontecendo com você, eu estou tentando acreditar. Porque isso não é e nunca será normal. Só tenho receio de que algo aconteça com você por causa disso. Tenho plena consciência do perigo que isso pode representar, caso alguém pense em ter conhecimento sobre isso. — Eu sei cami, eu sei. 

— Ok, continue o que estava dizendo. — Vi o meu futuro! Metade dele... Eu preciso de você hoje à noite aqui.

Dessa forma, encerro a ligação na cara dela. Foi errado, mas sei que ela está se esforçando para me compreender.

— Vou mostrar para ela que não estou louca.

Aproveitei o tempo que ainda me restava antes dela chegar, então resolvi cochilar. Sinceramente, preciso desesperadamente dormir, nem que seja por 5 segundos...

(SONHO)

— Olá, tem alguém aqui? 

A única coisa que vejo é a neblina. Mas ouvi uma voz masculina falando alguma coisa... Por fim sigo essa voz. 

Após um breve percurso, vejo uma luz, e um garoto? Como sou uma pessoa extremamente curiosa, fui até ele.

De costas para mim, eu consigo ver um homem, que tinha um corpo bem escultural, alto, cabelos pretos até a nuca, e um estilo bem confortável. Na verdade, qualquer roupa ficaria bem naquele corpo. Então disparo.

— Olá? Dou um toque no ombro dele.

Fico chocada quando ele se vira. — Não acredito! É ele.  

Mas, essa aparição permaneceu por pouco tempo, até eu ser interrompida com a voz de Cami me chamando, enquanto eu estava estirada no sofá dormindo.

Acordo assustada, mas, ao olhar Cami, acabo cruzando o braço e lhe lanço um olhar ameaçador...

—  Eu vou matar você qualquer dia desses. E eu nem vou te contar o que aconteceu, porque sei que não vai acreditar. Assim não gasto saliva. Debocho — Se for contar sobre você dormindo como uma mendiga no sofá, eu acredito. — Fora isso. Melhore! Debocho.

— Ta assanhada hein, dessa vez vê se atende sua mãe. — Como assim? No minuto seguinte, recebi a ligação da minha mãe, o que me deixou apavorada. Na hora, disparei. — Essa coincidência é insignificante. Engraçadinha..

— Sim. Coincidência. Debocho...

Entre destinos | 𝒴ℴ𝓊 𝒶𝓃𝒹 𝓂ℯWhere stories live. Discover now